Faculdade de Educação contra os decretos

Seja pelo processo que desenvolvem, seja pelos resultados que obtém, o fortalecimento dessas três Universidades está fundamentalmente ligado ao instituto da autonomia universitária, pelo qual, com critérios acadêmicos, organizam de forma livre suas atividades. Prevista na Constituição Federal de 1988, no estado de São Paulo conquistamos autonomia financeira, pela qual, desde 1989, com definida parcela do ICMS do Estado, administramos de forma competente, os gastos internamente definidos, tendo como referência nossa responsabilidade social, à luz das três funções básicas: ensino, pesquisa e extensão. Na avaliação institucional recentemente realizada, as três Universidades deram conta de suas atividades, tanto as de cunho acadêmico, quanto as relativas à gestão. E portanto, não temem, propostas de mudanças na sua organização ou no seu funcionamento, sejam elas provenientes dos órgãos de supervisão, quanto da sociedade em geral. Daí o estranhamento da comunidade acadêmica em relação aos Decretos recém baixados pelo Governador do Estado, sem nenhuma consulta prévia à comunidade, gerando uma reação de inconformidade, tanto com as próprias propostas, que ferem a autonomia universitária, quanto ao modo intempestivo de sua proposição. A intervenção sobre a autonomia financeira das Universidades, mediante determinação de alterações nas rotinas burocráticas das operações financeiras, evidencia o propósito de seu controle burocrático e a ingerência no seu processo de execução, fundamental para a realização, com independência responsável e em tempo hábil, de sua missão acadêmica.A transferência de órgãos educacionais e de financiamento da pesquisa para duas Secretarias e a criação de mais uma – a Secretaria de Ensino Superior – a nossos ver, desnecessária para as finalidades anunciadas – consubstancializa uma fragmentação da educação, incompreensível no momento atual em que a interdisciplinaridade fundamenta nossa organização, traduzindo, em conseqüência, concepção equivocada da pesquisa, da extensão e do ensino universitários.Estas razões nos obrigam a protestar em relação a estes atos governamentais, que entendemos ser expressão de ingerência indevida e não obediência aos princípios constitucionais que fundamentam a autonomia universitária.

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Informe da Rede CBN

Há pouco concedemos uma entrevista à Rede CBN de Rádio e durante a transmissão foi noticiado que a Reitora Suely Vilela já está no Brasil e "provavelmente virá iniciar a negociações pessoalmente".

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Moção de apoio do Movimento da Juventude Trabalhadora

Todo apoio à ocupação da reitoria da USP! O ensino superior no Brasil é um dos mais elitizados no mundo e exclui a grande maioria da juventude trabalhadora. A universidade pública tem que ser defendida e expandida para garantir o acesso ao ensino superior público e de qualidade para todos. Infelizmente a tendência agora é a contraria, com uma mercantilização do ensino, a prioridade ao ensino privado e sucateamento do ensino público. Vemos isso na reforma universitária do governo Lula e nas políticas do governo tucano em São Paulo. Os decretos de Serra que restringe a autonomia universitária é uma maneira de facilitar e aprofundar essa mercantilização e o sucateamento das universidades públicas. A ampliação da moradia estudantil é muito importante para o nosso movimento. A juventude trabalhadora não precisa somente um acesso formal ao ensino superior, mas também as condições para permanecerem na universidade quando conseguir entrarem. Por isso queremos expressar o apoio do MJT, que luta pelos direitos da juventude trabalhadora no ensino e no trabalho. Reunião do Movimento da Juventude Trabalhadora em São Paulo 6 de maio 2007

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Nota Pública do DCE Livre da USP

Sobre a Ocupação dos e das estudantes à reitoria O Diretório Central dos/as Estudantes (DCE)-Livre da USP "Alexandre Vannucchi Leme" apóia a ocupação da reitoria realizada por estudantes, que teve início no dia 03 de maio, reivindicando um posicionamento da reitoria sobre os decretos expedidos no início desse ano pelo governador José Serra, que atentam contra a autonomia da universidade. O movimento estudantil da USP, conforme deliberado nos últimos Conselhos de Centros Acadêmicos (CCA) nos dias 17/03/09 e 14/04/07, se posiciona contrário a essas medidas por entender que ferem a autonomia financeira, administrativa e pedagógica da universidade, comprometendo o livre pensamento e seu caráter público. Defendemos a revogação dos decretos e a necessidade da comunidade universitária se incorporar nessa luta. O DCE-Livre reafirma as bandeiras do movimento estudantil: defesa da universidade pública, de qualidade, gratuita; e ressalta a emergência da ampliação da política de permanência – moradia, bolsas e alimentação. É fundamental que a universidade mantenha os espaços de diálogo com o movimento estudantil e com toda a comunidade universitária sobre as implicações imediatas e de longo prazo dessa política. A gestão "Camarão que Dorme a Onda Leva" defende ampliar a participação na mobilização contra os decretos, pois entende que o movimento não se restringe a estudantes organizados. O DCE-Livre se responsabiliza em convocar o corpo discente às Assembléias e CCAs, que são os espaços legítimos do movimento. Esclarecemos que através da formalização do convite para a audiência pública do dia 03 de maio procuramos diálogo com a Reitoria, porém, esta não enviou representantes, o que serviu de justificativa para ocupação da reitoria por setores do movimento estudantil. O DCE-Livre ressalta a importância da preservação do patrimônio público e se coloca contra qualquer forma arbitrária de punição ou repressão a estudantes que participam da ocupação, por entender que este é um instrumento legítimo de ocupação. Cidade Universitária, 6 de maio de 2007

