Programação do final de semana

Sábado (02/06)

14h- Show do Tom Zé – "Arte na Resistência"

14h- Reunião da Comissão de Comunicação (Sala da Comunicação)

16h- Reunião organizativa do encontro das Estaduais (Sala Pró-Ocupa)

18h- Grupo de Estudos – amplação do conhecimento sobre decreto declaratório e pontos de pauta da greve e estatuinte (saguão da ocupação)

18h- Reunião sobre auto-gestão e Movimento Estudantil (Sala Pró-Ocupa)

19h- Reunião da Comissão de Segurança (Nicolau Copérnico)

22h- FIlme: "O Anjo Exterminador" (Saguão da Ocupação)

23h- Reunião da Comissão de Alimentação

 

Domingo (03/06) 

12h – Grupo de Estudos – ampliação sobre decreto declaratório e pontos de pauta da greve e estatuinte  (Saguão da ocupação)

13h30 – Grupo de Discussão Projeto de Estado e Atual Conjutura (Sala Pró-Ocupa)

15h – Grupo de Discussão: Elaboração de projetos estratégicos e sistematização de trabalhos. (Saguão da ocupação)

18h – Reunião sobre formato das Assembléias, auto-gestão e participação efetiva dos estudantes (Sagão da ocupação)

20h – Reunião da Comissão de Negociação (Sala Pró-Ocupa)

21 – Reunião da Comissão de Cultura

22h – Filme: "Pro dia nascer Feliz" (Saguão da ocupação) 

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15 Responses to Programação do final de semana

  1. jura says:

    Prezado Alex e demais colegas,

    Vivi seis anos no Crusp, entre o final dos noventa e o início dos anos dois mil. Vi e vivi muita coisa bizarra, como aquele ano em que a Coseas teve de refazer a seleção porque errou grosseiramente na avaliação de centenas de candidatos às vagas. Foi a primeira vez em que a avaliação foi monitorada pelos então moradores…

    Sei que, sem ele, o Cruspão, provavelmente teria precisado sim ficar mais do que o tempo máximo para concluir meu curso.
    Seria jubilado por ter de trabalhar e querer fazer um curso decentemente, e não só fazer meia-boca, instrumentalmente… Assim que é bom, né?

    Aliás, as regras para moradores são mais rigorosas do que para os demais estudantes da USP, pois o prazo para “dar linha” da universidade fica indiretamente menor.

    Há uma série de equívocos ao se criticar a forma como se ocupam as vagas do Crusp. O problema não é o mau uso das vagas existentes. Elas estão sim bem ocupadas e, em geral, pelos estudantes devidamente avaliados, selecionadas, classificados e, como sempre acontece com nossa gente, rotulados.

    Acontece que, em solidariedade pessoal ou por ingenuidade, sei lá, onde cabe um, acaba cabendo dois, três etc. Muitos moradores dividem os seus espaços ocupados; mas, a vaga é uma só, entendeu. Por conta própria, os estudantes cruspianos cortam parte de seu próprio conforto para apoiar, geralmente, outros colegas da USP, pleiteantes à universidade e, eventudamente, amigos, bichos-grilos etc.

    Isso pode precarizar uma pouco mais o que já está precário, mas não é a causa de outros tantos alunos estarem submetidos ao puta frio do alojamento do Cepê. São situações distintas e indiretamente relacionadas. É simples a lógica; se tirar todos aqueles-que não-foram-avaliados, classificados, selecionados-e-rotulados, aos quais você se refere pejorativamente, certamente, não sobrará nem meia-dúzia de vagas entre as milhares de vagas existentes. E os outros centenas ou milhares de já alunos que precisam, como atender? Alguém aí é a favor do revezamento de estudante também? Um dia cada um; um semestre cada um; etc.

    Para concluir, sugiro que se passe a converar mais e entender melhor a realidade cruspiana atual. Longe do mito da contra-cultura dos anos setenta e oitenta, o qual ainda resiste nas figuras-carimbadas que circulam na área atualmente – ou também não podem circular por lá? -, vivem hegemonicamente lá estudantes proletarizados, que ralam-peito no mercado de trabalho, em estágios, em bicos etc. Tanto é que quase nem ficam por lá. Isso ajuda a explicar porque tem sido tão difícil organizar uma Amorcrusp decente nos últimos anos. Ninguém pode se dar o luxo de ocupar-se em atividades cívicas…
    Enfim, viva as políticas de cursinhos populares, de cotas etc. que ajudaram a fazem um punhado de gente pobre, preta e da periferia a batalhar um lugar nas vagas de alunos da universidade. Eles chegam, mas a universidade não quer saber deles. Já entraram, agora se viram, é isso? Eles custam caro… Afinal, pobre, preto e gente da periferia são bons só para serem capachos mal-pagos e subservientes a patrões e patrôas de berço esplêndido e de boa formação, né? Tô fora disso. Tô com a cruspianada, onde ainda se vive uma universidade de verdade na USP!

