Resposta ao Serra

Resposta aos comentários feitos pelo governador José Serra, em um evento da União da Indústria de Cana de Açucar.

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ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DA USP

COMUNICADO DAS NEGOCIAÇÕES DA REITORIA DA USP COM ESTUDANTES

 

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DA USP

 

INICIADA POR VOLTA DAS 19:00 DO DIA 12/06/2007

FINALIZADA POR VOLTA DAS 00:30 DO DIA 13/06/2007

                A Assembléia iniciou-se com informes gerais sobre o movimento. Decidiu-se, logo após, que fossem encaminhadas as propostas para a mesa, durante vinte minutos, e a partir das propostas é que se dariam as discussões políticas.

 

 

DELIBERAÇÕES:

 

– A Pró-Reitoria de Pós-Graduação entrou em contato com o Movimento da Reitoria Ocupada para pedir que liberássemos documentos necessários às viagens de alunos ao exterior. Posto que a Reitoria negou-se, desde o mês passado, a encaminhar o pagamento das bolsas de assistência estudantil (Bolsa Auxílio-Moradia, Bolsa Trabalho, Ensinar com Pesquisa, além de outras monitorias e estágios), a Assembléia vinculou a liberação daqueles documentos ao pagamento imediato dessas bolsas. É importante lembrar que nenhum pagamento depende do espaço da Reitoria Ocupada – o que fica provado pelos pagamentos de professores e funcionários que têm sido efetuados normalmente.

 

– Os textos publicados pelo Estadão, no domingo último, também foram discutidos na Assembléia. Deliberou-se pelo pedido de direito de resposta em nome do Movimento. Foi proposto que envíassemos representantes a uma coletiva de imprensa agendada pelo Sintusp a ser realizada amanhã. A Assembléia deliberou que não haverá representantes dos estudantes para falar em nome do Movimento da Reitoria Ocupada. A reunião para elaborar elaboração do direito de resposta será amanhã, 13/06, às 18h, no saguão da ocupação.

 

– Manutenção da greve.

 

– Manutenção da ocupação. 

 

– Retomada de negociação com a Reitoria, apresentado-se contra-proposta estruturada sobre os seguintes condicionantes para uma possível desocupação:

       

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        * a não punição de estudantes e funcionários envolvidos nas atividades políticas de greve e da ocupação;

        * manutenção de todos os pontos da última contra-proposta da Reitoria (a carta oficial da Reitoria está exposta logo abaixo da ata);

        * audiência pública para discutir o INCLUSP;

        * construção do V Congresso Geral da USP legitimado pela reitoria, de pauta única: Estatuinte, a ser construída em diálogo com as três categorias. Organizado por uma comissão paritária composta de professores, estudantes e funcionários, o Congresso deverá ser aberto a toda comunidade universitária com voto proporcional paritário e deliberar diretrizes para um novo estatuto da Universidade.

 

 

*A reunião da Comissão de Negociação ocorrerá às 10:00, no dia 13/06/2007, na Reitoria Ocupada.

**A próxima Assembléia será depois da reunião de negociação com a Reitoria.

 

 A seguir, carta oficial da Reitoria em que consta a última contra-proposta oferecida:

 

"Com o objetivo de encontrar uma solução pacífica para a desocupação imediata do prédio da Reitoria, em reunião realizada hoje, com a presença de 20 alunos e dois representantes do Sindicato dos Funcionários da USP (Sintusp), a Reitoria comprometeu-se a:

1. Oferecer café da manhã e almoço aos domingos no Restaurante Central, no campus Butantã. O prazo para execução dessa proposta será de seis a nove meses, considerando a necessidade de contratação de pessoal especializado.

2. No que se refere ao transporte nos fins-de-semana, no campus Butantã, haverá reestruturação do serviço prestado pelo ônibus circular da Prefeitura do Campus, que funcionará aos sábados e domingos, das 9h às 17h. A Prefeitura providenciará uma grade de horários, que será afixada nas paradas de ônibus. A extensão desse serviço após as 17h, ou outro mecanismo alternativo para atender o trajeto Portaria 1– Crusp, será objeto de estudo, de início imediato.

3. Quanto ao processo de cancelamento de matrículas, a Reitoria propõe-se a retirá-lo do Conselho Universitário, retornando-o ao Conselho de Graduação (CoG) para reanálise.

