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João Adolfo Hansen (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), lembra que invasões da USP vêem sendo feitas desde o tempo do governador [Franco] Montoro e do reitor Goldemberg. Desde então, "nós vemos um acúmulo de medidas que têm um sentido anti-democrático, privatista e absolutamente obscurantista. (…) Provavelmente, a ocupação da reitoria pode ser discutida em termos de uma legalidade, mas eu acredito que ela é absolutamente legítima. O projeto de vocês evidentemente não é só um projeto dos estudantes, mas representa o que há de melhor." Pablo Ortellado (Gestão de Políticas Públicas, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades), defendeu que os pontos que o movimento de ocupação colocou fazem parte da pauta histórica de professores, estudantes e funcionários que vislumbram outra universidade, "uma universidade que a gente nunca teve: uma universidade pública, devotada para os valores científicos e acadêmicos, emancipada do controle do Estado e da pressão do mercado."Ortellado reforçou que o movimento está maduro e tem legitimidade, reforçando os pressupostos da universidade pública. José Arbex Jr. (Vice-chefe do Departamento de Jornalismo da PUC-SP), trouxe o apoio do Departamento de Jornalismo da PUC-SP, salientou que, se a reitoria não condiciona as negociações à desocupação do prédio, "não é porque ela é democrática, sábia e sensível, mas porque ela sente a força, a legitimidade e a justiça deste movimento e sabe que não é fácil desmontá-lo com medidas repressivas; porque isso também diz respeito à situação política que esse país está revelando. (…) Nós estamos fazendo um movimento que aponta para a transformação social do Brasil em união com a juventude trabalhadora, com as centrais sindicais e com todos aqueles que não concordam com o neoliberalismo." Leon Kossovitch (Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), afirmou que "a luta continua. Desde os tempos da Maria Antonia eu vejo que a coisa não pára no momento em que nós nos atolamos", e por isso veio prestar sua solidariedade aos estudantes ocupantes. Ainda espera "que nós possamos ampliar, como foi proposto pelos colegas, este movimento para todos os campos da docência, não só da universidade". Relembrou, apesar de admitir que "quando se falou nos nossos fracassos, se falou com justeza", dos "nossos muitos sucessos, pelos quais devemos felicitar os professores, mas principalmente os alunos e em grande parte também os funcionários". Kossovitch ainda reiterou o interesse na situação latino-americana como um todo e rememora a conflituosa relação com "os padrões da comunicação em massa. E que, infelizmente, como sempre, a grande imprensa está contra nós. Nós devemos sempre saber que ela está aí, clara, e ela vai inventar aqui fatos que nunca ocorreram pra indispor a população em geral contra esse movimento". Adma Muhana (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Filosofia), mais do que manifestar o apoio à ação dos alunos, a professora mostrou-se contrária à moção apresentada pela congregação da FFLCH, rechaçando o repúdio. Endossou a validade do ato, citando a movimentação e a presença massiva dos estudantes presentes na "conversa" com os docentes . Segundo ela a primeira vitória foi a ocupação , a segunda a presença dos docentes, o que configura a criação de um canal de diálogo. Apoiadores: Ruy Braga Elder Hamilton Octavio de SouzaLaurindo Leal Filho (Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes) Coggiola (Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Maria Célia (Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Lincoln Secco (Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Marcos Silva (Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Marlene Suano (Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) Renato Queiroz (Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas)

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