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Especial: Dia das mães
http://www.youtube.com/watch?v=zcZ0IszcfYg
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Nem a Folha aguenta mais o Serra!
"28/05/2007 12:52h
NEM A FOLHA AGÜENTA MAIS O SERRA
Paulo Henrique Amorim
O presidente eleito, José Serra, tinha um cheque em branco da Folha
de S. Paulo.
. Ouvi de várias fontes que o dono da Folha, o Sr. Frias, costumava
dizer que ainda veria o Serra dar jeito no Brasil.
. O Sr. Frias morreu, Serra não deu jeito no Brasil, mas talvez dê um
jeito na Folha.
. Nem a Folha agüenta mais o Serra.
. Outro dia, num editorial, a Folha cobrou do presidente eleito ? e
provisoriamente governador de São Paulo ? definir o que ele quer para
as universidades do Estado. (Clique aqui para ler o editorial de
título ?Serra e o nó da USP?, publicado em 26 de maio).
. Hoje, na página 2 de editoriais e colunas de opinião ? clique aqui
para ler – o articulista diz o que todo mundo já sabe (mas a Folha, o
Estadão, o Globo e a Veja, baluartes da mídia conservadora – e
golpista – se recusavam a ver):
. Que Serra pouco se lixa para o Governo de São Paulo (como pouco se
lixou para a Prefeitura de São Paulo), porque ele só pensa ?naquilo? ?
assumir em 2010 a presidência que lhe é devida.
. Que o Governo Serra é uma decepção (para quem, como a Folha, achou
que seria um sucesso).
. E que a crise das universidades é culpa do Serra.
. Quer dizer, o governo Serra é tão ruim que ele conseguiu perder o
cheque em branco que a Folha tinha dado a ele."
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Moção de apoio à ocupação da reitoria USP
Nós, do Centro Acadêmico de Serviço Social da PUC-SP, manifestamos nosso total apoio à ocupação do gabinete da reitoria da USP pelos estudantes. Os governos Lula e Serra vêm cada vez com mais força atacando as universidades com medidas que somente favorecem os lucros dos patrões, ou o incentivo à privatização das universidades públicas, em detrimento do ensino público, gratuito e de qualidade e favorecendo cada vez mais a total elitização da universidade.
Estamos desde o primeiro dia manifestando nosso apoio e inclusive participando ativamente na própria ocupação. Fazemos também nossas as 17 reivindicações do movimento de ocupação, assim como acreditamos que devemos passar a pensar em formas de unificação desta luta, que deve servir de referência para os estudantes de todas as universidades.
Nós, que na PUC, também lutamos pela autonomia universitária, devemos nos unificar a esta luta dos estudantes na USP em que um dos principais eixos políticos diz respeito ao corte (e submetimento direto ao governo) das verbas para a educação, pois levantamos a bandeira da estatização das universidades privadas e entendemos que somente conquistaremos nossas reivindicações com a unificação das lutas e com todos os setores que fazem a universidade funcionar.
Chamamos todos os estudantes a apoiarem esta luta e também a participarem da Assembléia que será realizada no dia 08/05.
CASS PUC-SP
Gestão “Nem Pacto, Nem trégua – Retomar a Luta!”
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Unesp Franca OCUPADA!!!
Carta à Ocupação da USP
No dia 28 de maio de 2007, nós estudantes da Unesp, campus de Franca, ocupamos a sala da vice-diretoria.
Entendemos que essa ocupação é um ato político, e representa uma forma legítima de luta contra os decretos do governador Serra, contra a repressão ao movimento estudantil, e por uma universidade pública, de qualidade e a serviço dos trabalhadores.
Nesse sentido, apoiamos incondicionalmente a ocupação da reitoria da USP pelos companheiros e entendemos que a mesma segue como exemplo nacional da alinça concreta de estudantes, funcionários e professores em defesa do ensino público.
Queremos deixar bem claro que, em caso de repressão policial à ocupação da USP estaremos empenhados em construir um levante de ocupações e manifestações pelo país.
Saudações de luta, e sigam ocupando!
