FAHRENHEIT 451º HOJE 21H

BOMBEIROS QUEIMAM AS CONTRADIÇÕES

FAHRENHEIT 451º

OS BOMBEIROS DE HOJE E AMANHÃ, OS "MESTRES" DO SILÊNCIO, DIANTE DO MUNDO LÁ FORA,

DOS CURRÍCULOS CORDIAIS E SEGUROS. AS ESTRUTURAS NÃO SAEM ÀS RUAS!!!

DERRUBAR AS ESTÁTUAS E ESTANTES!!! LIVROS E CONFLITOS, ÀS MENTES E ÀS MÃOS!!

DESENTERRAR AS IDÉIAS

DO CEMITÉRIO DE LIVROS CHAMUSCADOS, PACÍFICO

PÔR FIM À IDADE ADS TREVAS!!!

PRÉ-HISTÓRIA HUMANA

RESISTIRÁ A FALSA PAZ DE LIVROS VIVOS? RESISTIRÁ A ACADEMIA?

CINE MARTELO

NA REITORIA

HOJE SÁBADO 26.05 21H 

 

 

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10 Responses to FAHRENHEIT 451º HOJE 21H

  1. A cidade e o serra says:

    Tão bonitinhos! Brincandinho de maio de 68! Que fofura! Pena que quando crescerem e virarem hominhos vão tomar nos seus rosados cuzinhos porque não estudaram direito e ficaram incompetentes para sempre… Tadinhos! Que peninha!

  2. Eduardo Caetano says:

    Nem mesmo a cratera do metrô conseguiu quebrar o sliêncio, o descaso e a destruição de tudo que é público de FHC/COVAS/Alkimin E AGORA SERRA…
    Tal como em 1968, só os estudantes organizados foram capazes de abrir os olhos para a ditadura do PSDB em São Paulo.
    Não a destruição da USP.

  3. Apolo says:

    Passo aqui, pra dizer que vcs tem o apoio da galera da UFG, galera da geografia apoia a ocupação da reitoria!!!
    De alguma forma toda a estrutura Estatal tem que ouvir nossas reivindicações, diante de decisões obviamente estúpidas, as quais mais uma vez dão vantagens às relações políticas do Estado.
    Precisando qialquer apoio.. ou q passe alguma informação aqui pelas bandas do centro-oeste, comuniquen-se comigo.
    Um dia os “grandes Midas” revelaram suas orelhas de asno!
    Denso abraço e boas vibrações!

  4. “A gente não sabe muito o que é ser rebelde. Só sabe que é contra o decreto do Serra. O resto, estamos aprendendo.” Marcelo, aluno da escola de ciências sociais(Folha de S Paulo).

    Nem sempre as palavras dos atores sociais expressam a importância dos movimentos, como também é muito arriscado análises prematuras da importância e de seu significado. Mas vale alguns palpites e algumas perguntas: primeiro, pelo rumo das coisas a vitória contra o decreto que desencadeou o movimento que se tornou maior do que a bandeira que lhe deu origem, tornou-se menos importante; segundo, vale indagar se o distanciamento do movimento em relação as entidades burocratizadas, que já não tem respostas para novas questões, se sustenta e segue em frente, independente de novos rumos, ou capitula as manhas e as pressões do instituído; terceiro, a pauta colocada pelo movimento para a sociedade em poucos dias, o que as entidades e os partidos não conseguiram colocar em décadas, como o papel das Universidades e sua relação com o capital (discussão que deveria ser estendida ao Estado com um todo), as questões da vida e da emancipação na sociedade produtora de mercadorias que apareceram de relance e com um novo enfoque, serão aprofundadas ou esquecidas?

    Algumas coisas que brotaram no processo como a liderança coletiva do movimento, a solidariedade dos participantes, a abertura à discussão sem restrições e também aprofundamento da irritação de parte de uma esquerda mofada e da grande imprensa, vendo a distancia, são manifestações que parecem que vieram pra ficar.

  5. Andre says:

    OLá ocupantes da USP. venho fazer um apelo ao setor de comunicação de vocês. Por favor, tudo o que vocês publicarem no blog ou enviarem pra grande imprensa publiquem também no Centro de Mídia Independente http://www.midiaindependente.org , o CMI tá com poucas notícias referentes a ocupação e isso só vai mudar se a comissão de comunicação da reitoria ocupada começar a usar o site mais ativamente. não é dificil puclicar fotos, artigos ou videos no CMI, mas vcs parecem preferir alternativas capitalistas como fotolog e blog do terra, que aliás deu um cano em vocês.

