É importante mostrarmos força e união
Carlos Drummond de Andrade
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
“Meninos
Tenho sempre a mesma impressão. Tem uns idiotazinhos frustrados que ficam espiando e morrendo de vontade de estar aí. Mas são covardes e mamãe não deixa.”
E você, Leila, por que não está na reitoria? Tem coisa mais importante pra fazer?
Pois é, eu também. 🙂
PS: Aliás, Leila do quê? Anônimo ruim é só o que critica?
Queria parabenizar o pessoal da ocupação da reitoria, pois, graças a eles, todas as unidades das universidades públicas estaduais puderam perceber o grande problema que estava por se passar. Agora podemos seguir o exemplo de vocês e fazer o nosso protesto por aqui mesmo e, futuramente se possível, reunirmos todos numa manifestação de força maior contra esses cráupulas que desejam privatizar o ensino público!
FoRçA AEWWW PESSOAL!
Olá!
Nós somos estudantes da Unesp da unidade de Botucatu.Gostaríamos de saber se haverá no dia 6/06 um grupo de vivência no prédio da reitoria?
Obrigado
Companheiros (direto da ocupação).
Como já foi dito estamos ocupando a reitoria no meio do processo de consulta prévia para reitor e vice pois achamos um dia bem oportuno para esa ocupação.Tendo em vista que um setor da ocupação defende o boicote na consuta prévia (DCE-UFMA,MOV. NA TRINHEIRA E NA POESIA e CONLUTE).Durante a campanha do boicote a Polícia Federal foi acionada pela comissão eleitoral para prender os militantes e apreender o carro de som. A PF foi socilitada pelos coordenadores de campanha dos candidatos.
Mas a ocupaçõa não tem como ponto central a denúncia do processo de consulta prévia pois, têm setores que não o defendem. Nossos 2 eixos centrais são: A revisão e retomada imediata da construção da Casa Estudantil dentro do campus e Revogação imediata da resolução 66/06 do CONSAD.Iremos ampliar a pauta.
O movimento vai ficar está noite (05/06) na reitoria. Estamos sendo ameaçados pela segurança privada de campus,a linha telefônica já foi cortada e nesse exato momento vamos definir as comissãoes em assembléia.
Serginaldo
CAFIL – UFMA
Construindo a CONLUTE
O exemplo de vocês pegou nas federais. Portanto, fiquem firmes… O tempo e a paciência são os maiores aliados do movimento estudantil.
Meninos
Tenho sempre a mesma impressão. Tem uns idiotazinhos frustrados que ficam espiando e morrendo de vontade de estar aí. Mas são covardes e mamãe não deixa.
Então passam a xingar, como a raposa às uvas.
Mas eles nem ao menos coragem de se identificar tem.
Por que será? Bando de cagão!
A Ocupação e a Greve estão aprovadas.
Mas tenho algo a dizer: nunca vi um movimento tão careta quanto o da Ocupação. Não rola amor livre entre a galera, nada. E ainda se comparavam a maio de 68. Afe! Lá na Ocupação, dormindo vários dias, só tem caretisse – nada hippie.
Manifestação libertária mesmo é lá na Europa contra o G8:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL47553-5602,00.html
Para nós aqui no brasil, só resta lutar mesmo no campo político.
Desperdício de Bandeira, viu.
Bando de babaquinha… Blá blá blá marxista chinfrin…. vão estudar seus metidinhos a rosa luxemburgo!!
À pessoa que se posicionou contra “o eu”
Entrar na Justiça seria uma ótima idéia, se não tivessemos que esperar muitos anos para com sorte ter algum resultado positivo! Mas até isso acontecer já estariam os decretos em vigor e muita água já teria rolado para se tentar voltar atrás. Apesar que do jeito que fala deve ser muito simples não é?!
“05/06/2007 Ocupação da Reitoria da UFRGS
Hoje, 05 de junho de 2007, por volta das 10h da manhã os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em conjunto com os servidores em Greve e os estudantes do Colégio de Aplicação (também ligado à UFRGS), ocuparam por tempo indeterminado a reitoria da Universidade.