Movimento Estudantil de Ocupação
Unesp Franca
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o profetinha
Pequeno documentário gravado no dia 18/05 na rotatória em frente ao P1 e na reitoria ocupada com o profeta Miguel, que revelou nove mistérios seríssimos.
http://www.youtube.com/watch?v=UDSR1QiXa3U
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Estar com os estudantes ou estar com a polícia
Um novo “maio de 68” no campus da USP?
Os professores precisam escolher se estão do lado da polícia ou dos estudantes.
Henrique Soares Carneiro – Professor do Dept. de História/FFLCH/USP
28 de janeiro de 2007
Estudantes insatisfeitos ocupam universidade exigindo contratação de mais professores, construção de mais salas de aula e reformas na gestão universitária. A reitoria chama a polícia que desaloja violentamente os manifestantes.
Onde poderia se passar essa narrativa? Na USP destes dias?
Neste caso, tratava-se da Sorbonne, em Paris, ocupada pelos estudantes em 3 de maio de 1968. Depois que foram expulsos manu militari pelo ministro Alain Peyrefitte no dia seguinte já se sabe o resultado: uma explosão de fúria juvenil e estudantil, uma onda de barricadas e o despertar de uma inteira geração para o sonho de transformar a realidade com a indignação justa dos jovens que resolveram combater a injustiça do mundo.
Será este, de novo, o roteiro paulista e brasileiro de 2007? Começou uma “nova onda” na história do movimento estudantil brasileiro? Qual será o seu caráter, a sua amplitude e a sua profundidade?
O conteúdo das reivindicações, aparentemente apenas “acadêmicas”, pode parecer tão semelhante e difuso como era o dos estudantes franceses no seu início: melhoria de condições de ensino, democratização da universidade, resistência a atitudes repressivas. A intervenção policial apenas radicalizou e ampliou a contestação, que passou a questionar diretamente o próprio governo. Independentemente do desfecho imediato do conflito que está fazendo da USP a referência para todo o movimento estudantil brasileiro, este outono paulista se assemelha a outras primaveras.
O espírito de rebelião estudantil, quase sempre, não é pontualmente acadêmico, nem estritamente apenas político, mas torna-se uma contestação global dos valores pelos quais se afirma uma ordem estabelecida.
Poderíamos esquematizar em três as vocações do movimento estudantil: uma corporativa e acadêmica (defesa de melhores condições de ensino e de vida para os estudantes, tais como moradia, alimentação, transporte, prédios, instalações); uma segunda, de ordem política (defesa de liberdades públicas, contra ditaduras, contra decretos governamentais); e ainda uma terceira que seria a cultural ou de costumes (liberdades individuais, como as de opção sexual ou de estilos de vida juvenis).
Defender com invasões de cinema o direito à meia-entrada seria da primeira vocação, assim como fazer greve pela contratação de mais professores ou bloqueios de rua pelo passe escolar no transporte, ou seja, a defesa das condições materiais e econômicas da vida dos estudantes. Exigir eleições diretas para presidente, a autonomia universitária ou a demissão de um secretário de estado já se tornam reivindicações diretamente políticas direcionadas a alterar uma política governamental ou mesmo a derrubar um governo. Direitos de escolher o cabelo ou o vestuário, a música, a prática sexual ou o uso de psicoativos se inscreveriam na terceira modalidade.
A forma como essas três dimensões se combinam na história dos movimentos estudantis é múltipla e sempre interligada. Em 1977, em São Paulo, a luta pelas condições de ensino logo se tornou defesa de presos políticos e desafio à ditadura. Em Sorocaba, em 1981, uma manifestação pelo direito ao beijo reúne milhares de estudantes que produzem um conflito político anti-ditatorial. Em 1968, na França, a questão dos dormitórios segregados sexualmente em Nanterre combinou-se com uma ocupação da Sorbonne por reivindicações materiais (contratação de professores e mais salas) e acadêmicas (alteração no sistema de avaliação) cujo desalojamento violento pela polícia desencadeou uma luta social de imensa profundidade. Em Seattle, em 1999, uma reunião de estudantes, grupos juvenis e o amplo espectro da esquerda desencadeou uma onda de “movimentos anti-globalização” que cercaram as reuniões dos órgãos oficiais da gestão dos negócios capitalistas com milhares de manifestantes em diversas cidades do mundo. Na Alemanha, em 1968, a morte de um estudante numa manifestação contra o Xá da Pérsia detonou a fúria estudantil. Em São Paulo, em 1986, pelo direito de exibir o filme de Godard Je vous salue Marie, proibido pelo governo Sarney, milhares de estudantes da PUC enfrentaram agentes federais que fugiram disparando tiros para o ar.