  6. Helena says:

    Vocês já leram essa matéria?

    É um movimento em defesa da universidade, afirma sociólogo

    Francisco de Oliveira disse aprovar que os alunos tenham tomado a iniciativa

    DA REPORTAGEM LOCAL

    O sociólogo Francisco de Oliveira, 73, aprova a ocupação da reitoria pelos alunos. Para ele, essa é a única maneira encontrada para as reivindicações serem ouvidas. Ele critica, porém, a política educacional de José Serra e, ainda, a possível entrada da PM no campus. A assessoria do governador foi procurada no início da noite, mas informou que Serra estava no interior. A assessoria do secretário José Aristodemo Pinotti não foi localizada por telefone. Leia trechos da entrevista.

    FOLHA – Qual é a opinião do sr. sobre a ocupação da reitoria?
    FRANCISCO DE OLIVEIRA – Sou inteiramente a favor dessa ocupação. Não ocupação por ocupação, mas porque os recursos se esgotaram e os estudantes estão fazendo um movimento em defesa da universidade. É lamentável que os meios políticos institucionalizados não sejam capazes de atentar para a questão da universidade. É odioso que o governo do senhor José Serra, que no passado foi presidente da UNE, (…) use desses meios de restringir financeiramente a universidade.
    Não adianta o secretário [de Ensino Superior, José Aristodemo] Pinotti vir e dar nó em pingo d’água. Não havia mais recurso, o movimento dos professores está muito fraco e os estudantes tomaram a iniciativa e sou inteiramente a favor. Ainda não vi ato de vandalismo.

    FOLHA – Essa era a única forma de serem ouvidos?
    OLIVEIRA – É isso. O governador, do alto de sua majestade, baixa os decretos. Ele tem a chave do tesouro e pronto. Deveria criar outros meios de a universidade ser responsável pelos gastos. Não estou pedindo uma universidade irresponsável, fazer o que lhe der na cabeça.

    FOLHA – O que o sr. acha da possibilidade de a polícia ser acionada para fazer a reintegração de posse?
    OLIVEIRA – Mandar, por uma medida judicial, invadir a universidade é, realmente, desprezível. Não há outro nome. Ele [Serra] deveria retomar as fotos e filmes de 64 e ver a sede da UNE queimada, para ver se refresca a memória.

  7. Helena says:

    Vocês já leram essa matéria?

    É um movimento em defesa da universidade, afirma sociólogo

    Francisco de Oliveira disse aprovar que os alunos tenham tomado a iniciativa

    DA REPORTAGEM LOCAL

    O sociólogo Francisco de Oliveira, 73, aprova a ocupação da reitoria pelos alunos. Para ele, essa é a única maneira encontrada para as reivindicações serem ouvidas. Ele critica, porém, a política educacional de José Serra e, ainda, a possível entrada da PM no campus. A assessoria do governador foi procurada no início da noite, mas informou que Serra estava no interior. A assessoria do secretário José Aristodemo Pinotti não foi localizada por telefone. Leia trechos da entrevista.

    FOLHA – Qual é a opinião do sr. sobre a ocupação da reitoria?
    FRANCISCO DE OLIVEIRA – Sou inteiramente a favor dessa ocupação. Não ocupação por ocupação, mas porque os recursos se esgotaram e os estudantes estão fazendo um movimento em defesa da universidade. É lamentável que os meios políticos institucionalizados não sejam capazes de atentar para a questão da universidade. É odioso que o governo do senhor José Serra, que no passado foi presidente da UNE, (…) use desses meios de restringir financeiramente a universidade.
    Não adianta o secretário [de Ensino Superior, José Aristodemo] Pinotti vir e dar nó em pingo d’água. Não havia mais recurso, o movimento dos professores está muito fraco e os estudantes tomaram a iniciativa e sou inteiramente a favor. Ainda não vi ato de vandalismo.

    FOLHA – Essa era a única forma de serem ouvidos?
    OLIVEIRA – É isso. O governador, do alto de sua majestade, baixa os decretos. Ele tem a chave do tesouro e pronto. Deveria criar outros meios de a universidade ser responsável pelos gastos. Não estou pedindo uma universidade irresponsável, fazer o que lhe der na cabeça.

