Programação CINEOKUPA – 17 a 23 de Junho

 

Na reitoria ocupada da usp, sala pró-okupa

 

Programação do cineokupa – de 17/06/2007 a 23/06/2007

Sessões: segunda às 14h e as 21h, terça a sábado às 17h e às 20h e aos domingos às 17h e às 21h

 

Domingo

Tempos Modernos

Filme de Charlie Chapplin

Segunda

Outubro

 

Filme comemorativo dos dez anos da revolução Russa. Mostra os acontecimentos que precederma a revolução russa de 1917 quando o partido bolchevique tomou o poder na Russia.

 

Terça

Ocupar o olhar: curtas da ocupação

Ocupar o olhar: compilação de filmes sobre ocupações estudantis. a idéia é que reconheçamos as possibilidades de representação do processo que representamos.

Quarta

 

Soy Cuba

História de Cuba Pré-Castrista sobre o prisma do cinema revolucionário Russo. Filmado com película ultra sensível infravermelha.

 

Quinta

Ocupar o olhar: curtas da ocupação

Ocupar o olhar: compilação de filmes sobre ocupações estudantis. a idéia é que reconheçamos as possibilidades de representação do processo que representamos.

 

 

Sexta

Seção Especial de Justiça

Filme de Costa Gravas que mostra como a justiça atuou com base em lei retroativa para condenar presos políticos na França durante a invasão nazista na Segunda Guerra Mundial

 

Sábado

Corações e Mentes

 

Principal filme sobre a guerra do Vietnã, este documentário foi o primeiro filme a mostrar o lado dos vietnamitas na guerra.

 

 

 

Participe do cineokupa e colabore trazendo seus filmes!

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Bem Vindo à Ocupação

A ocupação, contada por alguns ocupantes. Uma pequena proposta a reflexão.

 

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curioso…

    É curioso que alguns setores da sociedade – os supostamente representados ou orientados pela grande mídia – não se conformem com certas características do movimento da reitoria ocupada e acabem por analisá-lo através de raciocínios viciados e análises pseudo-políticas que reproduzem a lógica eleitoreira de gabinete e privada.

    Isso demonstra a incapacidade destes setores de conceber outras formas de organização, que não as tradicionais. Como se não houvesse possibilidade de atuação política senão através de organizações, partidos ou sindicatos; como se um movimento não pudesse ser gerido sem líderes e, portanto, sem hierarquia.

    Da mesma forma, explica a necessidade em se retirar toda e qualquer possibilidade de os estudantes se colocarem como atores políticos, concebendo-os como simples massa de manobra de interesses eleitoreiros (termo muitas vezes confundido com "político").

    O movimento estudantil que agora se configura na Universidade de São Paulo abarca diversos agentes, organizados ou não. É importante entender que os estudantes procuram formas diversas de pensar, discutir e agir; e, mais ainda, que estas formas de ação política não se restringem às tradicionais formas de atuação partidária. Daí que a rasa explicação que vê o movimento como orientado por uma suposta extrema esquerda, absolutamente não dá conta da realidade política implicada na ocupação: tente entender.

    Deveríamos defender a legitimidade das instâncias representativas de poder por terem sido escolhidas democraticamente pelo voto como única forma de participação? Funciona tão bem que aqueles que são representados decidem pela sua própria exclusão, por exemplo, dos rumos que toma o ensino público. Público?

    Para maiores entendimentos recomenda-se estudos mais aprofundados sobre a coletividades espanhonholas a partir de 36, o maio de 68 e o desbunde.

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ALERTA

A ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo pode ser vista como uma reação, dos estudantes e funcionários organizados, à falta de democracia nesta universidade? 
Viveremos de greve em greve, e de ocupação em ocupação pontuais, ou seremos capazes de organizar, reinvidicar e executar um processo de transformação das normas e do sentido que regem esta universidade?
Numa universidade pública, educação e política devem ser, e são, sinônimos. Quem insiste na separação desses termos ou disso tira vantagem, ou ainda não se deu conta de onde está. 
Estamos aqui para alertar.
 
 
 
O texto abaixo está no blog ENTRELINHAS Mídia e Política. Publicado no dia 15/06/2007.

