Falando em ocupação…

Demoramos, mas aí está uma ajuda à comunicação livre!!
 
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Interventor implanta regime
de terror dentro das Fábricas

Para garantir mandado de intervenção judicial administrativa da Cipla
e Interfibra, mais de 100 policiais federais fortemente armados invadiram,
na manhã do dia 31, a Cipla e a Interfibra. Expulsaram os atuais membros
da Comissão que dirigem as empresas e implantaram um regime de
terror dentro das Fábricas.

 
1.

      Está claro que a intervenção na Cipla/ Interfibra/ Flaskô não prevê a recuperação das empresas, mas o fechamento com a destruição dos postos de trabalho de mil pais e mães de família; 

2.

      Esta conclusão é possível constatar nos termos do Mandado Judicial: “poder-se-á notar que o CUSTO SOCIAL da manutenção desses mil postos de trabalho é EXCESSIVAMENTE ALTO (…) talvez o momento seja propicio para que a sociedade joinvilense faça a seguinte reflexão: será que a manutenção do Grupo Cipla, gera, de fato, o bem à sociedade? Será que sua existência não estaria mais para um mal do que para um bem social?”. Em outras palavras, está dizendo: “Será que não é melhor fechar estas fábricas e jogar na lata do lixo os mil empregos?”;

3.

      O Mandado determina como prioridades da intervenção, acertar, “desde o inicio (…) as obrigações fiscais, previdenciárias e os encargos sociais”, o repasse mensal de 5% do faturamento para pagamento das dividas dos patrões e 3% para a Justiça do Trabalho, além do salário vultuoso do interventor;

4.

      O INSS sabe que é impossível para a Cipla/ Interfibra honrar estes compromissos. Afinal, os trabalhadores assumiram as fabricas após uma greve para manter seus empregos e receber seus salários. Após o diagnóstico feito pela Comissão de Fábrica e pelo BNDES, BRDE e BADESC, foi constatada uma divida impagável de mais de quinhentos milhões de reais deixada pelos patrões. Se o INSS continuar a “ferro e fogo” para receber o que lhe é devido, a fábrica fecha e o órgão não recebe mais nada. O resultado será uma tragédia social que vai sujar a imagem do Governo Federal por não ter cumprido com as promessas de acordo com INSS e Fazenda feitas aos trabalhadores em junho de 2005;  

5.

      Para garantir a decisão política de fechar as fábricas, o Mandado Judicial, afastou a Comissão de Fábrica, impediu a entrada e permanência de alguns de seus membros e nomeou um interventor, Sr. Rainoldo Uessler, de Florianópolis, a pedido do INSS;

6.

      Extrapolando a decisão judicial, o interventor está encaminhando uma lista de mais de cinqüenta trabalhadores para serem demitidos, embora tenha falado para a imprensa que ninguém seria demitido;

7.

      No chão de fábrica está instalado um clima de terror, onde cinco seguranças contratados pelo interventor circulam pela fabrica para impedir qualquer conversa entre os operários, o que era comum na gestão da Comissão de Fábrica. Antes os operários trabalhavam alegres, descontraídos. Hoje, trabalham de cabeça baixa e assustados;

8.

      Para dar fim a esta situação, o Comitê está mobilizando no Brasil e no exterior, sindicatos, movimentos sociais, lideranças populares e políticas para enviarem moções e pressionarem os Ministérios da Justiça, do Trabalho e da Previdência Social para que determine a Justiça Federal a reintegração à administração de todos os membros da Comissão de Fábrica e a retirada do interventor.

9.

      Por fim, o Comitê repudia a atitude pelega e absurda do Sindicato dos Plásticos em respaldar a tentativa de fechamento das fábricas promovida pelo INSS e aceita pelo interventor, assim como o clima de terror instalado no chão de fábrica.

Comitê pelo fim da intervenção nas Fabricas Ocupadas

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2 Responses to Falando em ocupação…

  1. Claudio Duarte says:

    De que ocupação estes babacas estão falando? Os cretinos invadiram a reitoria! No fundo estao mostrando que ela serve para pouca coisa, dado que a USP esta funcionando normalmente.

  2. oCUpante says:

    CAMINHADA PELO CAMPUS – URGENTE
    Colegas: na reunião desta manhã na ECA os diretores de unidades
    presentes definiram-se pela realização de um Ato de Defesa da
    Universidade Pública. Será realizado na próxima sexta-feira, conforme
    a minuta do convite anexo. É fundamental que tenhamos um número
    significativo de professores, funcionários e alunos presentes. Por
    isso, pedimos que mobilize a sua Unidade, divulgando de todas as
    formas este convite – Luís Milanesi (ECA)
    “Na próxima sexta-feira, 8 de junho, será realizado um Ato de Defesa
    da Universidade Pública, reunindo professores, funcionários, alunos e
    ex-alunos da Universidade de São Paulo.
    Convidamos você para uma Caminhada pelo campus como manifesto
    pacífico pela superação das dificuldades vividas pela USP com a
    ocupação de sua Reitoria.
    A concentração e ponto inicial da Caminhada será o Monumento a Ramos de
    Azevedo (portão principal do IPT), às 11 horas e saída às 12:00 horas pela
    Av. Luciano Gualberto para a Praça do Relógio.
    A sua presença é fundamental.
    Divulgue este convite.”

    Acho que era piada….

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