    FOLHA – O que o sr. acha da possibilidade de a polícia ser acionada para fazer a reintegração de posse?
    OLIVEIRA – Mandar, por uma medida judicial, invadir a universidade é, realmente, desprezível. Não há outro nome. Ele [Serra] deveria retomar as fotos e filmes de 64 e ver a sede da UNE queimada, para ver se refresca a memória.

  8. Júlio César Bomfim - FFLCH says:

    Oi pessoal… sobre o antigo blog “deletado”, se não há realmente ‘backups’ devemos encontrar uma forma de contribuir com o novo blog do movimento… talvez alguns usuários que navegaram nesses últimos dias no blog excluído possam acessar o histórico off-line dos seus browsers (navegadores de internet) e restituir alguns textos importantes, enviando-os para o pessoal que organiza o novo blog da ocupação. Espero contar com a ajuda de muitos. Abraços a todos !

  9. julius says:

    ENTREVISTA – ZILDA IOKOI
    ‘Falta ao governo Serra um projeto para o ensino superior’, diz historiadora da USP
    Professora que pesquisa educação e políticas públicas diz que decretos que criaram Secretaria de Ensino Superior “não têm seriedade” e “seu papel não é claro nem para o governo”.
    Rafael Sampaio – Carta Maior
    SÃO PAULO – Professora livre-docente do curso de História da Universidade de São Paulo (USP), Zilda Marcia Grícoli Iokoi trabalha nas linhas de Educação e Políticas Públicas, além de estudar lutas camponesas e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Docente desde o fim dos anos 1980, quando foi criada a autonomia universitária, Zilda hoje é representante dos professores associados no Conselho Universitário (CO). Ela tem debatido a quebra de autonomia que o governo estadual têm imposto às três universidades estaduais paulistas (Unesp, USP e Unicamp) com certos decretos lançados desde janeiro.

    Zilda critica as medidas, que mudaram a organização das universidades estaduais públicas e criaram a secretaria de Ensino Superior. “Eu penso que não há seriedade nesses decretos. Eles foram criados de forma truculenta, e seu papel não é claro nem para o governo”, afirma.

    Os decretos são cinco, no total. Dois deles foram publicados em 1° de janeiro, no dia da posse do governador. Um deles, o de n° 51.471, veda a admissão de novos funcionários estaduais por tempo indeterminado, inclusive a contratação de professores universitários.

    Criada por um destes decretos, a Secretaria de Ensino Superior tem como meta “articular” as universidades públicas e o governo estadual, em termos orçamentários e organizacionais. Zilda, entretanto, diz estar “espantada” com um discurso tão vazio. Segundo ela, o governo estadual não tem propostas concretas no âmbito da educação superior.

    Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

    Carta Maior – Qual sua opinião a respeito dos decretos expedidos pelo governo José Serra?
    Zilda Iokoi – Em primeiro lugar, a atitude do governador foi absolutamente desastrosa. É evidente que alguém que governa por decreto não quer diálogo algum. Acho que foi uma atitude estranha, preocupante e grave.

    Além de criar a secretaria de Ensino Superior, José Serra cedeu a presidência do Conselho de Reitores do Ensino Superior Paulista (Cruesp) para o secretário José Aristodemo Pinotti [até haver pressão das universidades estaduais públicas para que o caso fosse revertido].

    A reitora Suely Vilela convidou, em 15 de março, Pinotti para participar de uma reunião do Conselho Universitário. Ele disse aos professores que o governador tem boas intenções, e que está aberto ao diálogo. Mas não explicou com clareza o que vai fazer a recém-criada Secretaria de Ensino Superior.

    Pinotti afirma que a secretaria é uma forma de articular o ensino superior de São Paulo, tanto o público quanto o privado. Ao mesmo tempo, a pasta não tem orçamento, de acordo com o secretário, e em suas palavras será apenas um “movimento articulador”. Eu fico espantada com uma fala desta natureza. Parece que é um órgão para fazer parcerias entre as universidades públicas e privadas, de forma a melhorar o ensino superior em São Paulo.

    Como se fosse possível que as três universidades (USP, Unesp e Unicamp) tutelassem e dessem recomendações à rede de ensino privado, que é majoritariamente empresarial. A rede privada não tem nenhuma preocupação com a pesquisa e que não se envolve no desenvolvimento das carreiras e da competência dos seus docentes.