A Reitoria reitera, ainda, os termos do documento “Reivindicações acolhidas pela Reitoria”, datado de 08 de maio p.p., bem como a criação da comissão formada por 16 membros (sendo oito professores e oito alunos e/ou funcionários), que deverá analisar e apresentar propostas sobre os demais itens da pauta de reivindicações apresentadas pelos estudantes. Tal comissão terá o prazo de 90 dias para apresentar o relatório final à Reitoria, que se comprometeu a dar atenção especial à implementação das ações propostas e aprovadas pelos colegiados da Universidade.

Também estiveram presentes à reunião a presidente do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana, Sra. Rose Nogueira, e o representante da Comissão Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Dr. Walter Foster Júnior. "

 

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Ata Assembléia 13/06

As seguintes Unidades já decidiram continuar em greve: T.O., Artes Plásticas, FAU, Letras, Audiovisual, ECA, Escola de Aplicação Decidiram sair da greve: Biologia, Geologia Piquetes: Letras, Ciências Sociais  Data de Assembléias13/06 – EACH, Audiovisual, FAU14/06 – Ciências Sociais (18h) Fórum das Seis: Tirou que o que passar da arrecadação otimista do ICMS vai ser dividido em porcentagens diferentes para os diferentes setores ECA: 15/06  – Encontro dos IA´s e Sarau (20h)Audiovisual – Vídeo-manifesto (12h, sala pró-ocupa)

Artes Plásticas: Indicativo de desocupação e Calendário de atividades Ciências Sociais: Leu carta aberta à sociedade Retirada de documentos: O pró-reitor de pós-graduação poderá retirar os 42 processos de Bolsa Viagem para serem entregues na CAPES, condicionado à liberação de bolsa moradia, bolsa trabalho, bolsa ensinar com pesquisa, estágios e monitorias.   Direito de resposta no Estadão: 13/06 – Reunião para redigir (18h no saguão da Reitoria) Comissão de Cultura: 16/06 – Peça censurada no CÈU (22h), debate após a peça, agenda da semana. Comissão de negociação: 13/06 – Reunião (10h, na sala de reunião da comunicação)

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e não esqueçam..

 
Assembléia dos estudantes da USP agora na ocupação
 
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Texto de Rass Fischer sobre a ocupação

É hora da ocupação registrar e disseminar sua teoria: a teoria da festa

 

 

Depois de mais de um mês de ocupação da reitoria da USP – importante símbolo institucional das “inteligências” subordinadas nas periferias mundiais – chegou o momento do início de outra etapa na ocupação: a “ocupação”, ou “invasão”, da produção de conhecimento pelo registro e disseminação das teorias que já se constroem nas mentes de cada vivente desta festa livre.

A primeira proibição fundamental na ordem do tédio burocrático foi transgredida pela aglomeração de indivíduos num espaço livre, descontrolado por qualquer burocracia, seja o Estado, as autoridades estatutárias da universidade, ou as enfadonhas organizações partidárias. Esta transgressão, naturalmente, já produziu o que justamente é a razão da proibição, ou seja, o arejamento das mentes, o enriquecimento dos pensamentos e o início do conhecimento não vigiado por poderes centralizados. Aqui não se é assombrado pelos pensadores da fraseologia do conhecimento escolar, ou policiado pelos sargentos da epistemologia do ressentimento – a maioria de nossos mestres. Aqui também ocorrem apropriações de conhecimentos acadêmicos existentes, porém em função de uma prática teórica que é fundamentalmente produto da experiência da vida livre de cada participante e existe como necessidade de ação sobre a expansão da mesma intensidade de vida.

Mas o que querem realmente os ocupantes da reitoria? Seria a manifestação reacionária pela manutenção de uma ordem escolar obsoleta de um estágio anterior da organização estatal? Certamente que não. Os produtores dessa rave querem simplesmente a permanência da festa a qual vivem neste momento. Isto porque a liberdade das mentes, produzida no interior da própria aglomeração, faz com que se perceba o óbvio: a vida sob a cultura da valorização do sacrifício, das oito horas diárias de trabalho maçante, da eterna esperança infantil do dinheiro abundante, da velhice depois de uma medíocre sobrevivência de classe média é o destino certo de cada ocupante após o término de sua festa. Os ocupantes querem que a festa revolucionária dure para sempre, mas para isso sabem que é preciso fazer com que se expanda para fora.

O registro da riqueza intelectual produzida na festa e a disseminação desse registro pelas várias vias possíveis de comunicação é a próxima etapa da rave. O espaço construído pelo capitalismo em função de seu processo de expansão, também é o espaço que está produzindo aqui a sua superação. E a tecnologia disponível para disseminar informações precisa ser usada de modo inventivo e dinâmico. A criatividade e a versatilidade na disseminação da festa será definitiva para sua permanência. A teoria eficaz está ainda para ser inventada, assim como sua comunicação eficaz e sua arte. Enfim, este é o momento dos ocupantes começarem escrever textos, inventarem sua própria arte e disseminarem seus pensamentos.

