A
inaceitável ação policial no campus da Unesp de
Araraquara é mais um ato repressor levado a cabo pelo diretor
da Faculdade de Ciências e Letras.
Há
poucas semanas o mesmo diretor baixou uma
portaria de caráter inconstitucional remontando às
práticas da ditadura militar com o intuito de impedir a
discussão e os discursos de caráter político
dentro do campus. A panfletagem, os cartazes de caráter
político,as reuniões de alunos com o intuito de
discutir a atual situação da instituição
estão proibidos de maneira que o acesso dos alunos aos
anfiteatros está proibido pela portaria. As reuniões
que tiveram que ocorrer fora dos anfiteatros foram vigiadas pelos
seguranças da instituição que tiraram fotos dos
alunos e perguntavam seus nomes para eventuais processos arbitrários
da universidade contra estes.
Pelo
jeito não avançamos muito desde a re-democratização…
Este é um Manifesto assinado por intelectuais contra a repressão ao movimento estudantil, em defesa das liberdades democráticas
•
Ninguém é ilegal: os estudantes não estão sozinhos!
Espanta-nos o grau de perseguição e repressão ao movimento estudantil da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, campus
Araraquara. No início de 2006 a congregação desta unidade expediu a
Portaria 002/2006, onde se proíbe a realização de “ações
político-partidárias”; proíbe-se, novamente, “quaisquer atos que
interfiram no bom andamento das atividades acadêmicas” – e, não
contentes! – proíbe-se ainda, sem a prévia autorização da diretoria, a
“afixação de cartazes, distribuição de panfletos, fazer discurso por
megafone, aparelho de som ou de viva-voz”, permitindo, agora sim, a
entrada da polícia no campus (!). Ora, o que é isso senão a vigência e o reacionamento do Decreto-Lei N.º 477 (26/02/1969) – o chamado “AI-5 da Educação”?
Logo após o decreto desta portaria, duas estudantes foram suspensas por
seis meses, tentou-se instituir “carteirinhas” e catracas na moradia
estudantil e estudantes foram ameaçados de despejo (nesse processo
os/as não-moradores foram proibidos/as de entrar na moradia por 15
dias, como tentativa – bastante evidente – de contenção das
mobilizações estudantis). E, por fim, no segundo semestre, a
congregação votou o fim da Moradia Estudantil.
Agora, nesta mesma instituição, quatro estudantes poderão ser
expulsos/as da universidade: são “responsáveis” por uma manifestação –
ao dia 15/03 – contra a privatização da universidade e a invasão dos
bancos. A manifestação contou com mais de 100 estudantes.
Durante anos a fio, o Brasil sofreu com o arbítrio e o autoritarismo
perpetrados pela ditadura civil-militar, instaurada após o golpe de
Estado, em 1964. Muitos/as foram os/as que lutaram pela democratização
de nossa sociedade, muitos/as pagando mesmo com a própria vida por essa
luta. Quarenta e sete anos após o golpe e vinte e sete anos depois da
“democratização”, pouca coisa mudou: a questão social no Brasil ainda é um caso de polícia.
Assistimos hoje a um crescente processo de criminalização dos
movimentos sociais e populares. Muitos militantes estão sendo presos em
todo o país – como “exemplo” para os demais –, há um claro ataque a
direitos históricos dos/as trabalhadores/as, com as (contra) reformas,
e até mesmo a possibilidade de proibição de um instrumento de luta,
histórico e legítimo, dos/as trabalhadores/as: a greve. São fatos que
demonstram que o estado de exceção permanece sendo a regra geral. Liberdade? Só para banqueiros, multinacionais, latifundiários, usineiros…
Nas universidades públicas, esta tendência também está presente. Para
governos, reitorias e diretorias a solução para a crise do ensino
superior é o aprofundamento do processo de mercantilização. Veja-se a
Lei de Inovação Tecnológica, a legalização das fundações de “apoio”, o
Prouni, a diminuição do número de docentes, o corte de verbas etc.,
enfim, medidas estas articuladas à Reforma Universitária de Lula/FMI,
em andamento. Concomitante e necessariamente, aumentam os casos de
autoritarismo e repressão no interior das Universidades. Mais
recentemente, nas universidades estaduais de São Paulo, assistimos aos
decretos-intervenção do governador Serra. Esses decretos ferem o
princípio constitucional da autonomia universitária, submetem as
universidades públicas a uma pretensa Secretaria Estadual do Ensino
Superior, que abriga igualmente cerca de 500 instituições privadas, e
dificulta o repasse do ICMS, com o controle burocrático do orçamento e
das finanças.
Nesse sentido, os estudantes tem sido o principal alvo das repressões
orquestradas por governos, reitorias e diretorias. Não é à toa. O
Movimento Estudantil Combativo segue resistindo aos ataques neoliberais
à universidade pública. Pelo país afora, são inúmeros os casos de
prisões, expulsões e perseguições políticas, câmeras de vigilância,
sindicâncias, proibições e ostensiva presença de PMs nos campi.