 

Ricardo Musse: impasse na USP

 

Em mais uma colaboração para este blog, Ricardo Musse, professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo, comenta os últimos capítulos de uma novela que na verdade já dura quase seis meses, pois teve início com a posse de José Serra (PSDB) no governo do estado. A seguir, a íntegra do comentário:


O impasse na USP continua mesmo depois que José Serra revogou, em seus pontos mais críticos, os decretos que engessavam as universidades estaduais paulistas. A hostilidade do governo perante as premissas do ensino público, demonstrada por atos e palavras, acirrou uma série de conflitos internos que até então permaneciam apenas latentes.

A credibilidade política, institucional e intelectual da USP pode ser creditada em grande parte ao papel proeminente que desempenhou na resistência e oposição à ditadura militar. Sua estrutura interna de poder, no entanto, não foi democratizada, conservando um “entulho autoritário” que persistiu após a extinção do regime de cátedras em 1968. Não só o poder, mas a própria representação política está confinada na figura do reitor e nas mãos do estamento burocrático que o envolve – um reduzido grupo de professores titulares que exercem o mando e as funções administrativas que outrora eram apanágio dos catedráticos.

Nem mesmo nos departamentos, estrutura elementar da organização universitária, os professores são considerados formalmente iguais. O conselho departamental é composto pela totalidade dos titulares, por representantes dos livre-docentes e doutores (excluindo assim a participação da maioria dos professores), e por uma representação estudantil que não pode exceder a 10% do número de professores.

Diante desse monopólio da atividade política e da apatia demonstrada pela reitora (e seu estamento burocrático) em relação aos ataques à autonomia universitária, não é de se estranhar que os estudantes tenham lançado mão de uma medida extrema. No entanto, o que mais se viu foram professores titulares procurando desqualificar a ação dos estudantes, sem demonstrar, em contrapartida (com raras exceções), qualquer preocupação com os decretos governamentais.

A defesa dos privilégios desse estamento talvez explique porque pessoas que se notabilizaram na luta democrática têm recusado, de forma tão veemente, o direito à participação política dos estudantes, utilizando-se muitas vezes de uma retórica que lembra os argumentos dos escravocratas no século XIX. Os membros desse estamento tendem a reagir às reivindicações de estudantes e professores, sobretudo a exigência de um congresso estatuinte, com o mesmo temor da nobreza francesa ante a decisão de Luis XVI de convocar os Estados Gerais.

O tamanho do impasse, entretanto, indica que talvez tenha chegado a hora de a comunidade uspiana voltar-se para si própria e discutir formas efetivas de democratização da representação e do poder. Parece insustentável a situação na qual os professores são ouvidos apenas quando entram em greve, os funcionários quando trancam as portas dos prédios, e os alunos não têm direito à palavra sequer quando ocupam o prédio da reitoria e a mídia. 

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Teatro de Narradores na Ocupação – HOJE – 18H

o teatro de narradores  apresenta o seu cabaré paulista. a intervenção, que parte do manifesto do grupo krisis (do crítico robert kurz), encena uma discussão sobre o estágio atual do mundo do trabalho a partir da própria condição dos artistas que se põem em diálogo aberto com o público. nesse caso, o texto teórico é convertido em canção, e os atores elaboram seu depoimento num clima vivo de cabaré político e crônica sobre o tempo presente.

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Sigam com a Luta

Hola Compañeros, Latinoamericanos.

Fico muito Feliz sim… Por todo lo que estan haciendo, mi nombre es Mauricio
de la Udelar de Montevideo, eu acho que os estudantes tenemos que ter
espiruto de luta para mudar o que esta aconteciendo com Educação na America
latina.
La educación es una herramienta fundamental para cambiar, la desigualdades
existentes por eso el presupuesto para la educación tiene que ser siempre
alto y prioridad para cualquier burócrata.

Sigan com a luta e com os mecanismos de força e não renuncien a seus
objetivos.

Um abraço forte desde Montevideo Uruguay

Mauricio

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AOS QUE VIERAM DEPOIS DE NÓS

(carta aberta aos universitários que estão reerguendo o movimento estudantil, livremente inspirada na poesia “Aos Que Virão Depois de Nós”, de Bertold Brecht)

Jovens companheiros,

recebam o abraço de um náufrago da utopia de 1968, quando os melhores brasileiros, muitos deles tão novos como vocês, percorreram esses mesmos caminhos de idealismo e esperança, sem conseguirem levar a bom termo a jornada.