 

Rass Fischer, 11/06/2007.

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Texto do Professor Marcos Barbosa – FE USP

[Esta carta foi escrita pelo professor Marcos Barbosa – FE, quando recebeu um abaixo-assinado contra o movimento estudantil, argumentando nos gastos e pobres moldes da violentização..]

Vejam a resposta!

abre aspas.. 

 

Caro Prof. José de Souza Martins

 

Em resposta ao envio do abaixo-assinado cujo texto transcrevo abaixo, devo dizer que não o subscrevo, e gostaria de explicar porque, terminando com uma sugestão.

Não o subscrevo porque sua conclamação apóia-se numa visão injusta, uma visão parcial e interessada em que os responsáveis pela ocupação figuram como únicos culpados pela quebra da normalidade da vida universitária. O documento, assim como outros de mesmo teor já divulgados – os quais, diga-se de passagem, não parecem ter contribuído para a superação da crise –, prega a ética da superioridade do diálogo, do debate racional civilizado, em relação à violência física, com forma de se lidar com conflitos. Até aí estamos todos de acordo. Mas essas intervenções, ao mesmo tempo, não levam em conta nem explicita nem implicitamente, ou fazem apenas uma referência muito vaga, ao fato de que a gota d’água que precipitou a decisão de ocupar a reitoria foi a quebra de compromisso da reitora ao não comparecer a uma audiência previamente agendada com os estudantes. E não há dúvida de que se tratou mesmo da proverbial gota d’água, pois são bem conhecidas as dificuldades que encontram estudantes, professores e funcionários na tentativa de manter um diálogo civilizado com as autoridades universitárias. As crônicas da ADUSP ilustram abundantemente essa afirmação, com seu registro de recusas de marcar reuniões de negociação, quebras de compromisso, etc., por parte desta e de reitorias anteriores.

Mas em vez de trocar acusações desse gênero, em que cada lado atribui a culpa pelo rompimento do diálogo ao outro, talvez seja melhor ampliar o foco do debate considerando um aspecto do pano de fundo da crise, a saber, o fato, amplamente reconhecido, de o Estatuto da USP ser significativamente menos democrático que o das universidades federais, e o das outra universidades estaduais paulistas. Creio residir aí parte da explicação de porque, apesar de haver outras fontes de insatisfação estudantil presentes também em outras universidades, a atual onda de mobilizações tenha tido início na USP.

Entre os documentos produzidos pelo movimento de ocupação, houve um que me chamou muito a atenção. Trata-se da “Resposta ao ultimato da reitora”, e seu título é: “Democracia, desesperadamente”. O tema volta no miolo do texto, “Exigimos democracia, desesperadamente”, e no fecho: “Por mais democracia, desesperadamente, Estudantes da ocupação da reitoria da USP”. A meu ver está aí o significado último da ocupação: um grito de desespero. Um grito incomoda, precisa ser silenciado. Mas a única alternativa a sufocá-lo pela força é mostrar que ele foi ouvido.

E como dar essa demonstração? O último dos dezoito itens da pauta de reivindicações dos estudantes é expresso numa única palavra: “Estatuinte”. Contrastando com essa brevidade, esse é o tema que, para além das questões mais conjunturais, tem ocupado o centro dos debates nas reuniões e assembléias não só dos estudantes, mas também dos professores e funcionários mobilizados. Daí decorre a sugestão: para mostrar que ouviram o grito, as autoridades universitárias, os paladinos do diálogo, defensores da lei e da ordem, precisam apenas – o que não é pedir muito – reconhecer o caráter autoritário do Estatuto da USP em vigor, e se empenhar verdadeiramente em sua reforma, aceitando como condição para que o novo Estatuto seja realmente democrático (nos termos da declaração aprovada pela assembléia da ADUSP de 6/6) “que se constitua uma Assembléia Estatuinte soberana e democrática com essa finalidade específica e que se dissolva uma vez finalizados os trabalhos”.

Quanto ao resultado, nem mesmo é necessário que o novo Estatuto seja um primor de democracia, talvez baste, num primeiro momento, que se alinhe com os estatutos das outras universidades brasileiras. Um estatuto democrático é em essência o que permite que os conflitos internos da Universidade sejam resolvidos por meio do diálogo. Qualquer avanço neste sentido contribuirá assim para que a necessidade de recorrer a ações como a ocupação não volte a se impor no futuro, como é o desejo de todos.