  2. Quanto aos espaços estudantis says:

    Creio que aí também falta explicitar melhor as intenções da proposta. Os estudantes têm participação importante na universidade, inclusive no que diz respeito ao debate político e cultural, e à organização de eventos políticos e culturais. É importante deixar claro que o que se pretende não é “liberdade incondicional”. Talvez “total autonomia” não seja uma boa forma de expressar o que se está reivindicando, até porque os espaços estudantis são, antes de mais nada, propriedade do governo (assim como todo o resto da universidade).

  3. Quanto ao jubilamento says:

    Convenhamos que você é exceção. A maioria das pessoas que estão na universidade para estudar não vão enfrentar um semestre sequer com aproveitamento inferior a 20%. O tempo longo para jubilamento só é útil para quem pretende usufruir dos direitos de ser estudante sem de fato estudar. E esse tipo de aproveitador é que representa um desperdício imenso do dinheiro público. Ou seja: reduzir o tempo de jubilamento ajuda a aumentar a eficiência dos gastos da universidade.

    Além disso, a meu ver, essa questão do jubilamento se refere à graduação. A pós-graduação segue uma lógica diferente, tem uma estrutura diferente. Os trabalhos muitas vezes são mais longos, têm un envolvimento muito mais direto com pesquisa, etc.

  4. Quanto à inconstitucionalidade says:

    Se a ocupação da reitoria é contravenção, deve-se buscar seu fim – se necessário, com intervenção das autoridades. E se os decretos são inconstitucionais, deve-se buscar sua revogação (ou correção) – se necessário, recorrendo ao Ministério Público. O que deve ser percebido é que existem ferramentas legítimas, dentro do sistema, para combater esse tipo de ilegalidade.

    Cometer um crime em resposta a outro fere os princípios do Estado de Direito. As regras devem valer para todos; quem baixa decretos inconstitucionais deve ser punido, quem invade um prédio público também.

  5. Quanto à moradia says:

    A questão é que não faz sentido exigir a ampliação de vagas quando as vagas já existentes são mal-aproveitadas. E de fato, reivindicar a criação de mais vagas de moradia também não torna a situação de ninguém mais humana.

    A situação de quem mora sob a arquibancada do CEPE ficaria mais humana se acabassem essas sacanagens que rolam no CRUSP. De modo que a questão é: será que não estamos atirando para o lado errado?

  6. Tatiana says:

    O fato de a moradia estar em situação irregular, que deve ser combatida, não torna mais humana a situação de quem mora na arquibancada do velódromo. Um passeio pelo campus é suficiente para ver as diferenças de instalações entre a FEA e a FFLCVH (sem mencionar a FOFITO, que não tem instalações). Criar a usp leste sem verba só pode resultar num sucateamento do ensino público. Se a ocupação da reitoria é contravenção civil, um decreto inconstitucional também é (ou deveria ser…) E não apenas o do Serra, mas também o do Covas, que proíbe passeatas no palácio dos bandeirantes, e que todo mundo sabe – ou deveria saber – que vai contra a constituição. Aliás, governar por decretos não é nada democrático. Quanto ao jubilamento, entrei no doutorado com muitas publicações e bem nova (26), e não teria me formado com essa regra, pois tive problemas de doença na família. Quanto aos processos, acho que falta a palavra “políticos” na pauta, o que é uma pena e realmente dá margem para outras interpretações. Autonomia dos espaços estudantis não significa zona franca, mas possibilidades de iniciativa. Ninguém falou disso pensando em desrespeitar a constituição. Por fim, uma análise detalhada dos decretos, alguma informação histórica, geopolítica e da área de educação e o conhecimento do que esta acontecendo com as universidades na europa, por exemplo, mostra com clareza que as atuais políticas do governo estão alinhadas com estratégias do banco mundial, que intenta separar ensino e pesquisa, criar mais universidades reprodutoras de conhecimento, investir em ensino à distância, privatizar grande parte da área educacional. Se você acha essa uma acusação não fundamentada de “esquerda”, saiba que não sou nem pretendo ser socialista, mas basta entrar no site do banco mundial e ver sua carta de princípios. Paulo Freire e Wallon devem estar revirando no túmulo.

