Reivindicações Crusp

O documento abaixo foi redigido por estudantes moradores do Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo) que estão participando da ocupação. Não se trata de resoluções das plenárias de ocupação, mas de reivindicações destes estudantes acerca da pauta já aprovada. Abaixo estão as suas propostas: Comitê Canalhas – Crusp na ocupação A HORA É AGORA!!! Tendo em vista a contribuição ao debate da assistência estudantil, nós cruspianos, nos reunimos para discutir as propostas referentes à moradia estudantil, uma vez que foi consenso entre a maioria presente que a forma como foi colocada a pauta pouco contribuía para uma mobilização consciente dos estudantes. Percebemos que o espaço das plenárias não tem privilegiado a discussão qualitativa da pauta, assim como acreditamos na importância de coletivizar o debate acerca da moradia a partir de situações vivenciadas pelos cruspianos e candidatos a esse direito. Entendemos que a ocupação para além de ser um instrumento de pressão para conseguir as reivindicações, é um espaço que possibilita a interação dos estudantes de forma a fortalecer as ações coletivas em processo e a criação de novas redes de cooperação entre a comunidade universitária, tendo em vista a defesa permanente do espaço público. Nesse sentido compartilhar as experiências vivenciadas cotidianamente pelos cruspianos significa tornar público uma situação que é de interesse público. Ponto da pauta atual sobre a moradia:Formulação, em conjunto com os estudantes, de um projeto de longo prazo para a moradia estudantil em todos os campi da USP, os quais devem definir desde a estrutura física das moradias até a autonomia dos moradores sobre os espaços que utilizam. Nos casos de Ribeirão Preto e São Carlos: solução imediata referente à falta de vagas, através da construção de novas moradias, e não apenas em formas paliativas, como o Auxílio Moradia. Especificamente para o campus Butantã exigimos: 1) a construção imediata de três novos blocos de moradia, totalizando 594 vagas, bem como a reforma dos blocos já existentes; 2) Garantia de moradia decente para todos os estudantes alojados no CEPEUSP e no CRUSP. Transporte e alimentação aos fins de semana; 3) Que os atuais estudantes não sejam expulsos da moradia enquanto possuam vínculo com a universidade; 5) criação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil. Fizemos a reunião dia 08 de maio, segunda-feira, para darmos andamento na discussão a respeito das pautas da moradia que havia iniciado no dia anterior, a reunião contou com a presença de cerca de 80 moradores e conseguimos entrar em consenso nos itens que segue abaixo: 1. Proposta de alteração do texto do item 1 do ponto de pauta sobre a moradia:Especificamente para o campus Butantã exigimos:Que a reitora se comprometa imediatamente a garantir a construção de três novos blocos totalizando 600 vagas, bem como a reforma dos blocos já existentes. A construção deve ser finalizada no prazo máximo de um ano. Deverá ser garantida dotação orçamentária anual para a política de permanência; 2. Proposta de modificação do item 2, sobre a questão dos transportes:Ônibus da SPtrans circulando dentro da USP todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados. Circular da USP funcionando todos os dias inclusive de sábado, domingo e feriado, das 6h às 24h, com intervalo de 30 minutos. Os circulares USP não devem ser terceirizados; 3. Proposta de acréscimo à pauta:Exigimos a imediata incorporação dos blocos K e L à moradia estudantil; Que as colméias do Crusp sejam desocupadas, exceto o Cinusp, e passem ao controle dos moradores para criação de espaço de vivência e alojamento provisório.Proibição de atividades esportivas na frente ou no entorno da moradia que cause transtorno aos moradores e impeçam o deslocamento normal dos mesmos.Reabertura do campus para todos, 24h por dia. Convidamos a todos para comparecer, quarta-feira, dia 09/05, às 23h, na ocupação, para dar continuidade às discussões sobre as propostas a respeito da moradia que não encaminhamos no último encontro. Onde? Primeiro saguão à direita da ocupação.Quando? 09/maio/2007, quarta-feira, às 23h. Atenção!!Dia 09/05 às 18 h haverá a Plenária da ocupação onde discutiremos o retorno da comissão de negociação que se reunirá às 11h com a Reitora.