Atualmente, nesta luta, em 2007, dos estudantes das universidades paulistas, destacam-se, ao lado de reivindicações materiais a defesa política da causa da autonomia universitária. Mas a autonomia é vista, não como algo que diz respeito apenas aos estudantes, cientistas, professores e funcionários, mas como algo que imbui na essência da universidade um espírito público e um programa voltado para as maiorias socialmente desfavorecidas e, por isso, se choca com o projeto dos decretos de Serra de uma pesquisa “operacionalmente dirigida” e de uma universidade dominada por fundações que atendem interesses privados.
Se os estudantes fossem apenas os profissionais que se preparam para a competição nas funções técnicas e intelectuais especializadas da variedade das profissões, por que de quando em quando, acometeria aos jovens estudantes de todos os países uma vontade de transformar a vida e o mundo e de desencadear movimentos políticos estudantis que, de fato, mudam a história?
Isso ocorre porque os movimentos estudantis são como a consciência de uma geração que desperta e não aceita o mundo que lhe é legado, buscando com sua ação passar a ser sujeito do seu destino coletivo e não mais indivíduos passivos e concorrentes no lugar ao sol do êxito profissional. Ainda mais quando esse êxito é cada vez mais distante e inalcançável para a maioria dos diplomados devido ao desemprego estrutural de uma época de crise social e econômica.
Neste século XXI, num mundo em crise civilizacional, com o anúncio de uma catástrofe ecológica de aquecimento global para as próximas décadas, em meio a uma crise estrutural da economia planetária financeirizada, onde o desemprego é a perspectiva mais provável mesmo para os diplomados das melhores universidades e, especialmente num país em que as esperanças de mudança da geração anterior foram tão frustradas pela cooptação do PT e de Lula para o campo do “pensamento único” neoliberal e submisso aos ditames da hegemonia imperialista estadunidense, não é de se estranhar que esteja ocorrendo um movimento estudantil massivo e radicalizado.
Num espaço universitário com o brasileiro, em que nem sequer se exerce alguma forma de consulta democrática ampla e efetiva para a escolha dos reitores, e num país em que os processos eleitorais vem sendo corroídos por uma corrupção de reiterados escândalos de financiamentos ilícitos de campanhas, de manipulação midiática, de compra de votos e de mandatos por mensalões e troca-trocas partidários, é evidente que o conteúdo da democracia é formal e tão inautêntico como o era o liberalismo oitocentista dos fazendeiros escravistas. A juventude não está apenas apática, despolitizada e com asco pela política, mas está buscando outras formas mais diretas e mais autênticas de se aprender a fazer uma política democrática.
No início do século XX, a classe dominante formava seus filhos para gerirem os negócios familiares e do Estado. O bacharel de Direito era o emblema dessa sociedade. Novas profissões liberais como médicos e engenheiros ampliaram esse espectro, mas a grande mudança ocorre após os anos sessenta/setenta, quando uma enorme massa incorpora-se à universidade ampliando o tempo médio de escolaridade da população e respondendo à demanda de novas segmentações técnicas que a complexidade das novas tecnologias e mercados exigia.
A educação e, especialmente, a universidade tornam-se os grandes mecanismos de ascensão social das classes médias e mesmo de talentos individuais nas camadas desfavorecidas. Mas os estudantes não são apenas isso: a gênese de futuros profissionais graduados e pós-graduados nas diversas esferas técnicas e científicas hiper-especializadas indispensáveis para a divisão social do trabalho nos diversos setores da economia.
