Informe da Comissão de Negociação
04.06.2007
(sobre a reunião realizada com a reitora e outros representantes da reitoria no dia 04/06/2007 na Escola Politécnica)
Estavam presentes na reunião: 22 estudantes, 6 funcionários, a reitora e 5 representantes da reitoria.
Breve relato
A reitora iniciou a reunião apresentando informes sobre 3 pontos:
1. Decreto declaratório (publicado no Diário Oficial de 31/05/2007): a reitoria apresentou sua posição oficial, na qual afirma que o decreto declaratório garante a autonomia das universidades públicas paulistas, e assumiu ainda que talvez tenha errado em não fomentar o debate sobre os Decretos entre a comunidade acadêmica;
2. LDO 2008: a reitoria afirmou que o Cruesp solicitará a inclusão, no texto da LDO, da garantia de "no mínimo" 9,57% do ICMS; afirmou que o Cruesp solicitará mais 0,07% para sanar as despesas da incorporação da Faenquil (Faculdade de Engenharia Química de Lorena);
3. Reforma do Estatuto da USP: a reitoria afirmou que existe uma comissão (composta por 6 professores membros do CO e um RD – representante discente) que desde dezembro de 2005 discute propostas de reforma no estatuto (foram mencionados dois temas trabalhados na comissão: carreira docente e regime de trabalho); foi mencionada ainda a possibilidade de realizar um simpósio ou workshop ou fórum sobre as reformas do estatuto.
Pedimos a palavra e expusemos um panorama político do movimento de ocupação e de greve, e ressaltamos que era imprescindível o compromisso de não punição dos ocupantes-grevistas.
A reitora apresentou sua proposta: retirou a propoosta apresentada na reunião anterior e refirmou a necessidade da desocupação, mantendo apenas a chamada "Comissão de Gestão" – composta por 8 professores e 8 estudantes/funcionários (“haja visto os prejuízos tangíveis e intangíveis acarretados pela invasão”).
Perplexos, perguntamos então se era isso mesmo.
Diante da afirmação de que realmente a proposta anterior havia sido retirada e a única opção apresentada era a desocupação, solicitamos a palavra e iniciou-se um debate no qual apontamos o retrocesso que essa posição indicava, uma vez que assembléias anteriores já haviam recusado a primeira proposta.
Argumentos indos e vindos, a reitora disse que a reunião seria interrompida por 15 minutos e depois teria mais 30 minutos.
Retomada a reunião, a reitora apresentou uma proposta diferente da inicial: “que a comissão de negociação traga uma proposta concreta, aprovada pela assembléia, de que a manutenção das concessões anteriores implica a desocupação do prédio da Reitoria”.
Reiteramos o retrocesso que a proposta representava e a necessidade de que a reitoria se pronunciasse formalmente sobre cada um dos pontos de pauta. No entanto, a reitora se recusou. E deu por encerrada a reunião.
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Eu concordo com vc em seu argumento. Mas eu me refiro a um plano social, que acho diferente de reivindicações individualistas.
Acredito ser um direito da sociedade ir de encontro aos desmandos do Estado de Direito, não do indivíduo. Lembremos dos tantos Estados de Direito que foram derrubados pelo povo por serem maléficos (isso é só exemplo, não uma idéia!).
Devemos entender o contexto político-social brasileiro tb, onde os três poderes são intimamente ligados, não pela Constituição, mas por suas composições. Entrar na Justiça é, na maioria das vezes, pedir à elite para ceder um pouquinho “por favor”. É um pouco irreal. Concorda?
“Se um “Estado de Direito” corromper-se ou for corrompido, e se a partir disso a população puder ser prejudicada ou for, o “Estado de Direito” deve sim ser confrontado. A própria história do Direito mostra isso.”
E a avaliação se o Estado direito está ou não corrompido, quem faz ?
Veja, teu argumento é a morada do capeta. Por que ? Por que essa é uma avaliação subjetiva, eu posso achar que a propriedade privada é uma afronta ao direito de todo ser humano a ter uma casa na praia. Essa é minha idéia, então, invadir uma casa na praia no guarujá é legítimo. Outro acha que a Daslu é uma afronta ao direito não alienável de vestir um terno Armani, e etc.
