Nesta sexta-feira todos a rua contra os decretos. Pela extinção da Secretaria de Ensino Superior ! Pela democratização do acesso ao Ensino ! Contra o sucateamento da Educação! Por uma Universidade Livre!
Nesta sexta-feira todos a rua contra os decretos. Pela extinção da Secretaria de Ensino Superior ! Pela democratização do acesso ao Ensino ! Contra o sucateamento da Educação! Por uma Universidade Livre!
Imagens do segundo ato de greve rumo ao Palácio dos Bandeirantes, no dia 31 de Maio.
Imagens do primeiro ato desta greve que saiu do Masp rumo a Alesp, no dia 23/05.
Chamado à comunidade artística à Plenária do Encontro Nacional dos Estudantes (sábado -16/06)
Para os que estão chegando de fora, para os que estão dentro e para os que ainda não apareceram…
Poetas, grafiteiros, atores, oficineiros, dançarinos, performances… é chegada a hora da poética política… ou da política poética?
Vamos promover um encontro entre pessoas e não de pessoas.
19h: SAMBA PRÓS E POESIA – COOPERIFA (C.O.)
20h: CINEOKUPA (sala Pró-ocupa): “I the film, a história do Centro de Mídia Independente”
21h: Apresentação Filhos de Olorum (Local: Em frente a Reitoria)
22h: Reunião organizativa da Ocupação para discutir o Encontro Nacional dos Estudantes em Luta (saguão)
14h:CINEOKUPA (sala Pró-ocupa): Filme “O Povo Brasileiro”, baseado na obra de Darcy Ribeiro.
14h30
Cibele Rizek (Arquitetura e Urbanismo – EESC-USP):
exibição do filme "A Crítica da Separação", de Guy Debord
16h: Oficina: “Medicamentos a base de ervas medicinais e discussão sobre corpo e saúde”- (sala de reunião comunicação)
18h: Oficina “Video e Edição” – na Rádio
20h: Reunião Organizativa da Ocupação
22h: Palco HEAVY METAL (show com as bandas Prodigal sin, Attack Kill, Attack Force)
Um esquecimento memorável.
Do mesmo modo que a globalização fragmentada, os intelectuais estão aí, são uma realidade da sociedade moderna. E seu “estar aí” não se limita à época atual, mas remonta aos primeiros passos da sociedade humana. Mas a arqueologia dos intelectuais foge aos nossos conhecimentos e possibilidades, por isso, partimos do fato que “estão aí”. Todo caso, o que tentamos de descobrir é a forma que adquire agora seu “estar aí”.
Já se sabe que os intelectuais, como categoria, são algo muito vago. No lugar disso, bem diferente é definir a “função intelectual”. A função intelectual consiste em determinar criticamente o que se considera ser uma aproximação satisfatória ao próprio conceito de verdade; e pode ser desenvolvida seja lá por quem for, inclusive por um marginalizado que reflete sobre sua própria condição e a expressa de alguma maneira, ao mesmo tempo em que pode ser traída por um escritor que reage com paixão diante dos acontecimentos, sem impor-se o crivo da reflexão (Humberto Eco, Cinco escritos morales. Ed. Lumen. Tradução de Helena Lozano Miralles, pg. 14-15). Se é assim, então o agir do intelectual é, fundamentalmente, analítico e crítico. Diante de um acontecimento social (para limitarmo-nos a um universo), o intelectual analisa as evidências, o que se afirma e o que é negado, procurando o que é ambíguo, o que não é nem uma coisa e nem outra (ainda que se apresente assim), e exibe (comunica, desvela, denuncia) o que não só não está evidente, como contradiz as evidências.
Deve-se supor que as sociedades humanas tenham pessoas que se dediquem profissionalmente a esta análise crítica e a comunicar seu resultado (nas palavras de Norberto Bobbio: Os intelectuais são todos aqueles para os quais transmitir mensagens é uma ocupação habitual e consciente (...) e, para dizê-lo numa forma que pode parecer brutal, quase sempre representa a maneira de ganhar o pão). Vamos ficar com esta abordagem do intelectual, do profissional da análise crítica e da comunicação.
Já temos sido advertidos de que nem sempre o intelectual exerce a função intelectual. A função intelectual se exerce sempre em antecipação (sobre o que poderia acontecer) ou em atraso (sobre o que tem acontecido); raramente sobre o que está acontecendo, por razões de ritmo, porque os acontecimentos são sempre mais rápidos e estimulantes do que a reflexão sobre os acontecimentos (Umberto Eco, Op. Cit. pg. 29).
Por sua função intelectual, este profissional da análise crítica e da comunicação seria uma espécie de consciência incômoda e impertinente da sociedade (nesta época, da sociedade globalizada) em seu conjunto e de suas partes. Alguém que não se conforma com tudo, com as forças políticas e sociais, com o estado, com o governo, com os meios de comunicação, com a cultura, com as artes, com a religião, com o etcetera que o leitor acrescentar. Se o ator social diz “Feito!”, o intelectual murmura com cepticismo: “falta isso, sobra aquilo”.
