À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA
Nós, ESTUDANTES DA REITORIA OCUPADA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, apoiamos integralmente à ação do Movimento Estudantil da UNIVERSIDADE DE SANTA MARIA que OCUPOU SUA REITORIA.
E mais, para além dessa ação, gostaríamos de agradecer e parabenizar nossos colegas do Movivento Estudantil, pois, notamos, por sua pauta, uma real preocupação com um "Ensino Superior Público, Gratuito, de Qualidade, Democrático e Popular".
Ressaltamos que vocês analisam muito bem a atual e precária situação, em que o sucateamento da Educação ameaça a toda a sociedade brasileira. E um novo Movimento Estudantil surge para reclamar: "Em momentos onde os Movimentos Sociais se organizam nacionalmente para reivindicar seus direitos, o Movimento Estudantil afirma que a educação é um bem público, responsável pelo desenvolvimento social e, portanto, não pode ser privatizada. Queremos uma Universidade a serviço daquilo que é de interesse da maioria da população, o que pressupõe o financiamento público das atividades de ensino – pesquisa – extensão, condição para que a universidade cumpra com suas funções com autonomia."
E ainda, os colegas reconhecem seu papel, não abrindo mão da crítica e auto-crítica necessárias ao momento e ao movimento: "A Universidade brasileira ainda não evoluiu no que tange a democratização dos espaços de tomadas de decisão, ficando ainda refém de estruturas de decisão atrasadas e de interesses particulares, não contemplando com igualdade os segmentos que compõe as nossas universidades. Necessitamos de uma reviravolta na democracia interna."
REITORIA OCUPADA DA UNIVERSIDADE DE SANTA MARIA, comunicamos que nosso novo Movimento Estudantil ganha força com o apoio de vocês.
Hoje, o governo do nosso Estado usou um tipo de Decreto nunca antes utilizado. Podem observar, enquanto os outros Decretos extrapolam o número 51.000, o "abafador" Decreto Declaratório possue o honroso número 01. Ato executivo inédito. Disfarça que mentiu para nós: "O governo, o secretário Pinotti e os Reitores mentiram que não havia ataque à autonomia durante meses e agora tentaram recuar. Recuaram em alguns aspectos quanto às Universidades Estaduais (USP, UNESP, UNICAMP), mas calaram-se quanto à uma outra instituição de ensino superior público, a FATEC. Queremos esclarecer à população que a intervenção nas universidades para implementar um projeto de universidade atrelado aos interesses das empresas se mantém."
E mais, o governo mentiu para a população, assim como a grande mídia, que o engarrafamento causado ontem em nossa cidade foi nossa culpa. Declaramos que o nosso grande ATO (nosso,da UNICAMP, da UNESP e das FATECs) tinha trajeto comunicado às autoridades competentes, e, mesmo assim, fomos encurralados pela polícia em um local extremamente estratégico que gerou todo o caos no fluxo de veículos nas ruas da cidade de São Paulo, assim como fora dela. Parecem tentar jogar a opinião pública contra nós. Eles atacam um direito da sociedade, o direito de ter uma Universidade voltada para ela, e ainda, tentam colocar culpas excusas em nós, do Movimento Estudantil, que lutamos por esse direito.
Reiteramos: acreditamos que, historicamente, a dependência do nosso país fora consentida, depois passou a ser tolerada e atualmente configura-se como uma dependência desejada. Desejamos um projeto coerente de Nação em que a Educação pública, gratuita e de qualidade é um de seus pilares.
Nosso grito unívoco clama por um "Ensino Superior Público, Gratuito, de Qualidade, Democrático e Popular", e mais, CRÍTICO E AUTO-CRÍTICO!!! Mais uma vez, agradecemos tal MOVIMENTO ESTUDANTIL.
Primeiramente gostaria de dizer que não sou contra movimentos de protesto, acredito que todos temos o direito de buscar melhores condições em todas as áreas. Mas as atitudes que vocês tem tomado estão ferindo primeiramente a democracia que vocês tanto pregam, obrigando os cursos que querem continuar as aulas.
A manifestação feita ontem (31/05) ostrou que o movimento além de ante-democrático, é egoista e não respeita os demais cidadão da Cidade de São Paulo, pois atrapalhar a vida de centenas de milhares de pessoas que só querem ir para casa depois de um dia de trabalho, não pode ser chamado de respeito.
Não sou contra o que vocês pregam (apesar de achar estremamente exagerado alguns pontos e ridiculo o pedido de almento do periodo de jubilamento), mas a forma com que as coisas estão sendo feitas, sinto muito, mas só mostra o quão irresponsáveis e imaturos vocês são.
Att.