Somente na FAU/USP, foram mais de 80 sindicâncias (10% dos estudantes),
tão-somente por que os estudantes organizaram uma festa. Uma festa!
Três estudantes já foram expulsos da Unesp, enquanto duas foram
suspensas. Dois estudantes da USP foram condenados à prisão, por terem
“pichado” uma convocação de uma manifestação no asfalto da universidade.
Por tudo isso que dissemos acima, nos solidarizamos com os estudantes
em movimento e, neste momento particular, com os/as estudantes da
Unesp-Araraquara. Reivindicamos e exigimos, da diretoria da Faculdade
de Ciências e Letras da Unesp campus Araraquara (FCL-Car/Unesp), bem como do corpo de delegados/as de sua respectiva congregação, a imediata suspensão da sindicância e a revogação da Portaria 002/2006.
Nenhuma punição aos estudantes!
Basta de repressão ao Movimento Estudantil!
Em defesa das liberdades políticas de organização e manifestação dos
trabalhadores e da juventude. Hoje, como antes, consente quem cala!
ALGUNS NOMES QUE JÁ ADERIRAM AO MANIFESTO:
Luiz Fernando da Silva, professor de Sociologia
de Unesp-Bauru;
Alvaro Bianchi, professor de Ciência Política da
Unicamp;
Luziano Pereira Mendes de Lima, professor de Ciência Política
da Universidade Estadual de Alagoas;
João Quartim de Moraes, professor
de Filosofia da Unicamp;
Caio Navarro de Toledo, professor de Ciência
Política da Unicamp;
Ruy Braga, professor de Sociologia da USP;
Hector
Benoit, professor de Filosofia da Unicamp;
Angela Lazagna, doutoranda
em Ciência Polícia da Unicamp;
Danilo Martuscelli, doutoirando em
Ciência Polícia da Unicamp;
Roberto Della Santa Barros,
pesquisador-junior e doutorando em Comunicação da
Clacso-Unesp/Universitat Autònoma de Barcelona;
Fernando Ferrone,
membro da Revista Outubro e mestre em História pela Université de
Bourgogne;
Giovanna Oliveira Baccarin, jornalista;
Tatianny de Souza de
Araújo, secretária da Conlutas-RJ;
Diego Cruz, jornalista do Opinião
Socialista;
Yara Fernandes Souza, jornalista do Sindsef-SP;
Jeferson
Choma, historiador;
Wilson H. Silva, professor de Imagem e Som da
Uniban;
Cecília Toledo, editora da Revista Marxismo Vivo;
André
Valuche, assessor da Conlutas-SP;
Angelica Valente, cineasta
documentarista da EICTV-Cuba;
Bernardo Cerdeira, jornalista;
Eric
Gustavo Cardin, professor de Sociologia da Uniamerica;
Henrique Canary,
professor e tradutor da editora Sundermann;
Iraci Borges, bibliotecária
da editora Sundermann, sanitarista e mestre em Comunicação;
João
Ricardo Soares, especialista em Relações Internacionais do Ilaese-SP;
José Welmowicki, editor da Revista Marxismo Vivo;
Marcelo Dalla
Vecchia, professor de Psicologia da UFMS;
Valério Arcary, professor de
História do Cefet-SP
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Manifesto dos intelectuais contra a repressão ao movimento estudantil, em defesa das liberdades democráticas
Publicamos, abaixo, o manifesto assinado por intelectuais contra a censura e as punições que vêm sendo aplicadas na Universidade do Estado de São Paulo
DA REDAÇÃO
• Ninguém é ilegal: os estudantes não estão sozinhos!
Espanta-nos o grau de perseguição e repressão ao movimento estudantil da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, campus Araraquara. No início de 2006 a congregação desta unidade expediu a Portaria 002/2006, onde se proíbe a realização de “ações político-partidárias”; proíbe-se, novamente, “quaisquer atos que interfiram no bom andamento das atividades acadêmicas” – e, não contentes! – proíbe-se ainda, sem a prévia autorização da diretoria, a “afixação de cartazes, distribuição de panfletos, fazer discurso por megafone, aparelho de som ou de viva-voz”, permitindo, agora sim, a entrada da polícia no campus (!). Ora, o que é isso senão a vigência e o reacionamento do Decreto-Lei N.º 477 (26/02/1969) – o chamado “AI-5 da Educação”?
Logo após o decreto desta portaria, duas estudantes foram suspensas por seis meses, tentou-se instituir “carteirinhas” e catracas na moradia estudantil e estudantes foram ameaçados de despejo (nesse processo os/as não-moradores foram proibidos/as de entrar na moradia por 15 dias, como tentativa – bastante evidente – de contenção das mobilizações estudantis). E, por fim, no segundo semestre, a congregação votou o fim da Moradia Estudantil.