  7. Sobre a PM says:

    Exemplos de violência policial não devem ser usados como argumentos para reivindicar a retirada da PM do campus. Pelo contrário, devemos é buscar combater a corrupção nas autoridades policiais (assim como em todos os outros lugares, inclusive nos movimentos estudantis).

    Defender a retirada da PM do campus faz tanto sentido quanto defender a retirada da PM da sociedade.

  8. Alex says:

    Caro Jura, não sei se você conhece a realidade do Crusp. Mas todo mundo sabe, mesmo fora da comunidade USP, que lá moram muitas pessoas sem qualuqe vínculo com a instituição: ex-alunos que não conseguiram entrar no mercado de trabalho, traficantes que vendem drogas na USP, prostitutas, vagabundos mais ou menos inofensivos, membros de “movimentos sociais” e assim por diante. Toda esta gente está tomando espaço de alunos que necessitariam com razão destas vagas. Na realidade, existe uma leniência da reitoria em enfrentar essa situação, e isto não começou com a atual gestão. Uma mobilização dos alunos para regularizar essa situação escabrosa seria um movimento bem-vindo e mostraria a seriedade das intenções da comunidade estudantil.

  9. Alex says:

    Mariana, todos sabemos que a nossa PM tem defeitos. Não seremos nós a defender abusos de autoridade e desvios de conduta que infelizmente ocorrem (muito menos hoje do que no passado, mesmo recente, reconheçamos). Contudo, também sabemos que os chamados “movimentos sociais”, em cuja estratégia global de ação eu colocaria essa invasão da reitoria, frequentemente recorrem à violência e praticam o desrespeito às normas que regram o Estado de Direito. Numa democracia devemos lutar pelo aprimoramento das instituições a partir de uma ótica de Direitos Humanos, assim eu acredito. Mas seria criminoso fechar os olhos para as ações ilegais de movimentos que, com seu procediemnto, ameaçam a democracia que tanto nos custou conquistar!

  10. --- says:

    Nesse ponto tenho que concordar, algumas unidades vermelhinho estão com greve “decretada” mas sem greve real. O que vcs estão fazendo não seria tão desonesto quanto à lista de professores contra a ocupação falsamente preenchida?

  11. Maria says:

    Sejam honestos: pra além de pôr me vermelhinho os cursos que estão em greve, e mais um ou outro que não estão, coloquem todos e sua respectiva situação: relações públicas, jornalismo, editoração, propaganda, turismo, astronomia, geofísica, oceanografia, economia, administração, contabilidade, autuária, relações internacionais, odontologia, engenharia mecânica, de produção, elétrica, de materias, de minas, de metalurgia, civil, ambiental, mecatrônica, naval, engenharia química, de petróleo, de computação, biênio, farmácia e química.
    Por que ao invés de ficar brincando de comunidade hippie, vocês não fazem movimento de verdade e se põem pra dialogar com essa galera? Eu estou fazendo isso.

  12. Mariana says:

    Gostaria de comentar apenas um item do texto do Alex:

    “g-) Retirada da polícia do interior do Campus (a presença da PM é garantia de respeito à segurança das pessoas, integridade do patrimônio público e respeito à lei)”

    A presença da PM NÃO é (e nunca foi) garantia de respeito à segurança das pessoas, integridade do patrimônio público e menos ainda respeito à lei. Afinal, não são isolados os casos de agressão policial totalmente desproporcional, quando não totalmente injustificadas. Agressão policial a estudantes desarmados em manifestações pacíficas (como a de quinta-feira em São Paulo), agressão policial à população pobre e sem voz. Me parece desnecessário citar exemplos, uma vez que até a mídia mais contrária a qualquer mudança no país (que com certeza afetaria seus lucros e sua influência sobre a população), reconhece dia e noite que a polícia é uma instituição (no mínimo) corrompida e que muitas vezes não respeita a própria lei que deveria assegurar. Mas é sempre importante manter na memória, antes de defender a polícia como guardiã da integridade física das pessoas, o massacre do Carandiru. Esse é um dos exemplo mais extremos, mas que ocorre em doses homeopáticas a todo instante em nosso país e em outros lugares do mundo.

    A reivindicação da saída da polícia do campus é, sim, uma reivindiação não só aceitável, como totalmente legítima e imprescindível. Colocar a PM como garantidora da paz e da lei, infelizmente, é um argumento furadíssimo.