Na verdade a corrupção do estado de direito deve ser tratada pelas próprias instituições, mas ninguem tá afim de entrar cna justiça, afinal, invadir a reitoria é bem MAIS LEGAL !
” Quem trabalha das nove às seis tá marcando tôca?”
Sim, estudante que trabalha das nove às seis e não está ocupando está marcando tôca sim. Boa parte da ocupação trabalha nesse mesmo regime, e, apesar dos impecílios, consegue colaborar.
Me parece que a discusão derivou para o menos importante a partir do primeiro comentário que é evidentemente de alguém que não está entendendo nada. Que a ocupação não se afrouxe ! Quem considera oportunismo ou partidarismo o movimento espontâneo e independente a favor da universidade pública de qualidade que está acontecendo ou está mal informado ou mal intencionado. Por falar em informação, pelo relato sobre a reunião com a reitora é possível entender que houve realmente um engessamento da posição da reitoria o que significa um retrocesso. No entanto o relato poderia ser mais detalhado e transcrever com mais precisão o diálogo. Avante amigos. Esse movimento tem um rande futuro pela frente.
Não precisa. Só achei bonitinho o jeito que você falou.
Bruno,
Esse é seu argumento: “O problema da juventude é achar que sabe tudo” ????
Faz o seguinte, aponte uma discordância no meu texto. Aí a gente pode conversar.
Ou você prefere que eu exemplifique??
Interessante a idéia da votação pela internet. Talvez os alunos que não estão em São Paulo, como eu, possam ter a opinião considerada, e não continuarem reféns dos atos de uma minoria.
“Ô acomodados, até pra votar pra presidente você precisa tirar a bunda do sofá e se deslocar da sua casa.”
_Acomodados_? Quer dizer que esforço mesmo é ocupar a reitoria? Quem trabalha das nove às seis tá marcando tôca?
“Mexam-se! Se acham que podem de fato ser mais eficientes, dentro do sistema, ou inocentemente acreditam na existência de um diálogo possível fora da ocupação… provem isso!”
Como provar isso? Invadindo a reitoria e matando todo mundo? Se vocês mesmos não conseguiram provar que é assim que vão conseguir o que pediram, imagino que só outro “ato-de-violência-pacifista” seja mais eficaz.
“Eu os desafio a ir mais longe do que a ocupação!”
Primeiro teremos que definir ONDE exatamente a ocupação foi, o.k.?
Que bonito isso, Fernando. Por que não se candidata a prefeito?
Mais uma prova de que o problema da juventude é achar que sabe tudo.
Votação pela internet é ótima! O cara vive na Noruega!!!
É muito bonito esse discurso do “Estado de Direito” e das vias da “Justiça”. Agora, além de hipocrisia, porque sabem, os que dizem-no, não funcionar, é ignorância. É simples: o Estado de Direito serve para a regulamentação com vistas ao bem comum. Se um “Estado de Direito” corromper-se ou for corrompido, e se a partir disso a população puder ser prejudicada ou for, o “Estado de Direito” deve sim ser confrontado. A própria história do Direito mostra isso.
“Além disso, acho prudente desenvolver um sistema de consulta dos estudantes via Internet. Assim, essa história de votação em “plenário”, acaba.”
Acabar com o que realmente funciona?
Que tipo de idéia é essa?
Como?
Peraí, eu não entendi…
ele quer acabr com as plenárias? É isso?
Hã?!?!
Ô acomodados, até pra votar pra presidente você precisa tirar a bunda do sofá e se deslocar da sua casa.
Não se propõem à discussão e criticam a ocupação sem sugerir alternativas de manifestação contra os decretos, que muitos de vocês concordam serem inconstitucionais…
Mexam-se! Se acham que podem de fato ser mais eficientes, dentro do sistema, ou inocentemente acreditam na existência de um diálogo possível fora da ocupação… provem isso!
Ao contrário de vocês, nós que apoiamos a ocupação não estamos preocupados com questões partidárias. Apenas repudiamos atentados a liberdade, sejam eles advindos da direita ou da esquerda.
Eu os desafio a ir mais longe do que a ocupação!
“Sim, votação pela internet enquanto a discussão permanece ‘ao vivo’.”
Discussão de quem está querendo discutir e está afim de ir numa plenária. Se a plenária tem 0,5% dos alunos, ela não pode decidir pelos conjunto dos estudantes. Os estudantes não são representados por quem vai na plenária, por isso, o voto via Internet dá voz a quem não tá afim de barraco.