Os principais pontos de pauta da mobilização são:
1. Solidariedade aos Estudantes da USP que estão “ocupados” há um mês.
2. Contra a Reforma Universitária do Governo Lula que retira verbas da educação pública e favorece os tubarões do ensino privado. Verbas Públicas para a Universidade Pública! Por uma universidade Pública e Popular!
3. Pela ampliação do acesso à UFRGS. Pela redução imediata das taxas de vestibular, aumento significativo das isenções totais! Ações afirmativas para entrar e Assistência estudantil para permanecer! Cotas sociais e raciais já!
4. Pela construção imediata do Restaurante Universitário da Escola de Educação Física!
5. Pela manutenção dos espaços estudantis na UFRGS. Ninguém toca na TOCA, no CECS e no DACOM!
Está sendo convocada para as 19h de hoje, terça-feira, uma Assembléia Geral dos Estudantes para definir os rumos da mobilização.”
http://ocupacaoufrgs.blogspot.com
“Importante ressaltar que o pessoal do Movimento pela abertura dos arquivos da ditadura e estudantes do curso de história, representados pela Carol na fala diante do reitor, incluíram na pauta de reivindicações:
1) Um manifesto da reitoria em repúdio ao fechamento do Acervo da Luta contra a Ditadura realizado pelo governo Yeda Crusius por meio da Secretária de Cultura, Monica Leal, filha do notório agente da repressão gaúcha Pedro Leal.
2) Abertura geral e irrestrita de quaisquer arquivos em poder da universidade que contenham informações sobre a repressão na universidade, expressa, principalmente, através do expurgo de professores e alunos durante a ditadura.
“‘Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça'”
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=1263346765002339714&postID=7383213708413725318
Sra. Carta aos Discentes já tentou responder suas próprias perguntas e analisar as implicações das respostas dadas as mesmas?
Primeiramente lembre-se que o bandejão e o circular param devido a greve de FUNCIONÁRIOS e não de alunos. Então você tem que andar a pé e arranjar métodos alternativos de se alimentar devido a luta destes funcionários em ter condições de utilizar transportes, se alimentar e pagar contas (afinal obrigações todos temos).
Não sei o que houve com essas bolsas, pois parece-me que o serviço que faz com que as folhas de pagamento rodem na reitoria está funcionando, logo as bolsas devem ser pagas.
Finalmente, para saber a respeito do objetivos da greve e se estas devem ou não continuar você deve ir a assembléia acima citada fazer seus questionamentos e expor suas opiniões, não expressar seu descontentamento em um lugar como este, onde obviamente terá pouco ou nenhum apoio. Mas é muito mais fácil se esconder atrás de um noem falso, criticar o movimento e não propor meios alternativos, se acha ruim a greve, muito bem, o que propõe q seja feito? Que seja enviada uma mensagem ao Governador, sob um nick (lógico!), manifestando o descontentamento da comunidade com os decretos?
Com certeza isso o incomodará muito mais do que a polêmica que o movimento está geranto e do que os levantes que tem ocorrido pelo pais inteiro!
(Ahhh… imagino que saiba que a greve foi levantada principalmente como forma de combater os decretos…)
“Assim, não é de se espantar que alguns poucos alunos tenham tomado a frente da ocupação da reitoria: em qualquer outra situação de denúncia de um ato normativo ilegítimo, sempre cabe a poucos a coragem de renegar seu ócio e denunciar aquilo que pode ameaçar um valor para toda a sociedade, a qual, infelizmente, encontra-se muito ocupada resolvendo seus negócios particulares”
Nananina. Parabéns pela indignação e pela vontade de participar, mas isso não LEGITIMA a transgressão. Portanto não é de se espantar que a mídia e parte da sociedade ache o movimento baderneiro, por que na realidade é o que ele É !