Agora, nesta mesma instituição, quatro estudantes poderão ser expulsos/as da universidade: são “responsáveis” por uma manifestação – ao dia 15/03 – contra a privatização da universidade e a invasão dos bancos. A manifestação contou com mais de 100 estudantes.
Durante anos a fio, o Brasil sofreu com o arbítrio e o autoritarismo perpetrados pela ditadura civil-militar, instaurada após o golpe de Estado, em 1964. Muitos/as foram os/as que lutaram pela democratização de nossa sociedade, muitos/as pagando mesmo com a própria vida por essa luta. Quarenta e sete anos após o golpe e vinte e sete anos depois da “democratização”, pouca coisa mudou: a questão social no Brasil ainda é um caso de polícia. Assistimos hoje a um crescente processo de criminalização dos movimentos sociais e populares. Muitos militantes estão sendo presos em todo o país – como “exemplo” para os demais –, há um claro ataque a direitos históricos dos/as trabalhadores/as, com as (contra) reformas, e até mesmo a possibilidade de proibição de um instrumento de luta, histórico e legítimo, dos/as trabalhadores/as: a greve. São fatos que demonstram que o estado de exceção permanece sendo a regra geral. Liberdade? Só para banqueiros, multinacionais, latifundiários, usineiros…
Nas universidades públicas, esta tendência também está presente. Para governos, reitorias e diretorias a solução para a crise do ensino superior é o aprofundamento do processo de mercantilização. Veja-se a Lei de Inovação Tecnológica, a legalização das fundações de “apoio”, o Prouni, a diminuição do número de docentes, o corte de verbas etc., enfim, medidas estas articuladas à Reforma Universitária de Lula/FMI, em andamento. Concomitante e necessariamente, aumentam os casos de autoritarismo e repressão no interior das Universidades. Mais recentemente, nas universidades estaduais de São Paulo, assistimos aos decretos-intervenção do governador Serra. Esses decretos ferem o princípio constitucional da autonomia universitária, submetem as universidades públicas a uma pretensa Secretaria Estadual do Ensino Superior, que abriga igualmente cerca de 500 instituições privadas, e dificulta o repasse do ICMS, com o controle burocrático do orçamento e das finanças.
Nesse sentido, os estudantes tem sido o principal alvo das repressões orquestradas por governos, reitorias e diretorias. Não é à toa. O Movimento Estudantil Combativo segue resistindo aos ataques neoliberais à universidade pública. Pelo país afora, são inúmeros os casos de prisões, expulsões e perseguições políticas, câmeras de vigilância, sindicâncias, proibições e ostensiva presença de PMs nos campi. Somente na FAU/USP, foram mais de 80 sindicâncias (10% dos estudantes), tão-somente por que os estudantes organizaram uma festa. Uma festa! Três estudantes já foram expulsos da Unesp, enquanto duas foram suspensas. Dois estudantes da USP foram condenados à prisão, por terem “pichado” uma convocação de uma manifestação no asfalto da universidade.
Por tudo isso que dissemos acima, nos solidarizamos com os estudantes em movimento e, neste momento particular, com os/as estudantes da Unesp-Araraquara. Reivindicamos e exigimos, da diretoria da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp campus Araraquara (FCL-Car/Unesp), bem como do corpo de delegados/as de sua respectiva congregação, a imediata suspensão da sindicância e a revogação da Portaria 002/2006.
Nenhuma punição aos estudantes!
Basta de repressão ao Movimento Estudantil!
Em defesa das liberdades políticas de organização e manifestação dos trabalhadores e da juventude. Hoje, como antes, consente quem cala!