Teríamos então que, em seu papel, o intelectual é um crítico da imobilidade, um promotor da mudança, um progressista. Sem dúvida, este comunicador de idéias críticas está inserido numa sociedade polarizada, onde se enfrentam muitas formas e com variados argumentos, mas que no fundamental está dividida entre aqueles que usam o poder para que as coisas não mudem e aqueles que lutam pela mudança. Por uma percepção elementar do ridículo, o intelectual deve compreender que não se outorga a ele um papel de bruxo do espírito em torno do qual vai girar o ser ou o não ser do que é histórico, mas que, evidentemente, ele tem saberes que podem alinhá-lo num sentido ou em outro diante do que é histórico. Podem alinhá-lo com a busca do esclarecimento das injustiças presentes no mundo atual ou com a cumplicidade na paralisação e na instalação no Limbo. (Manuel Vázquez Montalban Panfleto desde el planeta de los simios. Ed. Drakontos. Barcelona, 1995, pg. 48).
E é aqui onde o intelectual opta, elege, escolhe entre sua função intelectual e a função que lhe é proposta pelos atores sociais. Aparece assim a divisão (e a luta) entre intelectuais progressistas e reacionários. Uns e outros continuam trabalhando com a comunicação de análises críticas mas, enquanto os progressistas continuam na crítica à imobilidade, à permanência, à hegemonia e ao homogêneo, os reacionários sustentam a crítica à mudança, ao movimento, à rebelião e à diversidade. O intelectual reacionário “esquece” sua função intelectual, renuncia à reflexão crítica e sua memória fica de tal forma recortada que não tem passado e nem futuro, o presente e o imediato são as únicas coisas que podem ser tocadas e, por isso, são inquestionáveis.
Ao dizer “intelectuais progressistas e reacionários”, nos referimos aos intelectuais “de esquerda e de direita”. Convém acrescentar aqui que o intelectual de esquerda exerce sua função intelectual, ou seja, sua análise crítica, também diante da esquerda (social, partidária, ideológica), mas na época atual a sua crítica é fundamentalmente diante do poder hegemônico: o dos senhores do dinheiro e daqueles que os representam no campo da política e das idéias.
CARTA ABERTA À SOCIEDADE
O jornal O Estado de S. Paulo veiculou na edição de 10/06 três páginas com informações caluniosas e difamatórias com relação ao movimento dos estudantes, funcionários e professores das universidades estaduais paulitsas.
O objetivo dos artigos é claramente lançar a confusão no movimento e na sociedade, e colocar um setor do movimento contra o outro.
O Estadão repete sua velha tática usada antes mesmo do golpe militar de 1964, do qual foi um dos maiores insufladores, quando dizia que grupos e partidos de ultra-esquerda estavam por trás do presidente João Goulart, e que manobravam todo o governo e o povo com seus propósitos subversivos, o que justificaria o golpe que afinal ocorreu em 31/03/1964.
Assim, atacam os partidos de esquerda (PSOL, PSTU e PCO), as organizações sindicais (Sintusp e Conlutas) e, em particular, militantes reconhecidos no movimento como Claudionor Brandão, Magno e Helen, refletindo uma iniciativa clara de criminalizar o movimento.
Nosso movimento é feito de milhares de estudantes, funcionários e professores em todo o estado, num patamar que extrapola essas organizações políticas, que são parte do movimento, mas nossas decisões são tomadas democraticamente nos fóruns de cada setor e não em reuniões “conspiratórias”, como querem fazer parecer.
Vimos por meio desta carta manifestar nosso repúdio ao jornal O Estado de S. Paulo que produziu essas matérias em acordo com a burocracia acadêmica e a polícia, que forneceu ilegalmente informações de processos arquivados.
Manifestamos nossa defesa das organizações políticas e sindicais atacadas, assim como dos companheiros citados, e repudiamos qualquer tipo de repressão, ação criminal ou reintegração de posse.
Nosso movimento em defesa da universidade pública e contra os ataques que vêm sendo empreendidos a ela seguirá a despeito das ações desses setores por trás do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo, 11 de junho de 2007
Comando de Greve da Ciências Sociais – USP
e Comando de Greve dos estudantes da USP
Assembléia dos Estudantes da Física – USP
Assembléia dos Estudantes da FAU – USP
Assembléia dos Estudantes da Geografia – USP
Assembléia dos Estudantes da Letras – USP
Apesar dos decretos de Serra valerem apenas para as universidades estaduais de São Paulo, a FAFIJA sofre praticamente com os mesmos problemas, como: exclusão dos acadêmicos no processo de criaçâo da UENP; falta de prestaçôes de contas aos universitários e ao próprio D.A (Diretório Acadêmico); moradia de estudantes interditada devido à precariedade estrutural pela falta de investimento e burocracia desnecessária na reforma da moradia; cobranças de taxas para os alunos que solicitam um atestado de matrícula para diversos fins, como, entrevista de emprego, carteira de estudante e outras documentaçôes necessárias.
É por esses descasos que os alunos da FAFIJA apoiam a ocupação da USP.
Ladeira, aluno do curso de História do campi FAFIJA.
b.ladeiraribeiro@bol.com.br
Criamos um grupo para discussao dos assuntos relacionados a Ocupacao da Reitoria da Usp, suas pautas, seu contexto, seus fins e meios, etc…
Vamos criar um espaco virtual de discussao democratica qualificado, debater os rumos da educacao publica no Estado e no Pais.