Se você quer se indignar então escreva para seu deputado ou chame seu advogado e entre na justiça contra os decretos. Essas ações são LEGAIS e estão dentro do estado de direito.
Na verdade seu texto é até bem escrito, mas os FINS não justificam os meios. Seu texto apenas defende a luta como justa independente de como ela se dá, o que não é verdade.
Alias, acho a ocupação uma excelente aula de anti-democracia, afinal, os estudantes, o Sintusp poderiam ter entrado na JUSTIÇA contra os decretos, portanto o argumento de que “qualquer manifestação é tolhida pela mídia reacionária” não é verdade.
Também achei horrível o argumento, ou melhor, não argumento, de que a violência urbana legitima a invasão. Legitima o que cara pálida ? Não legitima porra-nenhuma. O Estado de direito não vincula sua capacidade, ou incapacidade, de lidar com uma questão, a violência urbana, como requisito para dar o direito a outros também avacalharem com o Estado de direito.
Teu texto é ótimo, só esqueceu o estado de direito, só este detalhe.
Quem escreveu o comentário assinando “Eu” (imagina-se que seja o Douglas),mandou bem
A ocupação da reitoria da USP e a greve dos funcionários, professores e alunos desta mesma instituição pública deram margem a uma série de comentários e visões sobre a educação superior pública brasileira, como não se via há tempos.
No entanto, é preciso recordar que essa educação superior pública está imersa em uma cultura que não vê necessidade na participação dos cidadãos nos processos de deliberação e decisão acerca da administração do bem público. Para grande parte de nós, a política é algo do qual devemos nos manter distantes, pois ela ocupa um tempo preciosa, é morosa e frequentemente os acordos que realizamos na política nos decepcionam enão realizam nossos interesses particulares. Como se vê, a política exige muito de nosso tempo, de nossa reflexão e de nossa capacidade persuasiva, elementos que poderíamos utilizar, com proveito muito maior, na administração de nossos negócios particulares. Por isso, elegemos parlamentares e representantes para o Poder Executivo, para que eles decidam por nós, mas conforme nossas opiniões e nossos interesses. Dificilmente um cidadão normal gostaria de perder seu tempo livre para ler, interpretar e criticar um decreto que impõe ‘as universidades estaduais uma série de medidas que ferem sua autonomia e que ameaçam a existência de pesquisas desconexas das superficialidades do mercado. Assim, não é de se espantar que alguns poucos alunos tenham tomado a frente da ocupação da reitoria: em qualquer outra situação de denúncia de um ato normativo ilegítimo, sempre cabe a poucos a coragem de renegar seu ócio e denunciar aquilo que pode ameaçar um valor para toda a sociedade, a qual, infelizmente, encontra-se muito ocupada resolvendo seus negócios particulares.
Assim, devidamente recordados de nossa opinião relativa à política, nâo fica difícil de entender a origem dos comentários, de esquerda ou de direita, a respeito desse movimento. Na verdade, esses pareceres acerca da ocupação e da greve revelam posturas diante da administração do bem público que não devem passar desapercebidas, pois apresentam os modos de se fazer política nesse país. Por um lado, temos aquele nosso apego ao espírito autoritário e dominante, aquela vontade de sermos reacionários e de dizer “eu sou a lei, eu mando e desmando, eu, aqui, dou as ordens”. Por outro, frequentemente nos pegamos na fila de uma repartição pública reclamando nossos direitos ameaçados ou nitidamente lesados, e não gostamos de ver no balcão o cartaz aludindo ao artigo penal sobe desacato a funcionário público, pois não nos consideramos criminosos ao exigirmos o que é certo.
Portanto, é espantosa a reação conservadora da sociedade civil e da mídia, porque a ocupação tem sido vista pelos cidadãos não como uma luta em nome da universidade pública autônoma, mas como um confronto entre uma facção rebelde, transgressora das leis, da moral e dos bons costumes. Em geral a população reclama da falta de ações que protejam os seus direitos, mas quando um grupo resolve agir sem truculência e violência e adota a ocupação de um espaço público e a greve como formas de reivindicação, então o que resta é qualificar esse movimento de baderneiro e violento, criminalizando-o.