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Reitoria permanece ocupada

Reunidos em assembléia geral na terça-feira, 8/5, os estudantes da USP deliberaram pela manutenção da ocupação da Reitoria. A decisão foi tomada com base no resultado da primeira reunião de negociação com a reitora da universidade. A assembléia aconteceu das 19h até às 23h e contou com a participação de mais de 1000 (mil) estudantes. O movimento entende que é possível e necessário avançar no que pode ser alcançado quanto às reivindicações. Para tanto, a reitoria permanecerá ocupada até que os resultados das negociações contemplem as prioridades apontadas pelos estudantes. Após a assembléia de 8/5, uma carta foi enviada à reitoria comunicando a disposição do movimento para continuar o processo de negociação. Na carta, o movimento chama uma segunda reunião com a reitora marcada para hoje, 9/5, às 11h. Foi acertada também uma plenária, às 18h, que discutirá os novos resultados. Além disso, foi aprovada uma paralisação no dia 10/5 – data na qual os servidores públicos estaduais também farão protestos – e uma nova assembléia no dia 16/5, com indicativo de greve estudantil.

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Encerrada a Assembléia Geral

Terminou às 23h10 a Assembléia Geral dos estudantes da USP. Dentre as resoluções estão: continuação da ocupação e indicativo de greve para o dia 16 de maio.Em breve, a íntegra da ata.

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Moção de Apoio UFRGS

A precarização do ensino superior público brasileiro, tanto em esfera federal quanto estadual, já está mais que evidenciado. Falta de moradia aos estudantes oriundos do interior e de outros estados, filas imensas nos Restaurantes Universitários (quando estes existem), pesquisa voltadas aos interesses do mercado, extensão como prestação de serviço pago, diminuição constante e substancial des verbas públicas para instituições públicas, falta de professores e funcionários, entre tantos outros elementos que compõem o sucateamento da Universidade brasileira. Entretanto, esta agonia só não é maior graças aos combativos professores, funcionários e estudantes que ao longo das últimas décadas fazem enfrentamentos abertos contra os diferentes governos, inclusive os da sangrenta ditadura militar, em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Greves, paralisações, ocupações, atos de rua são as maneiras mais eficazes encontradas pelos movimentos sindical e estudantil universitário para chamar a atenção da sociedade e inverter a correlação de forças entre os defensores do ensino público e os que enxergam a educação como um voluptuosa quantidade de dinheiro a ser acumulado. A Reforma Universitária do governo Lula surge para institucionalizar a sangria dos cofres públicos que auxiliam o financiamento das Universidades privadas. A Universidade Nova também do governo Lula vem como uma bomba que implodirá as bases do ensino universitário tal como conhecemos. E os vetos de Alckmin/Lembo e os decretos de Serra acompanham a barbárie das diretrizes neoliberais para a educação. Dessa forma, o Diretório Acadêmico da Comunicação (DACOM) da UFRGS manifesta seu apoio aos estudantes da Universidade de São Paulo que ocuparam a reitoria da insituição combatendo os ataques que esta sofre e lutando por melhores condições de ensino. Repudiamos a criminalização do movimento por parte dos meios de comunicação coniventes com o desmantelamento da Universidade brasileira, que vem caracterizando as ações dos jovens que fizeram o enfrentamento legítimo e necessário em defesa da educação superior pública do nosso país. de forma fascista. Rodolfo Mohr Diretório Acadêmico da Comunicação – UFRGS Diretório Central dos Estudantes – UFRGS Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social

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Apoio do Conselho Departamental do CJE ECA USP

São Paulo, 08 de maio de 2007 O Conselho do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP, em sua 3ª Reunião Ordinária, realizada nesta data, composto por representantes Docentes e Discentes, manifestou moção de apoio à ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo e às reivindicações dos estudantes, em especial as que repudiam os Decretos do Governador do Estado de São Paulo José Serra e que colocam em xeque a autonomia das Universidades Públicas Estaduais (USP, UNICAMP, UNESP e FATEC). Atenciosamente, Prof. Dr. José Luiz Proença Chefe do Departamento

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Mudança de endereço

São Pedro mais uma vez revela seu caráter reacionário e anti-movimento. Mandou uma chuva fria e a assembléia teve que se mudar para o prédio da história, onde todos poderão votar tranquilamente e voltar para a ocupação sem resfriado.ENTÃO TODOS AO PRÉDIO DA HISTÓRIA PARA CONTINUAR A ASSEMBLÉIA!

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Presença na Assembléia supera expectativa

Devido à quantidade surpreendente de pessoas interessadas em participar da Assembléia Geral dos Estudantes Campus Butantã, a mesa decidiu realizá-la em frente ao prédio da Reitoria. Mais de 1000 estudantes estão presentes na Assembléia neste momento.