    Aproveito para complementar esse ponto de reivindicação. Me parece um pouco estranho reivindicar a saída da polícia do campus com tanta ênfase e não ter tanto destaque a agressão policial feita fora do campus. Acredito que devemos combater a violência e a truculência policial dentro e fora dos muros universitários. Afinal, a polícia não está aí para bater em estudante (nem em ninguém!), seja na universidade, seja na rua, durante uma manifestação pacífica, seja onde for. Chega de aceitar a repressão.

    E parabéns a todos que estão levando essa greve e todas as ocupações, por permitir que se levantem tantos debates fundamentais, por abrir as portas para o diálogo há tanto silenciado!

  13. jura says:

    Diante de tantas e tantas acusações de com colega bacharelado em direito e filosofia, só me resta a indagação: você tem provas? Se não tem, nem preciso comentar. Se tem, por que não denunciou ainda; omissão não é crime também?
    Pois bem, só nos encontramos aqui, para dialogar, graças à iniciativa da ocupação; senão, você continuaria com as suas verdades (ou não), eu com as minhas e os milhares de ocupantes e as inúmeras pessoas que despertaram para o assunto, com as deles. Isso é um encontro democrático e produtivo, né?

  14. Alex says:

    Reivindicações inaceitáveis!

    Como ex-aluno dos cursos de Filosofia e de Direito da USP, gostaria que todos refletissem sobre as motivações inaceitáveis que estão por trás dessa invasão da Reitoria. Um grupo de alunos decididos a manter privilégios daqueles que usam a Universidade pública como um meio de vida em si mesmo, e não como um instrumento para se tornarem cidadãos produtivos da sociedade. É sabido que centenas de ex-alunos (ou pior! pessoas que nunca foram alunos, como membros do MST!) ocupam indevidamente moradias no Crusp, assim como é sabido que milhares de alunos improdutivos matriculam-se com o único objetivo de desfrutar dos benefícios que a Universidade oferece (bandejão subsidiado, clube, hospital etc.), tornando-se “alunos vitalícios” da instituição. Por outro lado, se nos afigura injustificável o repúdio ao ivestimento privado e a recusa ao critério estritamente meritocrático para o ingresso na USP: as universidades americanas, as melhores do mundo sem dúvida alguma (basta observar os indicadores de produção científica) sobrevivem através de uma forte parceria com a iniciativa privada. A Universidade deve ser um meio de se gerar conhecimento e tecnologia, retornando assim à sociedade o financiamento que esta lhe propicia! Não pode ser um instrumento para privilégios, nem baluarte de defesa de ideais derrotados pela história!

    Certamente o princípio constitucional da autonomia universitária existe, e talvez os decretos do Serra sejam mesmo questionáveis sob este aspecto. Agora, o que não é admissível é que um grupo de alunos e funcinários tome este fato como pretexto para defender propostas inaceitáveis e irrazoáveis tais como:

    a-)Arquivamento do processo de modificação das regras para cancelamento de matrícula (com o objetivo de proteger os alunos que nada produzem academicamente e apenas utilizam a universidade como meio de vida)

    b-)Formulação de projeto a longo prazo para a moradia. Construção imediata de 600 vagas (é sabido que muitas das vagas no Crusp são ocupadas por ex-alunos ou pessoas estranhas à universidade, como membros do MST e outros movimentos sociais)

    c-)Nenhuma punição em relação à ocupação da Reitoria (a ocupação em si mesma é um ato de força ilegal, tanto assim que existe ordem judicial para a desocupação. Por outro lado, já há evidências de danos ao patrimônio público, violação de documentos sigilosos e outros ilíctos cometidos pelos ocupantes, que deverão responder pelos atos praticados nas esferas penal, administrativa e cível. Se a Reitora ssim não proceder, estará prevaricando e incidindo ela própria em ilicitude: no Estado de Direito as regras devem valer para todos!)

    d-) Autonomia dos espaços geridos e ocupados pelos estudantes (não se pode pretender criar uma “zona franca” na universidade, onde as regras de Direito não sejam aplicáveis; na realidade , por trás desta reivindicação evidencia-se a intenção de praticar impunemente os mais variados ilícitos, como o tráfico de entorpecentes)

    e-) retrirada de todos os processos de sindicância administrativos e judiciais movidos ou em andamento contra estudantes e funcinários (objetivo eminentemente corporativo: porque estas pessoas devem ter o privilégio de não responder por atos que tenham praticado? Qual a justificativa para esta defesa da impunidade?)

    f-)Lutas por ações afirmativas – mudança radical na concepção de Inclusp para garantir o acesso real de negros e pobres à universidade (a inclusão social é uma meta a ser perseguida, mas o critério de ingresso em uma universidade deve ser sempre meritocrático, sob pena de perder-se a condição de centro de excelência produtor de conhecimento, com prejuízos no longo prazo para toda a sociedade, inclusive os “excluídos” que se quer beneficiar)

    g-) Retirada da polícia doninterior do Campus (a presença da PM é garantia de respeito à segurança das pessoas, integridade do patrimônio público e respeito à lei)

    h-) Reabertura do campus para todos 24 horas por dia (quando o Campus era aberto, a deterioração do espaço público da universidade acentuou-se, assim como a prática de ilícitos em seu interior)

  15. Alex says:

    Reivindicações inaceitáveis!