Eram tempos sem sol, em que só tinham testas sem rugas os indiferentes e só se davam ao luxo de rir aqueles que ainda não haviam recebido a terrível notícia.

Num país de tão gritante desigualdade social, eu e meus amigos chegávamos a ser tidos como privilegiados. E, tanto quanto a vocês, os reacionários empedernidos e os eternos conformistas nos diziam: “Come e bebe! Fica feliz por teres o que tens!”.

Da mesma forma que vocês agora, um dia percebemos que nada do que fazíamos nos dava o direito de comer quando tínhamos fome. Por acaso, estávamos sendo poupados – ao preço de silenciarmos sobre tanta injustiça.

E cada um de nós se perguntou: “Como é que eu posso comer e beber, se a comida que eu como, eu tiro a quem tem fome? Se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?”.

Escolhemos o caminho árduo dos que têm espírito solidário e senso de justiça.

Poderíamos, é claro, nos manter afastados dos problemas do mundo e sem medo passarmos o tempo que se tem para viver na terra. Mas, não conseguíamos agir assim. Viéramos para o convívio dos homens no tempo da revolta e nos revoltamos ao lado deles.

Foi uma luta desigual e trágica. Muitos daqueles com quem contávamos preferiram a “sabedoria” de seguir seu caminho sem violência, não satisfazendo seus melhores anseios, mas esquecendo-os. E se tornaram inacessíveis aos amigos que se encontravam necessitados.

No final, desesperados, trocávamos mais de refúgios do que de sapatos, pois só havia injustiça e não havia mais revolta.

Os que sobrevivemos, ainda amargamos a incompreensão dos que se puseram a falar sobre nossas fraquezas, sem pensarem nos tempos sem sol de que tiveram a sorte de escapar.

E assim transcorreram anos e décadas. Só nos restava confiar em que o ódio contra a vilania acabaria endurecendo novos rostos e que a cólera contra a injustiça um dia ainda faria outras vozes ficarem roucas.

A espera chegou ao fim. Saudamos esse movimento que vocês iniciaram e estão sustentando contra todas as incompreensões e calúnias, como o renascer da nossa utopia.

Nós, que tentamos e não conseguimos preparar o terreno para a amizade, temos agora a certeza de que a luta prosseguirá. E a esperança de que vocês vejam chegar o tempo em que o homem será, para sempre, amigo do homem.

CELSO LUNGARETTI

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ATO DIA 15

CONCENTRAÇÃO PARA O ATO 12H30

EM FRENTE A REITORIA OCUPADA 

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Inauguração pública da praça do relógio.

    Jornada de vitalizAção da praça do relógio no sábado durante todo o dia.

 

camiseta-ocupa.jpg, 299 KB 

                                                            10h yoga

                                            11h multirão de limpeza da praça

                                                         +  durante todo o dia

                                                          interações-artísticas        

                                                     teatro                      dança

                                              reciclagem                         grafite

                                         poesia                                         música

                                                          guerrilha jardineira                      

                                                                         

    Ponto de encontro de artes, afetos e aflitos. ArteInterAtiva, criação coletiva, num sentido comum: recriar as relações com o espaço e com as pessoas, repensá-las em todas as suas formas.

    No espaço vazio do "é proibido pisar na grama" movimentaremos nosso corpo e ocuparemos mais um espaço estéril, fertilizando-o. Futebol na grama! Várzea!

Lembrando o tempo em que o rio corria o seu curso, e nas margens cresciam espécies variadas, não as palmeiras enfileiradas sugerindo ordem.

Várzea sim, às margens do Pinheiros ocupamos, cuidamos desse lugar para que ele possa fazer parte do nosso cotidiano, que seja a expressão da vontade coletiva de se unir em torno do bem comum do que é vivo.

 

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Video dos estudantes da UNESP de Bauru – Contra os Decretos!

Video feito pelos estudantes da UNESP de Bauru. ASSISTAM!

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