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Continuação…

De rabo preso com o leitor A predisposição em desqualificar o movimento de ocupação também transparece na matéria "Estudantes ocupam reitoria da USP" , veiculada pelo Último Segundo, do IG, às 19h49 do dia 3, que destaca em seu lide a ocorrência de uma depredação jamais ocorrida: "Cerca de 300 estudantes ocuparam e depredaram a sede da reitoria da Universidade de São Paulo entre a tarde e a noite desta quinta-feira". A edição impressa de sexta-feira (4) da Folha explicita a mesma intenção na matéria "Estudantes invadem gabinete da reitoria da USP" ao dar atenção especial para um fato de relevância jornalística duvidosa, mas de grande significância: "Um dos estudantes que não queriam deixá-la entrar [a pró-reitora de pesquisa as USP, Mayana Zatz] estava de chinelo e bermuda". Não foi diferente o caráter que o portal G1 deu ao acontecimento: o desencontro de informações também se faz presente na cobertura do sítio noticioso das Organizações Globo. Na matéria "USP: ocupação segue até o fim de semana" , publicada no dia 4, às 20h55, uma das reivindicações dos ocupantes, que aparece na declaração de uma estudante, é reproduzida de modo equivocado: "Um dos pontos principais que queremos é o repúdio aos decretos do governador José Serra". Mesmo antes da ocupação, a requisição do movimento estudantil sempre foi no sentido de exigir um posicionamento público da reitoria quanto aos decretos do governador José Serra, fosse ela favorável ou não a eles. No texto "Alunos criam sua própria 'Virada Cultural' durante ocupação na USP" , publicado no mesmo portal, às 04h56 do dia seguinte, a fala da estudante aparece retificada: "Um dos pontos principais que queremos é uma posição da USP sobre os decretos do governador José Serra". Mas o portal voltou ao erro inicial com a notícia "Alunos e reitoria da USP marcam novo encontro para discutir ocupação" , publicada às 15h00 do mesmo dia, na qual aparece novamente, logo no subtítulo, a reivindicação distorcida: "Alunos querem que a universidade se oponha a decretos do governo". Em virtude dos abundantes exemplos de mau uso do material jornalístico, os ocupantes o prédio decidiram vetar a entrada de jornalistas já na noite do dia 3. A intermediação com a imprensa é feita pela Comissão de Comunicação, que abrange uma equipe de voluntários que produz internamente todo o material a ser distribuído e faz a atualização on-line da ocupação pelo blogue do movimento. Já foram mais de dez mil acessos à página, que conta com informações sobre a ocupação, fotos e entrevistas. Há ainda uma emissora de rádio via internet (Rádio da Ocupação FM – 106.7 MHz). Importante ressaltar, ainda, que as pautas apresentadas em nossas ações midiáticas apontam para um cenário de mobilização bastante anterior à ocupação. Problemas de infra-estrutura física e docente na USP, por exemplo, são assuntos recorrentes e de fácil acesso à imprensa. Nessa perspectiva, os equívocos ou omissões na cobertura sobre as demandas de Universidade apresentados pela mídia são sintomáticos do desinteresse dos principais veículos de comunicação em pautar e acompanhar qualitativamente as condições da educação pública paulista.

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Avaliação da cobertura da ocupação