É o anúncio de uma nova geração que estamos assistindo e ouvindo. Como escreveu Walter Benjamin, em 1913, em A vida dos estudantes: “o estudantado seria visto assim em sua função criativa, como o grande transformador com a missão de converter em questões científicas, através de posicionamentos filosóficos, as idéias que costumam despertar antes na arte e na vida social do que na ciência. (…) Onde cargo e profissão constituem, na vida dos estudantes, a idéia dominante, esta não pode ser a ciência”.
No entanto, notava o jovem Benjamin aos 22 anos, “a falsificação do espírito criador em espírito profissional, que vemos em ação por toda parte, apossou-se por inteiro da universidade e a isolou da vida intelectual criativa…”.
A real busca de um saber crítico reside na vocação estudantil para extravasar os limites acadêmicos de seus currículos e buscar na prática da vida, da cultura e da política os caminhos para um aprendizado existencial que sempre incluiu, como elemento central, o espírito generoso da revolta contra o que é considerado injusto e incorreto.
Quando o famoso Instituto de Pesquisa Social, em Frankfurt, na Alemanha, foi ocupado por estudantes rebelados, em 31 de janeiro de 1969, o seu diretor e fundador, Theodor Adorno, chamou a polícia.
Em uma série de cartas, o seu amigo e colega Herbert Marcuse repreendeu-o e criticou-o severamente, dizendo de maneira clara que: “em determinadas situações, a ocupação de prédios e a interrupção de aulas são atos legítimos de protesto político (…) na medida em que a democracia burguesa (em virtude de suas antinomias imanentes) se fecha à transformação qualitativa, e isso através do próprio processo democrático-parlamentar, a oposição extraparlamentar torna-se a única forma de contestação: desobediência civil, ação direta”.
Em outras destas cartas Marcuse expunha de forma clara, para o contexto alemão da época, a mesma disjuntiva que se coloca hoje para todo professor da USP, Unicamp e UNESP diante da atual crise das universidades paulistas: “Dito brutalmente: se a alternativa for polícia ou estudantes de esquerda, estou com os estudantes – com uma exceção crucial, a saber, se a minha vida for ameaçada ou se for usada violência contra mim e os meus amigos e a ameaça for séria. Ocupações de salas (exceto a minha casa) sem esse tipo de ameaça violenta não é razão suficiente para se chamar a polícia (…) De fato, não se deve “caluniar abstratamente” a polícia. É evidente que em certas situações eu também chamaria a polícia. Em relação à universidade (e só em relação a ela) assim o formulei recentemente: se houver uma ameaça real de agressão física a pessoas e de destruição de materiais e equipamentos que servem à função educacional da universidade”.
Se houver um crime, um estupro ou um assalto, seja nas nossas casas, como na universidade é lícito e, muitas vezes, indispensável, chamar a polícia. Mas, diante de um conflito político ou social, chamar a polícia sempre é uma forma violenta de defender o poder vigente. Especialmente a despreparada polícia de choque do governo Serra que recentemente demonstrou em plena praça da Sé lotada a sua disposição em dispersar multidões a tiros de balas de borracha, bombas e cassetadas.
No caso da USP, o movimento se caracteriza por ser absolutamente pacífico, nunca ter destruído qualquer material ou equipamento educacional, administrativo ou científico, nem ter ameaçado ninguém de violência física, ao contrário, a única ameaça de violência física provém da entrada de uma tropa de choque.
As posições opostas de Herbert Marcuse e de Theodor Adorno são os pólos éticos e políticos que novamente se confrontam entre o professorado no atual conflito desencadeado a partir da ocupação da reitoria da USP e de outras dependências da UNESP e UNICAMP e as alternativas são excludentes: estar com os estudantes ou estar com a polícia.
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Assembléia Gerla dos Estudantes!
ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES
CONVIDAMOS A TODOS OS ESTUDANTES DA USP
É extremamente importante que todos compareçam para que possamos prosseguir com nosso processo democrático de reinvindicações e deliberações. Quanto maior o número de estudantes, maior será a legitimidade das nossas decisões.