ALGUNS NOMES QUE JÁ ADERIRAM AO MANIFESTO:
Luiz Fernando da Silva, professor de Sociologia de Unesp-Bauru; Alvaro Bianchi, professor de Ciência Política da Unicamp; Luziano Pereira Mendes de Lima, professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Alagoas; João Quartim de Moraes, professor de Filosofia da Unicamp; Caio Navarro de Toledo, professor de Ciência Política da Unicamp; Ruy Braga, professor de Sociologia da USP; Hector Benoit, professor de Filosofia da Unicamp; Angela Lazagna, doutoranda em Ciência Polícia da Unicamp; Danilo Martuscelli, doutoirando em Ciência Polícia da Unicamp; Roberto Della Santa Barros, pesquisador-junior e doutorando em Comunicação da Clacso-Unesp/Universitat Autònoma de Barcelona; Fernando Ferrone, membro da Revista Outubro e mestre em História pela Université de Bourgogne; Giovanna Oliveira Baccarin, jornalista; Tatianny de Souza de Araújo, secretária da Conlutas-RJ; Diego Cruz, jornalista do Opinião Socialista; Yara Fernandes Souza, jornalista do Sindsef-SP; Jeferson Choma, historiador; Wilson H. Silva, professor de Imagem e Som da Uniban; Cecília Toledo, editora da Revista Marxismo Vivo; André Valuche, assessor da Conlutas-SP; Angelica Valente, cineasta documentarista da EICTV-Cuba; Bernardo Cerdeira, jornalista; Eric Gustavo Cardin, professor de Sociologia da Uniamerica; Henrique Canary, professor e tradutor da editora Sundermann; Iraci Borges, bibliotecária da editora Sundermann, sanitarista e mestre em Comunicação; João Ricardo Soares, especialista em Relações Internacionais do Ilaese-SP; José Welmowicki, editor da Revista Marxismo Vivo; Marcelo Dalla Vecchia, professor de Psicologia da UFMS; Valério Arcary, professor de História do Cefet-SP
Manifesto dos intelectuais contra a repressão ao movimento estudantil, em defesa das liberdades democráticas
Publicamos, abaixo, o manifesto assinado por intelectuais contra a censura e as punições que vêm sendo aplicadas na Universidade do Estado de São Paulo
DA REDAÇÃO
• Ninguém é ilegal: os estudantes não estão sozinhos!
Espanta-nos o grau de perseguição e repressão ao movimento estudantil da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, campus Araraquara. No início de 2006 a congregação desta unidade expediu a Portaria 002/2006, onde se proíbe a realização de “ações político-partidárias”; proíbe-se, novamente, “quaisquer atos que interfiram no bom andamento das atividades acadêmicas” – e, não contentes! – proíbe-se ainda, sem a prévia autorização da diretoria, a “afixação de cartazes, distribuição de panfletos, fazer discurso por megafone, aparelho de som ou de viva-voz”, permitindo, agora sim, a entrada da polícia no campus (!). Ora, o que é isso senão a vigência e o reacionamento do Decreto-Lei N.º 477 (26/02/1969) – o chamado “AI-5 da Educação”?
Logo após o decreto desta portaria, duas estudantes foram suspensas por seis meses, tentou-se instituir “carteirinhas” e catracas na moradia estudantil e estudantes foram ameaçados de despejo (nesse processo os/as não-moradores foram proibidos/as de entrar na moradia por 15 dias, como tentativa – bastante evidente – de contenção das mobilizações estudantis). E, por fim, no segundo semestre, a congregação votou o fim da Moradia Estudantil.
Agora, nesta mesma instituição, quatro estudantes poderão ser expulsos/as da universidade: são “responsáveis” por uma manifestação – ao dia 15/03 – contra a privatização da universidade e a invasão dos bancos. A manifestação contou com mais de 100 estudantes.
Durante anos a fio, o Brasil sofreu com o arbítrio e o autoritarismo perpetrados pela ditadura civil-militar, instaurada após o golpe de Estado, em 1964. Muitos/as foram os/as que lutaram pela democratização de nossa sociedade, muitos/as pagando mesmo com a própria vida por essa luta. Quarenta e sete anos após o golpe e vinte e sete anos depois da “democratização”, pouca coisa mudou: a questão social no Brasil ainda é um caso de polícia. Assistimos hoje a um crescente processo de criminalização dos movimentos sociais e populares. Muitos militantes estão sendo presos em todo o país – como “exemplo” para os demais –, há um claro ataque a direitos históricos dos/as trabalhadores/as, com as (contra) reformas, e até mesmo a possibilidade de proibição de um instrumento de luta, histórico e legítimo, dos/as trabalhadores/as: a greve. São fatos que demonstram que o estado de exceção permanece sendo a regra geral. Liberdade? Só para banqueiros, multinacionais, latifundiários, usineiros…
Nas universidades públicas, esta tendência também está presente. Para governos, reitorias e diretorias a solução para a crise do ensino superior é o aprofundamento do processo de mercantilização. Veja-se a Lei de Inovação Tecnológica, a legalização das fundações de “apoio”, o Prouni, a diminuição do número de docentes, o corte de verbas etc., enfim, medidas estas articuladas à Reforma Universitária de Lula/FMI, em andamento. Concomitante e necessariamente, aumentam os casos de autoritarismo e repressão no interior das Universidades. Mais recentemente, nas universidades estaduais de São Paulo, assistimos aos decretos-intervenção do governador Serra. Esses decretos ferem o princípio constitucional da autonomia universitária, submetem as universidades públicas a uma pretensa Secretaria Estadual do Ensino Superior, que abriga igualmente cerca de 500 instituições privadas, e dificulta o repasse do ICMS, com o controle burocrático do orçamento e das finanças.