*Texto publicado originalmente no Observatória da Imprensa A cobertura sobre a ocupação da reitoria da USP Por Fábio Nassif (*) em 8/5/2007 (*) Em nome da Equipe de Comunicação da ocupação da reitoria da USP Ao iniciar a ocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) (iniciada no dia 3, às 17h30), os estudantes-ocupantes organizaram-se em comissões: Alimentação, Comunicação, Limpeza e Segurança. Uma das primeiras a se constituir foi a de Comunicação, formada para o atendimento à imprensa no local. Hoje, dia 6 (0h53), podemos fazer uma primeira análise da cobertura da imprensa. Avaliamos o material publicado, especialmente na grande mídia, e acompanhamos, em campo, do trabalho de repórteres e fotógrafos. Início Quando a imprensa chegou ao local, a comissão de comunicação recebeu repórteres e fotógrafos, explicando o desencadear dos fatos, da mesma forma como foi divulgado em release para imprensa de todo o Estado de São Paulo. "Cerca de 350 estudantes da USP ocuparam às 17h do dia 3 de maio o gabinete da reitoria da universidade, reivindicando a revogação dos decretos 51.460, 51.461, 51.471, 51.636 e 51.660 do governador José Serra, que interferem na autonomia das universidades públicas. Entre as reivindicações estão: contratação de professores, melhoria da infra-estrutura da universidade e ampliação das vagas na moradia estudantil (este documento traz a íntegra das reivindicações). Os estudantes haviam convidado a reitora Suely Vilela para discutir os decretos e a autonomia em audiência pública, abertamente. No entanto, ela avisou que não compareceria e a reitoria confirmou presença de um representante. Na data marcada (16h do dia 3) ele não compareceu. Os estudantes decidiram caminhar à reitoria para apresentar ao vice-reitor sua pauta de reivindicações. A segurança do prédio tentou impedir a entrada dos estudantes, que decidiram ocupar o prédio para se fazer ouvir após meses de tentativa." Fotógrafos da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo registraram imagens do interior do prédio ocupado. Alguns profissionais, entretanto, acharam desnecessária uma visita ao local, limitando-se a conversar com "fontes oficiais", como a assessoria de imprensa da Reitoria. Matéria do site Folha Online, publicada às 21h36 do dia 3, intitulada "Estudantes invadem reitoria da USP; móveis e portas foram destruídos" é resultado deste comportamento. A reportagem da Folha publicou apenas informações da assessoria de imprensa, apesar de não creditar todas as observações que faz ao órgão, parecendo observações da repórter. A matéria afirma que "os estudantes quebraram portas, móveis e expulsaram todos os funcionários do prédio, que tem cerca de mil servidores", e na seqüência coloca que "representantes dos alunos negam danos e afirmam que os móveis do local foram desmontados". Se repórter e fotógrafo tiveram oportunidades de verificar pessoalmente se houve ou não quebra do mobiliário da reitoria, torna-se infundado o desencontro das declarações. Da mesma forma, o jornal deixaria de incorrer em novo erro se a repórter tivesse se dado ao trabalho de verificar que a ocupação foi realizada no final de expediente, quando o prédio já estava esvaziado. A pequena parcela de funcionários que ainda se encontrava presente saiu sem que houvesse qualquer tipo de pressão por parte dos estudantes. Em português claro, significa que os manifestantes não "expulsaram mil funcionários do prédio". Jornalismo em tempo real Os portais de internet Universo Online (UOL) e Folha Online na noite de quinta-feira, 3, destacaram uma única foto da ocupação, apesar das muitas fotos tiradas por Marlene Bergamo, fotógrafa do jornal. A imagem escolhida foi a da fachada do prédio, acompanhada da seguinte legenda nos portais de notícia: "Reitoria da USP é ocupada e depredada durante protesto" . Aceitando que o valor-notícia de uma porta arrombada com os escombros do teto espalhados pelo chão é maior do que uma imagem de muitos estudantes sentados em roda discutindo a pauta de reivindicações do movimento, ressalta-se que a contextualização da imagem não foi feita devidamente. Ao chegar ao prédio, público e acessível a qualquer pessoa, os estudantes se depararam com uma porta fechada. Tentativas frustradas de diálogo com a Reitoria se acumularam desde o início do ano, culminando em um inevitável desgaste e, conseqüentemente, numa atitude extrema. Para ocupar o prédio, a porta teve de ser aberta, o que implicou uso de força, visto a recusa dos seguranças do prédio em abrirem a porta. Os alunos, não obstante, tentaram minimizar os danos desta entrada. Além disso, a ocupação do prédio levou os alunos a zelar pela integridade do prédio. Continua…

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Moção de Apoio Centro Acadêmico Clarice Lispector

Moção de Apoio do Centro Acadêmico Clarice Lispector de Letras e S.E.T. – PUC-SP O Centro Acadêmico Clarice Lispector de Letras e Secretariado Executivo Trilíngüe da PUC-SP, acredita que a ocupação da reitoria da USP no campus butantã realizada pelos estudantes da Universidade se soma ao histórico de luta dos estudantes por seus direitos dentro das instituições públicas de ensino superior dentro do país. Nos incorporamos na trincheira dessa luta e apoiamos integralmente a ocupação da reitoria da USP.O governo Lula juntamente com o governo Serra nada mais nada menos reproduzem o modelo neoliberal de educação superior no país e no estado de São Paulo. As universidades públicas estão aos fragalhos enquanto as privadas nada no mar da isenção fiscal. Devemos dizer um chega a essa situação de precarização do ensino superior no país, pois para nós a educação de verdade é pública gratuita e de qualidade.

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