Segunda feira, 18 de junho, haveria uma reunião entre a Comissão de
Negociação e a Diretora da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
Em ato, os estudante foram ao E1, prédio onde ocorreria a reunião, e se
depararam com uma nota na entrada do prédio comunicando que haveria
segurança privada 24 horas controlando as entradas. A confirmação da
reunião dada a secretária da diretoria na semana anterior foi de que
participariam de 4 a 6 estudantes. No início da reunião, a Diretora
Maria do Carmo Calijuri não aceitou a presença de mais de 4 estudantes,
e após discutirem, a reunião foi encerrada com o convite de retirada da
Comissão de Negociação. Após manifestações e discussões dos estudantes,
um representante da comissão tentou remarcar a reunião. Com a resposta
de que a disponibilidade de horários da diretora era pequena, e que
somente em agosto haviam horários livres, os estudantes decidiram
entrar no prédio como forma de pressão. Os seguranças tentaram impedir
a ocupação, porém, sem sucesso. Após a entrada, trancaram as portas do
prédio mantendo presos parte dos estudantes.
Em seguida a portaria foi liberada e, a direção propôs a reunião para
quarta feira, dia 20. No saguão do E1, os estudantes discutiram por
mais de duas horas definindo que o prédio seria desocupado caso duas
pautas fossem atendidas: o livre acesso ao prédio (retirada dos
seguranças privados) e que a data da nova reunião fosse agendada para
terça feira, 8h.
Após negociação com os acessores da direção, e conversas deles por
telefone com a diretora, as pautas não foram aceitas, e os estudantes
permaneceram no prédio.
http://caaso.wikidot.com/forum/t-11837/e-1-ocupado
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"São Carlos além de possuir o Bloco C de salas de aula da Escola de
Engenharia de São Carlos ocupado, em virtude da falta de alojamento
estudantil, possui o prédio administrativo central desta mesma escola
ocupado. Aliás, esta nova ocupação foi na verdade uma reintegração de
posse do prédio, já que ontem o acesso a este edifício tornou-se
restrito com a contratação de seguranças particulares para controlar a
entrada no prédio (apenas dois estudantes por vez poderiam estar dentro
do prédio). Devido a este fato e também devido à atitude da Diretora
desta Escola de cancelar uma reunião com uma comissão de alunos em
virtude de que os estudantes queriam que seis alunos participassem da
reunião, ao invés de quatro, o prédio foi tomado. Hoje, o prédio
funciona normalmente, exceto pela presença de krafts nas paredes
externas, e colchões e seguranças particulares no interior do prédio."
R.D.A. – Engenharia Ambiental EESC-USP em e-mail
Qualquer que seja o resultado do movimento dos estudantes o mesmo representa uma VITÓRIA para o regime democrático. Foi a primeira vez na história do país que os manifestantes se comunicaram diretamente com a população em tempo real através da Internet de maneira intensiva e interativa. Os professores, alunos e funcionarios da USP colocaram em debate os destinos da universidade pública, bem como as estranhas inovações do governador de São Paulo. Inovações que retiraram a AUTONOMIA da reitora da USP deixando-a como escudo humano entre um movimento rigorosamente justo e um Secretário de Estado cujas funções são confusas. Os últimos 40 dias foram mais do que suficiente para provar para todos que o Serra não tem condições nem de governar São Paulo, quanto mais de ser Presidente. Serra criou o problema, se recusou a negociar ou a autorizar seus subalternos a negociar e depois adotou uma postura digna de um anacoreta (se escondeu do mundo e fez de conta que nada estava ocorrendo). A conduta do anacoreta sombrio que governa São Paulo demonstrou que ele parece ser governado pela idéia fixa e quase neutórica de se tornar Presidente e ficou paralizado e não consegue decidir entre autorizar a reintegração e negociar uma solução do impasse que criou. Serra acredita que sua IMAGEM é mais importante do que a própria USP, infelizmente.
Parcialmente publicado no seguinte endereço:
http://virgula.terra.com.br/news/mural/index.php?id=1267
Os seguranças foram contratados para a segurança particular da diretora da unidade, Maria do Carmo, que num ato dos estudantes na área 2 empilhavam carteiras para enviabilizar as aulas, disse ter sido agredida, mas ouvido por outros ela disse ter aprontado um showzinho particular lá. Neste mesmo dia um acessor dela assinou uma portaria que visa a identificação de todos interessados em entrar no prédio.