Nesse sentido, os estudantes tem sido o principal alvo das repressões orquestradas por governos, reitorias e diretorias. Não é à toa. O Movimento Estudantil Combativo segue resistindo aos ataques neoliberais à universidade pública. Pelo país afora, são inúmeros os casos de prisões, expulsões e perseguições políticas, câmeras de vigilância, sindicâncias, proibições e ostensiva presença de PMs nos campi. Somente na FAU/USP, foram mais de 80 sindicâncias (10% dos estudantes), tão-somente por que os estudantes organizaram uma festa. Uma festa! Três estudantes já foram expulsos da Unesp, enquanto duas foram suspensas. Dois estudantes da USP foram condenados à prisão, por terem “pichado” uma convocação de uma manifestação no asfalto da universidade.
Por tudo isso que dissemos acima, nos solidarizamos com os estudantes em movimento e, neste momento particular, com os/as estudantes da Unesp-Araraquara. Reivindicamos e exigimos, da diretoria da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp campus Araraquara (FCL-Car/Unesp), bem como do corpo de delegados/as de sua respectiva congregação, a imediata suspensão da sindicância e a revogação da Portaria 002/2006.
Nenhuma punição aos estudantes!
Basta de repressão ao Movimento Estudantil!
Em defesa das liberdades políticas de organização e manifestação dos trabalhadores e da juventude. Hoje, como antes, consente quem cala!
ALGUNS NOMES QUE JÁ ADERIRAM AO MANIFESTO:
Luiz Fernando da Silva, professor de Sociologia de Unesp-Bauru; Alvaro Bianchi, professor de Ciência Política da Unicamp; Luziano Pereira Mendes de Lima, professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Alagoas; João Quartim de Moraes, professor de Filosofia da Unicamp; Caio Navarro de Toledo, professor de Ciência Política da Unicamp; Ruy Braga, professor de Sociologia da USP; Hector Benoit, professor de Filosofia da Unicamp; Angela Lazagna, doutoranda em Ciência Polícia da Unicamp; Danilo Martuscelli, doutoirando em Ciência Polícia da Unicamp; Roberto Della Santa Barros, pesquisador-junior e doutorando em Comunicação da Clacso-Unesp/Universitat Autònoma de Barcelona; Fernando Ferrone, membro da Revista Outubro e mestre em História pela Université de Bourgogne; Giovanna Oliveira Baccarin, jornalista; Tatianny de Souza de Araújo, secretária da Conlutas-RJ; Diego Cruz, jornalista do Opinião Socialista; Yara Fernandes Souza, jornalista do Sindsef-SP; Jeferson Choma, historiador; Wilson H. Silva, professor de Imagem e Som da Uniban; Cecília Toledo, editora da Revista Marxismo Vivo; André Valuche, assessor da Conlutas-SP; Angelica Valente, cineasta documentarista da EICTV-Cuba; Bernardo Cerdeira, jornalista; Eric Gustavo Cardin, professor de Sociologia da Uniamerica; Henrique Canary, professor e tradutor da editora Sundermann; Iraci Borges, bibliotecária da editora Sundermann, sanitarista e mestre em Comunicação; João Ricardo Soares, especialista em Relações Internacionais do Ilaese-SP; José Welmowicki, editor da Revista Marxismo Vivo; Marcelo Dalla Vecchia, professor de Psicologia da UFMS; Valério Arcary, professor de História do Cefet-SP
Lendo a mensagem do colega reacionário acima daria para diagnosticar a “qualidade” que se deseja alcançar neste país. Para alguns ordem é o prazer máximo que podem ansiar. Ordem a custa de que? A custa de toda uma nação subdesenvolvida, de Amazônias de dinheiro parando do fundo da cueca de alguns, PCCs e Gontijos, de populações ignorantes ou hiper individualista? O colunista da VEJA Roberto de Pompeu de Toledo diz que umas e outras faculdades da USP não precisam estudar tanto quanto outras (medicina, engenharia), e nem ser tão sérios em suas profissões quanto as outras. O fato é que exigem professores de ótimo nível, mas não se oferece recursos para tal e essa mídia me vem com essa calhordice. A quem interessa um povo ‘iluminado’? Partidos de esquerda estão por trás da força, coragem e perseverança de jovens? Não me venha com essa. Nostálgicos da ditadura? Cara, você está morto e esqueceram de enterrar. Ah, a troca de gerações… Este movimento de jovens que iniciam a vida adulta é por uma educação gratuita de qualidade, como reza a constituição. Para todos, não apenas para alguns privilegiados. Ponham isso na cabeça.