    Como ex-aluno dos cursos de Filosofia e de Direito da USP, gostaria que todos refletissem sobre as motivações inaceitáveis que estão por trás dessa invasão da Reitoria. Um grupo de alunos decididos a manter privilégios daqueles que usam a Universidade pública como um meio de vida em si mesmo, e não como um instrumento para se tornarem cidadãos produtivos da sociedade. É sabido que centenas de ex-alunos (ou pior! pessoas que nunca foram alunos, como membros do MST!) ocupam indevidamente moradias no Crusp, assim como é sabido que milhares de alunos improdutivos matriculam-se com o único objetivo de desfrutar dos benefícios que a Universidade oferece (bandejão subsidiado, clube, hospital etc.), tornando-se “alunos vitalícios” da instituição. Por outro lado, se nos afigura injustificável o repúdio ao ivestimento privado e a recusa ao critério estritamente meritocrático para o ingresso na USP: as universidades americanas, as melhores do mundo sem dúvida alguma (basta observar os indicadores de produção científica) sobrevivem através de uma forte parceria com a iniciativa privada. A Universidade deve ser um meio de se gerar conhecimento e tecnologia, retornando assim à sociedade o financiamento que esta lhe propicia! Não pode ser um instrumento para privilégios, nem baluarte de defesa de ideais derrotados pela história!

    Certamente o princípio constitucional da autonomia universitária existe, e talvez os decretos do Serra sejam mesmo questionáveis sob este aspecto. Agora, o que não é admissível é que um grupo de alunos e funcinários tome este fato como pretexto para defender propostas inaceitáveis e irrazoáveis tais como:

    a-)Arquivamento do processo de modificação das regras para cancelamento de matrícula (com o objetivo de proteger os alunos que nada produzem academicamente e apenas utilizam a universidade como meio de vida)

    b-)Formulação de projeto a longo prazo para a moradia. Construção imediata de 600 vagas (é sabido que muitas das vagas no Crusp são ocupadas por ex-alunos ou pessoas estranhas à universidade, como membros do MST e outros movimentos sociais)

    c-)Nenhuma punição em relação à ocupação da Reitoria (a ocupação em si mesma é um ato de força ilegal, tanto assim que existe ordem judicial para a desocupação. Por outro lado, já há evidências de danos ao patrimônio público, violação de documentos sigilosos e outros ilíctos cometidos pelos ocupantes, que deverão responder pelos atos praticados nas esferas penal, administrativa e cível. Se a Reitora ssim não proceder, estará prevaricando e incidindo ela própria em ilicitude: no Estado de Direito as regras devem valer para todos!)

    d-) Autonomia dos espaços geridos e ocupados pelos estudantes (não se pode pretender criar uma “zona franca” na universidade, onde as regras de Direito não sejam aplicáveis; na realidade , por trás desta reivindicação evidencia-se a intenção de praticar impunemente os mais variados ilícitos, como o tráfico de entorpecentes)

    e-) retrirada de todos os processos de sindicância administrativos e judiciais movidos ou em andamento contra estudantes e funcinários (objetivo eminentemente corporativo: porque estas pessoas devem ter o privilégio de não responder por atos que tenham praticado? Qual a justificativa para esta defesa da impunidade?)

    f-)Lutas por ações afirmativas – mudança radical na concepção de Inclusp para garantir o acesso real de negros e pobres à universidade (a inclusão social é uma meta a ser perseguida, mas o critério de ingresso em uma universidade deve ser sempre meritocrático, sob pena de perder-se a condição de centro de excelência produtor de conhecimento, com prejuízos no longo prazo para toda a sociedade, inclusive os “excluídos” que se quer beneficiar)

    g-) Retirada da polícia doninterior do Campus (a presença da PM é garantia de respeito à segurança das pessoas, integridade do patrimônio público e respeito à lei)

    h-) Reabertura do campus para todos 24 horas por dia (quando o Campus era aberto, a deterioração do espaço público da universidade acentuou-se, assim como a prática de ilícitos em seu interior)

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