28/05 – 18:00: em frente à Reitoria
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Aluno da USP vive embaixo de arquibancada
São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2007
Aluno da USP vive embaixo de arquibancada
No alojamento provisório, dentro do estádio da universidade, 36 estudantes aguardam uma vaga no Crusp, o conjunto residencial
Maioria colabora com invasão da reitoria, pois parte das reivindicações tem a ver com a vida de quem mora ou quer morar na instituição
Marlene Bergamo/Folha Imagem |
Quarto do alojamento provisório, apelidado de "favelão da USP', destinado a alunos de baixa renda |
LAURA CAPRIGLIONE
THOMAZ CHIAVERINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dezoito beliches, oito coladas a uma parede, dez do outro lado do quarto. Entre elas, por corredores de meio metro de largura, é difícil passar -há varais estendidos, forrados de roupas lavadas pelos próprios moradores. As paredes estão cobertas de mofo. Um rato aparece. Livros de física, de cálculo, de meteorologia espalham-se pelo ambiente. Esse é um quarto oferecido pelo serviço social da Universidade de São Paulo a alunos de baixa renda.
O "favelão da USP", como é chamado o alojamento provisório de estudantes, está enfiado sob as arquibancadas do estádio da universidade, na Cidade Universitária (zona oeste). Comporta 36 alunos (18 meninos e 18 meninas, em dois quartos separados), que aguardam uma vaga no Crusp, o Conjunto Residencial da USP.
"Isso aqui parece cela de cadeia, não é? Quando chove muito, até inundação tem aqui. Mas a gente chega a ser considerado privilegiado. Somos os primeiros de uma lista de espera com mais de 800 nomes", diz um aluno do 1º ano de exatas. Como seus colegas, ele está ali desde fevereiro, quando começaram as aulas. "A Coseas [Coordenadoria de Serviços e Assistência Social] prometeu que nos levará para o Crusp até maio. Estamos com esperança de que o prazo seja cumprido."
O quarto das meninas estava semi-abandonado na sexta-feira. Oito estavam doentes em casas de amigos. Pegaram gripe forte por causa do vento que se insinua por entre as frestas do concreto da arquibancada. Os maiores buracos tinham arremedos de vedação com jornais.
O banho é tomado nos vestiários do estádio. "As meninas têm que tomar cuidado na hora do banho porque os guardas ficam olhando por uma janela quebrada", diz um diretor da AmorCrusp, a Associação de Moradores do Crusp.
Cada aluno tem direito a um armário -desses de clube- para guardar tudo: roupas, sapatos, livros e até alimentos.
À 0h, todos os dias, apagam-se as luzes dos quartos. Como, no alojamento dos meninos, a maioria é de estudantes de exatas, muitos têm de gastar várias horas além do horário das luzes acesas resolvendo listas de exercícios. O jeito é levar uma mesa de plástico para um corredor do estádio onde não se apagam as lâmpadas.
A maioria dos hóspedes do alojamento provisório está colaborando com a invasão da reitoria, já que boa parte das reivindicações do movimento tem a ver com a vida de quem mora ou quer morar na universidade.
Ônibus circular e restaurante universitário funcionando todos os dias (e não só nos úteis) e mais 700 vagas na moradia são algumas das mais importantes.
Apesar do apoio, os hóspedes provisórios não querem aparecer publicamente como invasores, por temer retaliações.
Superlotação
O Crusp tem 1.400 vagas, distribuídas em sete prédios com média de 66 apartamentos cada. Das vagas, 990 são destinadas a alunos da graduação e 390 a de pós-graduação. As demais são voltadas a casos especiais, como deficientes.
O objeto de desejo dos estudantes do alojamento provisório são apartamentos de 36 m2, divididos em três quartos, uma sala de estudos e um banheiro com box de banho.
É difícil manter a proporção de três alunos por apartamento. Quase a totalidade das unidades têm pelo menos um quarto morador, que vive onde seria a sala de estudos. Mas há apartamentos superlotados, com até 11 moradores, sendo oito convidados dos três moradores oficiais.
Quando entra no Crusp, o aluno ganha o direito de ocupar a vaga pelo tempo da graduação -o prazo pode ser estendido se ele não conseguir se formar no período regular.
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