O mais interessante em todas as manifestações da mídia a respeito dos movimentos de greve é o modo como ela abafa as razões que ocasionaram os mesmos. Como está se tornando habitual, a mídia sempre apresenta os movimentos de greve como prejudiciais à população, separando, com uma nitidez fictícia, os serviços públicos do povo, esquecendo-se de que o servidor público é um cidadão e, portanto, integrante da população. Mas é precisamente em razão do caráter popular do serviço público – pois é o povo servindo a si mesmo – que a mídia arvora-se no direito de sempre criticar as manifestações e os movimentos contrários ao governo de seu agrado. Não se ouve a mídia dizer que a corrupção prejudica o país, ou que os parlamentares corruptos lesam o povo: os juízos acerca da corrupção operam mais como argumentos para criar um estado de pânico na sociedade do que como pensamentos capazes de orientar a ação pessoal no sentido de um futuro promissor. A mídia não forma o sujeito: ela o transforma numa marionete. Faz muito tempo que não vemos os jornais discutirem seriamente as raízes da corrupção, a desigualdade social ou os perigos do elitismo e da demagogia para a cultura política brasileira. O que temos é sempre um enxame descontrolado de acusações e de delações midiáticas, sempre em um estilo de discurso que apela mais para as paixões do que para a reflexão e a tessitura de um juízo prudente. A mídia, quando lhe convém, coloca o povo contra tudo e todos: incita a população ora ao ódio, ora ao respeito pelas instituições públicas; critica a ausência de movimentos institucionais em nome de reformas políticas, mas repreende certa sociedade civil, quando é esta quem age; aprova linchamentos de criminosos vulgares; abafa chacinas de gente pobre, mas escandaliza aquilo que acontece de ínfimo na vida das celebridades; despreza e amordaça os movimentos sociais, mas celebra a privatização do patrimônio público; entrona analfabetos que lhe ofereçam favores e lucro, mas aniquila a fama de intelectuais que têm idéias diferentes para um Brasil melhor. Em suma, a mídia opera, tanto com argumentos elitistas como com máximas demagógicas, procurando persuadir de que a sua opinião é a melhor, porque apresentada de modo imediato, irreflexivo e sem discussão conceitual alguma. Apoiada na demagogia da facilidade, dessa última fazendo a propaganda, a mídia se mostra como um poder alternativo, como o poder institucional privado que, apoiando-se na derrubada do Estado Democrático de Direito, apresenta-se como o último e verdadeiro profeta da verdade.
***
O caderno Aliás do Estadão, edição de 17.06.07, é a gota d´água que faltava para entornar o copo da paciência dos universitários paulistanos sérios. É insuportável a hipocrisia com a qual a mídia se reveste. Se o Estadão tem a missão de questionar os poderosos, nosso dever é questionar a linguagem midiática e contradizê-la quando ela se mostra dogmática e imparcial.
Por pretender dar uma lição de autonomia, emprega um quadro de Rembrandt para apresentar as autoridades institucionais responsáveis pela demonstração de incompetência na administração do bem público educacional superior. Lição indecorosa de autonomia, pois que eu saiba não cabe à mídia subministrar lições de gestão universitária: quando muito a mídia deveria comunicar imparcialmente os eventos que ocorrem na Cidade, sem deixar de prestar atenção nem na periferia nem no centro. Ora, é claro que o Estadão tem um caderno especial chamado Metrópole, o qual trata, é óbvio, da periferia de São Paulo e da violência que nela grassa diariamente e sem nenhum controle por parte das autoridades e das instituições defendidas calorosamente pelo Estadão. Basta folhear as páginas para ver quantas linhas são dedicadas à periferia! Os olhos deste jornal, como não poderia deixar de ser, estão voltados para a zona oeste de Sampa, mais particularmente para uma das instituições fundamentais para a formação da elite dirigente brasileira: sim, o Estadão está vidrado na USP, nesta mulher madura que significa muito para a elite econômica e cultural não só desta Cidade, mas deste país. É preciso compreender, de uma vez por todas a função da Universidade em Sampa: ela é simplesmente o centro de formação da elite dirigente ou daqueles que pretendem ter acesso a esse grupo comandante; a Universidade, portanto, como meio, e não como fim — a USP como escada, trampolim. É por esta razão que ela importa para tantos partidos e instituições públicas e privadas: porque ela é o horizonte a ser alcançado pelas demais instituições de ensino e, como a Estrela-do-Norte, deve ser firme e constante.