Ora, imaginemos o ambiente de uma escola estadual pública de periferia. Drogas, depredação, violência, roubo, furto, analfabetismos primário e secundário: este é o retrato fiel das escolas estaduais. Quem duvidar que entre em uma para conferir (se a direção deixar, é claro). Nenhum professor efetivo, dirigente escolar ou jornalista teria a coragem de qualificar de “baderneiros, vagabundos, violentos, criminosos, vândalos” aqueles que danificam o patrimônio público e o transformam em terra de ninguém. Nenhum deles, eu asseguro, teria o culhão de fazer isso. Primeiro, porque a escola pública, segundo nossa cultura, é o lugar por excelência dos alunos: eles mandam e desmandam, tão autoritariamente quanto os professores costumavam fazê-lo (e que agora só o conseguem demagogicamente). Segundo, porque o Estado prefere que os alunos e a comunidade pressionem a escola segundo sua vontade, para que assim aprendam todos os valores mais altos da democracia e do Estado de Direito. Num lugar como esse, seria perigoso chamar alguém de “baderneiro”. Mesmo para um jornalista do Estadão ou para o Todo-Poderoso Gianotti. Ninguém, neste país, tem a coragem de enfrentar o verdadeiro, inominável e brutal vandalismo que assola a periferia da cidade de São Paulo, e que se revela com muita nitidez nas escolas públicas do subúrbio.
Dessa forma, é preciso que cada um recorde-se do que é efetivamente a violência urbana, para depois atribuir o nome hediondo de “baderneiro” a quem quer que seja, até porque, como já ficou comprovado pela experiência escolar paulistana, o Executivo deixa os depredadores violarem tranquilamente o patrimônio público das escolas estaduais, sem fazer o menor esforço para melhorar a qualidade do ensino médio público, o que, certamente, controlaria a situação de violência real na educação pública paulistana.
Mas, como a escola pública não faz parte dos negócios particulares de milhares de cidadãos, e como a USP é alvo de rancor de grande parte da população, graças ao sistema eliminatório praticado pela FUVEST, ambas as instituições estão entregues aos seus respectivos “proprietários”: a escola pública é refém das drogas e da violência que lhe é inerente, enquanto a USP é apanágio de uma elite econômica reacionária e conservadora, para a qual não faz nenhuma diferença a autonomia universitária ou o ensino superior tecnicizante (FM, FD, FEA, POLI, FF, FQ, FB). Na primeira, o predomínio da força bruta é abafado pela mão hipócrita do Estado; na segunda, toda tentativa de crítica e de denúncia de atos normativos ilegítimos é amordaçada e criminalizada. Mas tudo isso se conforma em um mesmo movimento: a aniquilação da educação pública e a sua consequente entrega à privatização.
Não dá pra manter a ocupação sem necessariamente haver greve?
Algumas dúvidas referentes as sucessivas paralisações que acometem a Universidade de São Paulo.
– Qual objetivo da continuação da greve? Há foco e objetivos claros? A melhor forma de lutar por melhor educação é parando de ter aulas?
– Se os decretos ainda são inconstitucionais, ignorar um mandato de reintegração de posse e impedir os funcionários da reitoria de trabalhar é o que?
– Os bolsistas que recebem através da reitoria devem fazer o que para pagar as suas contas enquanto a reitoria estiver invadida?
– Paralisar o bandejão e o circular são formas de punir o governo? Fazendo os alunos que não moram no CRUSP e não possuem carro caminhar até seus respectivos prédios e ficar sem jantar afeta o nosso excelentíssimo Governador?
– Onde os caixas eletrônicos do Bradesco existentes em frente a reitoria se inserem na “disputa” entre o movimento de greve e o Governo Estadual?