    Penso que não há seriedade nesses decretos. Eles foram criados de forma truculenta, e seu papel não é claro nem para o governo. José Serra não apresentou uma proposta, por exemplo, no campo de ciência e tecnologia. Simplesmente criou uma situação embaraçosa para as universidades públicas estaduais. Depois pediu desculpas.

    Acho que, se o governador fez alguma coisa nessa direção, foi com o objetivo de frear a autonomia universitária. Ela não é garantida por nenhuma lei, e está sujeita a articulações políticas para existir. Porque o governo estadual não propôs uma lei que regulamentasse a autonomia?

    CM – A falta de diálogo e de clareza do governo estadual significa que não há um projeto definido para o ensino superior?
    ZI – Acho que o governo estadual não tem [plano]. O governo não deixou claro o que pretende ao mudar a estrutura das secretarias. Até agora, o secretário Pinotti tem mantido o discurso de autojustificação, e não tem apresentado propostas.

    Creio que falta ao governo de José Serra um projeto efetivo para a universidade pública. Por exemplo, na questão da ampliação das vagas. O estado de São Paulo tem uma grande demanda por acesso à universidade. Todo ano, há mais ou menos 160 mil inscritos no vestibular e apenas oito mil vagas. Então são 152 mil vestibulandos que ficam de fora a cada prova.

    Também é preciso pensar o sistema educacional na totalidade. Discutimos isso com Pinotti. O que é o ensino médio estadual hoje? Ele não prepara os jovens profissionalmente, nem para ser cidadãos livres, críticos. Então toda esta demanda [por formação e trabalho] vai cair na universidade, e não deveria ser assim. Os decretos de José Serra mostraram que não há proposta de aperfeiçoar o ensino público para a população que não tem acesso às universidades.

    Basta analisar os dados de avaliação do ensino fundamental e médio [São Paulo tem uma nota 4,5 no Ideb] para perceber como o sistema estadual está falho e decadente. O problema é que o Estado paulista não tem uma boa remuneração para os professores, não qualifica nem capacita, e não permite que a universidade pública possa ser uma ponte de articulação neste nível [do ensino público].

    CM – O fato de o orçamento universitário agora ter que ser encaminhado à Secretaria da Fazenda pode dificultar a contratação de novos professores?
    ZI – Eu acho que sim. Foi criada uma burocracia externa à universidade. Agora a verba tem que passar pelos órgãos de controle do governo estadual, então há de fato uma forma de controle orçamentário.

    A alocação de dados financeiros das universidades paulistas no Sistema Integrado de Administração dos Estados e Municípios (Siafem) pode até ser interessante, para garantir demonstrações públicas de tudo que fazemos. Mas foi feito com um decreto e não com diálogo.

    Precisa estar claro que, com a autonomia universitária, instalada em 1989, as universidades paulistas conseguiram racionalizar seus custos e produzir conhecimento com um orçamento relativamente apertado. A eficácia deste modelo no ensino superior estadual se tornou base para a discussão de como deveria ser a administração das universidades federais.

    Então a atitude do governador põe em dúvida aquilo que é consenso no meio acadêmico.

    CM – A senhora acha que os decretos do governo feriram um ponto que é consenso na comunidade acadêmica paulista? A autonomia universitária é consenso?
    ZI – Não só é consenso no meio universitário, como [a autonomia] é uma experiência que permitiu outros setores públicos buscarem as medidas específicas para a vinculação orçamentária. É o caso da saúde e da luta por verbas para habitação, por exemplo.

    As universidades demonstraram que, quando vinculam os percentuais orçamentários em nível de governo para um determinado setor público, ele é cumprido da maneira correta e não fica a sabor da conjuntura, nem dos interesses políticos que existem na máquina administrativa brasileira.

    Por isso, a autonomia universitária não é apenas consenso nas universidades paulistas, mas também no âmbito federal. As universidades federais, por um bom tempo, procuraram as estaduais paulistas e fizeram audiências para discutir o modelo. Também fomos a reuniões públicas na Assembléia Legislativa. Há uma enorme divulgação daquilo que fizemos [na USP] e de como isso foi importante.

    Reverter a autonomia significa um fracasso daquilo que a sociedade teve como resultado no processo de redefinição da massa orçamentária. Fazer com que o manejo dos recursos volte para a máquina do governo estadual, sem um tipo de comprometimento [com a educação], é um retrocesso na democratização orçamentária brasileira.

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