Carta aberta aos contrários à ocupação

Carta à Direita

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4 Responses to Carta aberta aos contrários à ocupação

  1. Poeta says:

    Espero que demostrem respeito aos contrários a ocupação, não sejam presunçosos e maniqueistas, aqueles que detêm maior sabedoria sempres são os que agem de maneira razoavel pois possuem conhecimento o suficiente para saber que a qualquer instante podem descobrir que estão errados. Não são poucos os contrários a ocupação, grande parte das insituições apontadas como grevistas no blog, continuam em atividade.

  2. Entre o nós e o eu e os outros says:

    Prezados colegas,

    atentem para os dois commentários já colocados nessa parte. Mesmo que de maneira e pontos de vista extremamente diferentes, ambos expressam preocupações imensamente válidas, e a desconsideração dos pontos elencados pode levar à derrocada (ou derrota) do movimento. Para a distinção entre os dois pontos atentem em especial ao primeiro comentário, que enfatiza a importância de se pensar o movimento para além dos muros da universidade, mas não necessariamente no intuito de ligá-lo a todos os outros movimentos que se encontram em andamento pelo país, visto que cada um têm sua especificidade, mas sim no sentido de expor os objetivos do movimento de ocupação à população como um todo, que em grande parte realmente não sabe do que se trata e acredita plenamente nas reportagens e argumentos veiculados pela revista Veja.

    Quanto aos objetivos, é de suma relevância conseguir explicitar como a administração atual da instituição é que provoca o desperdício de recursos; como a luta não tem absolutamente nada a ver com a questão de publicização ou não da prestação de contas (ponto muito enfatizado pela Veja, e para o qual é fundamental buscar um direito de resposta na justiça, visto que a revista ela própria não oferecerá uma oportunidade séria ao movimento); e finalmente mostrar que os estudantes e funcionários que ocupam a reitoria estão lá para defender tanto ideais quanto elementos básicos para a manutenção (ou construção) de um ensino de qualidade, e não apenas para protestar “sem causa” ou provocar as forças repressivas. Isso pois, infelizmente, muitas pessoas concordam com o uso dessas forças, e precisam ser convencidas do contrário – afinal, a luta de nada vale se não contar com o apoio e a compreensão da população. O movimento não pode alienar-se da sociedade em que existem tanto os indivíduos que o compõem quanto a instituição que questionam ou procuram transformar.

    Por favor, pensem nisso para não colocar em risco toda a mobilização mais ampla que foi alcançada até o momento, assim como possibilidades futuras de protesto.

  3. Seriedade says:

    Puxa, quantos argumentos. Depois dessa carta, definitivamente me convenceram que a passeata dos outros é totalmente descabida, e só a passeata de vocês é legítima.

    Façam um favor: parem com esse deboche infantil, e apresentem argumentos (LÓGICOS, ao menos uma vez) de por que a causa da ocupação merece mais atenção que a causa dos contrários à ocupação.

    Ah, sim: e parem de motivar os argumentos de que documentos estão sendo roubados. Essas assinaturas e carimbos ainda vão acabar com vocês. E isso não tem a menor graça.

  4. Eu says:

    Caros ocupantes,

    estou nitidamente preocupado com a situação em que se encontra o movimento na mídia. É preciso dizer que a sociedade civil está contra o movimento de ocupação e a greve. Assumam isso e trabalhem em cima disso. Não estou vendo no BLOG de vocês nenhum artigo escrito desmentindo a opinião pública. Entrem nos fóruns de discussão sobre a ocupação, do Terra, do UOL, da GLOBO, e vejam se estou mentindo. Faz-se necessário enfrentar essa opinião pública e mostrar que a luta é em nome dessa própria sociedade civil, a qual está simplesmente despejando todo o rancor de décadas de exclusão desse centro universitário tão concorrido.

    Observem: a população está revoltada com a ocupação porque ela está sendo aceita pelo governo de uma forma que ele não aceitaria de maneira alguma em outro lugar e circunstâncias. Para o povo, o governo está sendo condescendente. A sociedade, principlamente a parte mais pobre, excluída da USP pela reprovação em massa no vestibular, agora dá o troco e exige da USP uma postura autoritária e enérgica contra os estudantes que nela entraram e agora “badernam”. Não deixem de considerar isto, pois vocês estão no Brasil, terra de desigualdades, de inveja e de cobiça. Respondam à altura ou não haverá vitória do movimento no seio da sociedade civil. Se ganharmos para nós mesmos, vencendo a reitora, não ganharemos o mais importante: o apoio da sociedade na qual vivemos. Apresentem a USP no contexto universitário brasileiro, sua importância fundamental e o elitismo cultural e econômico que nela, infelizmente, prevalece. De outra forma, se nossa postura não descer do patamar de “melhores universitários do país”, o que causa muita inveja nos reprovados pela FUVEST, não conseguiremos conquistar o apoio social que merecemos. Ainda seremos considerados um bando de privilegiados que estão cuspindo no prato em que comem.

    Além disso, como a sociedade está exigindo respostas aos investimentos feitos na USP, fica claro que os cursos que ainda não estão em greve podem tirar muito proveito dessa onda de exgências e dizer que as estão cumprindo, pois nunca paralisam as atividades e apenas realizam pesquisas operacionais, destinadas ao desenvolvimento do país. É mais uma desvantagem séria, cujas implicações na sociedade civil podem pender para o lado do Executivo da lei, da ordem e do progresso.

    Assumam essas considerações: tentemos, ao menos, lhes responder dignamente, mesmo que, ao fim, sejamos derrotados pela institucionalidade macabra que domina o nosso país com mão de ferro e “animus necandi”.

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