Para além do resultado concreto, na forma de um novo estatuto, o processo de sua elaboração, se conduzido com seriedade, colocará em pauta temas que há muito clamam por um debate em profundidade, os temas das relações da Universidade com o Estado, com a sociedade, com o mercado, com as agências de fomento (outra ameaça à autonomia universitária), etc., onde se encontram as raízes da crise que atravessamos.

Creio que uma proposta dessa natureza será vista com bons olhos pelos estudantes, como um sinal de que seu grito foi ouvido. E pode no mínimo ser o ponto de partida para uma negociação que leve efetivamente a um encerramento pacífico da ocupação.

Cordialmente,

                                                           Marcos Barbosa de Oliveira

                                                           Professor Associado, FEUSP

 

[Reproduzimos aqui o abaixo-assinado movido pelo professor José de Souza Martins]

Contra a violência: Em defesa da universidade pública e gratuita e de sua autonomia

Os abaixo-assinados, docentes do ensino superior, vêem com apreensão o recorrente recurso à violência em nossas universidades públicas e gratuitas. Em nome de reivindicações muitas vezes legítimas, a discussão vem sendo substituída pelo monólogo autoritário, o diálogo pela truculência.

O recurso à coação por piquetes e outras formas de violência e a invasão de prédios universitários constitui sintoma alarmante de degradação das relações entre as pessoas, logo em um ambiente que deveria prezar, acima de tudo, o diálogo. O progresso do conhecimento e a educação na universidade exigem a centralidade da razão, a liberdade de pensamento, a tolerância e o respeito à divergência como fundamentos.

A defesa da autonomia universitária exige determinação dos acadêmicos e de suas lideranças para demonstrar contínua e exaustivamente à sociedade e aos governantes que a comunidade acadêmica tem os meios para resolver suas disputas pelo debate e pelo diálogo, sem nunca recorrer à violência ou à ilegalidade.

Em defesa da universidade pública e gratuita, pautada no princípio da autonomia, do diálogo e do respeito à institucionalidade, os abaixo-assinados conclamam seus colegas a se unirem em repúdio a práticas que recorram à violência.

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Agenda do Cultura de Greve: Ocupação é Formação

Agenda do Cultura de Greve: Ocupação é Formação – Sala do CO na 
Reitoria Ocupada:

seg- 14h30 Ruy Braga (Sociologia - FFLCH-USP):
"O retorno da crítica social: Sociologias públicas e engajamento".

ter- 14h30 Ulpiano Bezerra de Meneses (Históra - FFLCH-USP):
"Os paradoxos da memória: a amnésia social"

quarta: 19h00 exibição do vídeo: "Ajuste" (57 minutos, DVD) direção:
Daniel
Veloso / Marcelo Berg / Robert Cabanes / Zé César Magalhães
mesa-redonda: Paulo Arantes (Filosofia - FFLCH-USP), Luiz Renato
Martins (Artes
Plásticas - CAP-ECA)

quinta: 14h30 Maria Elisa Cevasco (Letras Modernas - FFLCH-USP)
"A função da crítica cultural"

Quinta semana no auditório (CO) da reitoria ocupada!!!
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O sonho dourado da imprensa reacionária em SP(charge)

Latuff 

 Veja! as outras charges da ocupação!

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Reunião sobre a organização do movimento

Para discutir a greve, a ocupação e a organização do movimento, reunião dos okupantes da reitoria.

SEGUNDA (12 JUN) 22H

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DECLARAÇÃO A SOCIEDADE

          O decreto declaratório representa um recuo do governo em relação aos ataques desferidos no início do ano e é fruto direto da força de nossa mobilização. No entanto, ainda são mantidos ataques fundamentais.

        Tais ataques se materializam na manutenção da secretaria de ensino superior, com Pinotti como representante dos empresários da educação a frente para implementar um projeto educacional que fragmenta ensino, pesquisa e extensão para colocar a produção de conhecimento ainda mais a serviço do capital privado.

        Por isso, seguimos lutando pela revogação completa e imediata dos decretos, o fim da secretaria de ensino superior e a saída de Pinotti. Isto, não para defender a Universidade elitista como ela é, mas por mais verbas para a educação para garantir Educação Pública, gratuita e de qualidade para todos. Por isso, convidamos estudantes, trabalhadores e o povo pobre de todo o país a se somar a esta luta.

 

Estudantes da USP, UNESP/FATEC e UNICAMP

Aprovado na Assembléia Geral dos Estudantes da USP

e por unanimidade no Encontro Estadual de Públicas

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