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Centro Acadêmico da ECA

O Centro Acadêmico Lupe Cotrim, sensibilizado com a coragem, o esforço e a determinação dos estudantes da USP vem por meio desta manifestar seu apoio à ocupação da Reitoria. Desde o início do ato alunos da ECA estiveram presentes, mobilizados na construção do movimento, e estas palavras surgem no intuito de reafirmar nossa união à luta. Num momento crucial para a sociedade, no qual vemos dia-a-dia o sucateamento da Educação, é imperativo que ações como esta sejam tomadas. Delas depende o ensino público, gratuito e de qualidade, assim como sua ampliação para toda a sociedade. Centro Acadêmico Lupe Cotrim – ECA/USP

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Total apoio do Crusp a ocupação

Os moradores do Crusp, reunidos na noite deste domingo, decidiram que apóiam totalmente a ocupação da Reitoria da USP. Também reivindicam mais verbas para a moradia estudantil e ampliação de vagas.Está marcada uma nova reunião dos moradores do Crusp amanhã (07), às 23h, dentro da Reitoria (no saguão do Conselho Universitário, bloco K).

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Comentário sobre artigo no caderno Mais!

Professora das estaduais paulistas se manifesta publicamente sobre os decretos. A Ocupação da reitoria da USP espera que a iniciativa se espalhe entre a classe docente. Maria Sylvia Carvalho Franco, professora titular de Filosofia da USP e da Unicamp, em artigo publicado neste domingo (05) no caderno Mais! da Folha de S.Paulo, avaliou as mudanças empreendidas pelo governo estadual. A professora disse que o teor político do decreto que vincula o orçamento das universidades públicas de São Paulo ao Siafem/SP é "excluir a gestão financeira privativa das universidades e aliená-la à administração direta do Estado, dinamizando recursos para acréscimo de poder". Em detrimento do ensino público, a gestão Serra acredita que "é útil atender ao 'pujante setor' das universidades privadas, fonte de votos".O governo Serra, com claras intenções políticas, concede benefícios às instituições particulares, uma forma de mostrar preocupação com o ensino superior como um todo. Maria Sylvia se mostra preocupada. Para ela, tal procedimento abre caminho para um encaminhamento mercadológico da educação: "A interface do governo Serra/universidade é definida pelo desenvolvimento industrial, em uníssono com Fiesp e CNI, fortes agrupamentos políticos". Mas a professora alerta que a pesquisa operacional (voltadas para atender as demandas do mercado) não traz benefícios à sociedade: "No alvoroço reformista-empresarial de espelhar nossas instituições no padrão genérico 'de todo o mundo', advirta-se que o investimento público, motor de lucro às firmas, é a fundo perdido".O compromisso do governo de prover pesquisas operacionais cerceia a liberdade e a iniciativa dos estudantes, corroborando para o controle da propriedade intelectual produzida nas universidades estaduais paulistas."Via fundações, as universidades públicas privatizam-se, mediante convênios, suplementos salariais e cursos pagos". Fato consumado na USP, onde diretores de Unidades integram até mesmo Conselhos Curadores de fundações privadas, em situação flagrante de conflito de interesses.A Ocupação da Reitoria da USP reitera sua posição contrária ao autoritarismo dos decretos do Serra, contra uma universidade mercadológica, e a favor da educação gratuita e de qualidade para todos e todas, que depende eminentemente de autonomia. O movimento de Ocupação conta com mais manifestações que fortaleçam este ato político, e que afrontem as medidas precarizadoras do ensino impostas pelo governo.

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Moção de Apoio de Hamilton Octavio Ribeiro

Saudações. Aproveito para manifestar total apoio à luta dos estudantes da USP: é preciso barrar a sanha privatista, anti-trabalhador e anti-educação do Governo Serra. Nenhum direito a menos. Na verdade, queremos recuperar e avançar na conquista dos direitos do povo brasileiro, a começar do direito à escola pública de qualidade para todos. Fiquem firmes na luta. Estamos com vocês. Abraços Solidários. Hamilton Octavio de Souza Jornalista, Professor da PUC-SP, Diretor da Apropuc.

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Professores visitam a ocupação

Nessa segunda-feira (07/05), às 20h, professores universitários visitarão a ocupação na reitoria da USP. Até agora, mais de dez nomes foram confirmados, entre eles, Pablo Ortellado, Leon Kossovitch, Cesar Minto, João Zanetic, Luiz Martins, entre outros. A visita será seguida de uma roda de discussão sobre autonomia universitária.

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Cultura como forma de ocupação

19h30 – Ensaio aberto de Dança (Grupo Sintoma) com Jam Session (Frigazz) 22h – Samba Rock Funk Clássico Até o Sol raiar ( O Brasil não terá mais bomba atômica) Como hoje é domingo, não é permitida a entrada de pessoas não vinculadas à USP. Caso compareçam pessoas não vinculadas, favor ligar antes para 3091-2419 e combinar a entrada no campus. RE-VIRADA CULTURAL vir a ser arte: o ato, abrir os portões ocupar a Pólis Cultura A ocupação da REItoria pelos estudantes Funde num só ato criador a sua vida – autonomia! democracia! Poder ser sujeito de seus atos – Livre criação, que ao menos num dia floresce, e se ocupa e não só passa: Pulsa. Cá estamos e fazemos da arte nossa luta Subversão da ordem dada por reitores-governadores, pelo capital. Arte-Catarse Ferir a carne podre, a obra morta Do mercado arte à hegemonia Pela arte e seu poder transformador Parir as próprias mãos, Forjar o corpo em diálogo Para além do entretenimento O c u p e m o s !

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