Cidadãos e cidadãs, quando a reitora enfim ocupar o gabinete, tudo voltará a ser como antes: todos seremos felizes, e nossas vidas universitárias continuarão de vento em popa, pois nada terá sido alterado na USP, nem o seu elitismo nem a autonomia da classe dominante que nela se forma. Assim que a reitora sentar-se novamente em seu gabinete, poderemos ter a certeza de que a USP ainda será como em nossos sonhos: uma Universidade para poucos, uma Universidade de líderes, de criaturas que, por seus méritos individuais, são dignos de figurarem à frente da sociedade, como seus verdadeiros e legítimos tutores. Médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, biólogos, farmacêuticos, químicos, veterinários, arquitetos, enfim, toda essa gama de profissionais liberais que merecem alçar aos maiores cargos de nossa Cidade e comandar as instituições privadas e públicas rumo ao horizonte maior de Ordem e Progresso, a Utopia. As demais profissões serão suas subalternas, de devem ou atuar como baú cultural ou como foco de insurgentes, ou como um apêndice de vagabundos mesmo. Mas, é principalmente entre os grandes que a bestialidade grassa. Eu me recordo, FOI NA FACULDADE DE MEDICINA DA USP QUE ESTUDANTES ASSASSINARAM CRUELMENTE UM BIXO; E FOI O CONTRO ACADÊMICO DE DIREITO, XI DE AGOSTO, QUE PUBLICOU FRASES CONTRA OS NEGROS NO BRASIL. Sim, meus caros, essas faculdades tão dignas de proteção institucional são faculdades que abrigam ASSASSINOS e NAZISTAS (FM-USP e FD-USP, respectivamente). Se a mídia fosse imparcial, certamente ela investigaria a fundo o que rola nos corredores dessas instituições que não são da predileção apenas do gabinete da reitora. Ninguém censuraria uma tal investigação, exceto a Consciência Crítica de Sampa.
Ainda, cidadãos e cidadãs, quando os alunos enfim voltarem às salas de aula, tudo voltará a ser como antes: o professor Gianotti continuará a ofender os estudantes e a protestar com toda a veemência contra a “burrice” dos alunos de escola pública. Eu só gostaria de pedir que o emérito catedrático dissesse isso em uma escola estadual, sim, daquelas bem devassadas, apenas para ver se ele sairia ileso. Muito fácil criticar o movimento estudantil quando se é emérito, e quando a titulação não depende de aprovação da comunidade universitária. Mas não há nenhum problema: é tradição na Universidade baixar a cabeça para os grandes eméritos, para que, se concedida uma bolsa de estudos, estes possam facilitar a ascensão dos novatos na Academia. Os estudantes pobres são pródigos na aceitação desse sistema: basta entrar na USP e aquela empáfia do mérito e da dignidade toma conta. É o contato salutar com a ética da humildade e da institucionalidade das elites — com a ética da hierarquia do mérito.
Sim, irmãos e irmãs, quando enfim os líderes sindicais baixarem o volume do alto-falante, tudo voltará a ser como antes: os professores mandarão na burocracia, funcionários continuarão sem voz e fazendo de tudo para “deixar tudo como eles querem”. A própria Universidade reproduzirá o modelo autoritário da sociedade neoliberal, que não concebe a possibilidade de representação política via sindicato, porque aos trabalhadores incumbe a realização de um trabalho perfeito, e não a conscientização e a luta política por um mundo mais justo e menos desigual. Por meio de uma solução racional, de mandar abaixar o tom de voz, assim abafando a gritaria inerente aos momentos de crise (em que nenhuma autoridade comparece para dar explicações), terminaremos por exterminar, dentro da Universidade, local de criação, a força dos movimentos sindicais. A Universidade, livre de agitações e insurgências, voltará a ser um ambiente pacífico e racional, em que nenhuma outra voz, senão a dos burocratas e dos acadêmicos, será ouvida: pois na Universidade, não há democracia, dúvida, incerteza, barulho, crise, mas a razão unívoca e unilateral. Como Platão seria feliz na USP!
Uma crise foi ocasionada pelos decretos do sumo gestor do Estado. Sim, essa crise não existia: a USP era normal, com suas tradições elitistas e sua dignidade do mérito. Os decretos não vieram para aniquilar esses hábitos: foram impostos como forma de entronizar medidas que transformariam a Universidade em uma escola técnica, sonho da elite econômica, ávida pela dominação tecnológica. A educação, se formadora, custa muito ao Estado: para aumentar quantitativamente o ensino básico, é preciso reduzir qualitativamente o ensino superior. E não há problema nisso, porque o público que freqüenta a USP é suficientemente abastado para continuar buscando educação formadora além dos muros do Butantã. E fora do Brasil, se querem saber a verdade. Porque mesmo nas faculdades menos gloriosas, o número de alunos possuidores de capital intelectual é muito elevado. Mas não perguntem ao Gianotti: para ele somos todos favelados! Adorno é mais sutil: os favelados são pessoas felizes. Isto porque não é ele que presencia a violência, real, dolorosa, cruel, perversa e sem reação estatal! Mas estou falando de dois senhores que concordam com os hábitos de nossa Cidade: “que cada um viva conforme o que lhe cabe viver”, essa é a sapiência desses doutos! Se cabe ao pobre tolerar todo tipo de violência e ter sua voz abafada, que ele a tenha, pois a cada um se dê o que merece!