Importante notar que a esquerdopatisa tem medo da democracia, tem medo que os alunos em peso da Faculdade votem pelo final da greve, pela saida da reitoria e etc.
É sempre assim, a esquerda gosta das plenárias porque já sabe como elas funcionam. Isso não tem haver com ser representante dos estudantes, apenas em como usar a representação em nome de uma causa, seja ela política ou não.
Vou repetir. A plenária não representa a opinião dos estudantes da USP. Nunca representou e nunca foi dito e votado entre todos os estudantes a existência de uma representação. Até poderia existir, mas não existe.
“Esses fascistas que querem a desocupação pela policia”
Quem usa a polícia é fascista ? Ora, o Estado tem o direito e a autonomia do uso da força, a justiça mandou re-integrar, então pelo seu “argumento”, o Estado e a justiça são fascistas !
“Quem esta fora das lei é o governo e não os estudantes”.
Não é verdade. A justiça, já ouviu falar em justiça ? Sabe, a justiça mandou re-integrar a reitoria, ou seja, perante a justiça, essa tal que talvez você não conheça muito bem, definiu que a invasão fere as leis.
Ponto parágrafo !
Portanto, o seu discurso é equivocado. Se você acredita que os decretos são insconstitucionais, se este é seu “entendimento”, use a justiça para que ela decida se seu entendimento é errado.
Por enquanto quem está ferindo as leis, e isto está claro na decisão da justiça, são os estudantes.
“Ao invés de dar acesso universal a educação, que é um direito constitucional, o governo quer é botar a mão no dinheiro já minguado das universidades.”
Os decretos não diminuem o montante recebido pelas universidades, apenas ampliam a transparência das contas.
“Porque não veta a compra de aviões e submarinos do exercito?
Porque a Educação e Saúde vem depois do Exercito?”
Taí uma boa pergunta, porém a pergunta não te dá o direito de transgredir e ferir o estado de direito. Escreva para seu deputado do coração, fazendo essas indagações.
Sim, votação pela internet enquanto a discussão permanece ‘ao vivo’.
Esses fascistas que querem a desocupação pela policia, talvez não atentem para o fato que o decreto é inconstitucional.
Quem esta fora das lei é o governo e não os estudantes.
Veja que mesmo com as leis criadas por eles mesmos, ainda querem tiram mais e mais da população.
Ao invés de dar acesso universal a educação, que é um direito constitucional, o governo quer é botar a mão no dinheiro já minguado das universidades.
Porque não veta a compra de aviões e submarinos do exercito?
Porque a Educação e Saúde vem depois do Exercito?
TODO APOIO A OCUPAÇÃO.
ATÉ A VITÓRIA!
É perda de tempo responder mensagens escritas pelo Reinaldo Azevedo, como esta do “Questão policial”. Ele nos lê, ainda que nós sequer entremos no blog dele.
votação pela internet?????
vamos substituir a discussão política, e o crescimento político decorrente, pela enquete? discussão política, posicionamento, reflexão, mudança de posição, tudo isso cabe na urna eletrônica?
e outra: quando um não quer, dois não brigam. ditando muito antigo, muito sábio.
toda força prá vocês
votação pela internet?????
vamos substituir a discussão política, e o crescimento político decorrente, pela enquete? discussão política, posicionamento, reflexão, mudança de posição, tudo isso cabe na urna eletrônica?
e outra: quando um não quer, dois não brigam. ditando muito antigo, muito sábio.
toda força prá vocês
Ficou claro que a questão é policial, agora. A polícia deve agir a qualquer minuto, visto que as negociações não prosperaram.
Importante ressaltar que não existe “não foi pra frente devido ao ‘outro'”. Quando uma negociação não prospera é devido a impossibilidade de encontrarem uma solução em conjunto.
Espero que a reitoria seja desocupada imediatamente e que o Estado de Direito seja re-estabelecido na USP. Além disso, acho prudente desenvolver um sistema de consulta dos estudantes via Internet. Assim, essa história de votação em “plenário”, acaba.
Dúvido que se todos os estudantes pudessem votar via internet que esta zona que estes esquerdopatas criaram teria prosperado. É óbvio que não.