Não, meus irmãos e irmãs, não há estado de exceção na USP, porque nesta Cidade o exercício diário é o da convivência com o nefasto e o autoritário! A mídia realmente conseguiu transformar a crise na USP em uma calamidade pública: isso porque o doutor Serra, ao executar uma minuciosa cirurgia no corpo morto (!) da UNiversidade, recebeu como resposta um sonoro arrombar de portas da reitoria. Sim, meus caros, a mídia está realizando a pintura de um quadro: ela está retratando como o grande médico Serra (e Platão se queria um médico de almas), preleciona acerca das propriedades orgânicas desse corpo morto chamado UNiversidade, mas ele cometeu apenas um erro, senhores: o corpo está vivo! Serra, para palestrar aos seus colegas, apresenta as vísceras de um corpo vivo, diagnosticando as suas enfermidades e os seus pontos saudáveis. Os decretos apenas são o produto das reflexões serranas sobre o bom e o mau na Universidade: “isto, senhores, é o que deve ser tratado primeiro no caso de um mercado com tais exigências; e isto, senhores, é aquilo que deve ser extirpado do organismo universitário, caso o mercado não necessite dessa formação”. Todos devemos obedecer às prescrições do doutor Serra e aprender com suas lições de autonomia e de gestão universitária. Além de governador, é legislador, economista, e médico institucional. Ave, César Platônico!
Enfim, senhores e senhoras, recordemos as palavras de Souza Martins, o conselheiro do Estadão e do Serra: “Pior é o que está por vir após a desocupação”. São palavras pesadas, próprias de um homem tirânico e terrível, que deve lamber os dedos após queimar alguém na FAPESP ou no CNPQ. São palavras que revelam personalidade despótica, privatista: é um anticristo institucional. Ele poderia dar as mãos para os nazistas. SÓ NÃO SEI AS RAZÕES QUE LEVARAM ESTE PROFESSOR A SILENCIAR DIANTE DO ASSASSINATO DE TSUNG-CHI HSUEH NA FACULDADE DE MEDICINA; E TAMBÉM NÃO SEI OS MOTIVOS DE SUA INÉRCIA DIANTE DOS PANFLETOS RACISTAS DO XI DE AGOSTO. Quanta parcialidade, senhor Souza Martins! Quanta mentira! Eu quero a prisão dos assassinos de Tsung-Chi Hsueh, eu quero que o caso seja investigado, pois a Medicina da USP é um antro de assassinos! Se a FM-USP, palácio de homicidas de elite, não merece a difamação e a calúnia perpétuas, também os estudantes participantes da ocupação não merecem nenhuma punição, pois se assassinos não são punidos, não há autoridade moral para punir membros de um movimento social!
Ademais, recordo-me também de uma máxima moral que permeia a administração do ensino básico: “Nenhum aluno será expulso, a menos que alguém consiga comprovar que ele realmente matou um colega de sala.” Vivemos em um Estado Democrático de Direito, no qual os cidadãos podem ter a certeza de que não serão presos por homicídio se matarem alguém no ambiente escolar. A Faculdade de Medicina da USP segue esses preceitos fundamentais da escola pública brasileira, em conformidade com os princípios do acesso democrático ao ensino. Não há autoridade moral nem institucional para impedir que um cidadão nefasto freqüente a escola básica. Não sei o que leva certos catedráticos (não, este nome não caiu) a considerarem os alunos ocupantes como dignos de expulsão ou coisas do gênero. No ensino básico estadual não existe norma educacional que permita expulsar ou punir um aluno — seria uma ofensa ao princípio da isonomia que universitários sofressem punições tão severas, pois sequer assassinos e traficantes são expulsos da escola pública! O que falta para todos esses catedráticos brasileiros é o senso da realidade: vivem suas vidas nos livros e métodos europeus e americanos, e não conseguem enxergar um palmo diante do nariz empinado, corja de sanguessugas.
Não, meus amigos, nem os institucionalistas, nem os assassinos, diferem no mal que causam à Cidade: uns destroem a democracia por impor dogmaticamente a concórdia, assim arrebentando com a dura construção de nossa axiologia social; outros a exterminam por aniquilar a carne sacra dos cidadãos, privando a república de sua matéria a mais nobre, da própria causa de sua geração. Assim, quando a Cidade encontra-se dominada pelos dois extremos da vida humana, pelos senhores institucionais do sentido das palavras e pelos mestres nefastos da violência e do extermínio, cabe aos cidadãos íntegros e honestos sanear a Cidade, recordando as razões que geram a vida social e mostrando como uma vida transparente e preocupada com o público pode levar a uma vida alegre e protegida de ditadores arrogantes e homicidas impunes.
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Escrevo o que quero: não estou filiado a ninguém, e também não busco convencer de verdade alguma, pois não sei o que se passa em vossa mentalidade vaidosa.
É isso aí… choque nos vagabundos !!! A sua hora vai chegar também ( isso é, se a mãe que é a reitora da USP acordar pra vida ).