Em Defesa da Autonomia das Universidades Públicas Paulistas

Em Defesa da Autonomia das Universidades Públicas Paulistas

 

Em vista dos decretos do Governo Serra no primeiro mês de gestão e das conseqüentes incursões sobre a autonomia universitária da USP, UNICAMP e UNESP, e considerando que:

 

1.      o artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 define perfeitamente o princípio da autonomia universitária: “As Universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”;

 

2.      o mesmo princípio é reafirmado nos artigos 53 e 54 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e também no artigo 254 da Constituição Estadual de São Paulo;

 

3.      o compromisso da função social da Universidade é intrínseco ao princípio de autonomia universitária e é exercido com responsabilidade pelas três universidades estaduais paulistas, USP, UNICAMP e UNESP, por meio do aprimoramento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, na busca constante do mérito e da excelência acadêmicos;

 

4.      a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão na Universidade, exercitada rigorosamente por essas instituições de excelência, recomenda que os órgãos afetos ao incremento e ao financiamento dessas atividades sejam constantes da mesma secretaria que lhe diz respeito;  

 

5.      ao longo dos anos de vigência da autonomia financeira, conquistada pelas universidades públicas do Estado de São Paulo, em 1989, estas apresentam concretamente um desempenho muito positivo. Só a Unicamp ampliou em 130% as matrículas no ensino de graduação e de pós-graduação, mesmo com redução de aproximadamente 20% de seus quadros docentes e de funcionários. Juntas, as três universidades são responsáveis por mais de 50% da produção científica brasileira;

 

6.      as três universidades realizam periodicamente rigorosos processos de avaliação institucional, por meio de comissões internas e externas, constituídas por pesquisadores nacionais e internacionais de alto nível, as quais geram relatórios abrangentes e minuciosos que são enviados ao Conselho Estadual de Educação, e postos à disposição da sociedade;

 

7.      as três universidades contribuem expressivamente com o desenvolvimento científico e tecnológico do país, e também com a busca de melhoria da educação básica pública, paulista e brasileira, de maneira articulada com secretarias municipais e estaduais de Educação e com o Ministério da Educação;

 

8.      todas essas ações são realizadas com completa transparência de gestão acadêmica, administrativa e financeira, graças ao respeito à institucionalidade das decisões tomadas nos órgãos colegiados internos, à participação no SIAFEM desde 1997, e ao envio mensal de relatórios da execução orçamentária aos órgãos internos das universidades, aos órgãos responsáveis do governo estadual e à sociedade em geral;

 

nós, Diretores das Unidades Acadêmicas da UNICAMP, vimos solicitar ao Exmo. Governador do Estado de São Paulo, Prof. José Serra:

 

a)      a extinção da Secretaria de Ensino Superior e conseqüente revogação ou alteração dos decretos correspondentes;

 

b)      o retorno de UNICAMP, USP e UNESP, e de outros órgãos a ela transferidos, para a Secretaria de Desenvolvimento (anteriormente denominada Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico);

 

c)      a alteração de redação dos Decretos 51.471 e 51.473, de modo que não se apliquem às autarquias de regime especial;

 

d)      a alteração de redação do decreto 51.636 em todos os itens incompatíveis com a autonomia universitária.

 

Está claro para nós que os decretos mencionados ferem dispositivos da constituição federal e do estado de São Paulo. Interferem na autonomia das três universidades públicas paulistas. Desconsideram que o exercício pleno dessa autonomia compete exclusivamente às universidades, aos seus respectivos Conselhos Universitários e ao Conselho de Reitores – Cruesp. Não otimizam a organização da Administração Direta do Estado de São Paulo, ao contrário: criam órgãos cujos campos funcionais se fragmentam, se dispersam e se superpõem. Geram, enfim, desperdícios dos recursos públicos.

 

Isto posto, reiterando manifesto anterior de 27 de março de 2007, reafirmamos nossa posição contrária às anomalias institucionais geradas em conseqüência de tais decretos.

 

Campinas, 25 de maio de 2007.

 

(Original assinado pelos/as Diretores/as das 23 unidades de ensino da UNICAMP: FCM, FE, FEA, FEAGRI, FEC, FEEC, FEF, FEM, FEQ, FOP, IA, IB, IC, IE, IEL, IFCH, IFGW, IG, IMECC, IQ, CESET, COTIL, COTUCA)

Posted in Moção de apoio | 2 Comments

MOÇÃO DE APOIO DO CAFIL/UFPR À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP

MOÇÃO DE APOIO DO CAFIL/UFPR À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP

 

O Centro Acadêmico de Filosofia (CAFIL) da UFPR declara seu apoio à ocupação da reitoria da USP e às reivindicações dos estudantes professores e técnicos-administrativos em greve. É legítima a luta dos estudantes e trabalhadores da USP: no enfrentamento aos projetos privatistas da educação pública; contra a lógica de mercado; e contra as políticas que atacam os direitos dos trabalhadores e oprimem a livre expressão e organização do movimento estudantil. A luta empreendida pelos estudantes da USP contra os decretos do governador Serra também é a mesma luta dos estudantes de Filosofia da UFPR contra as políticas implementadas pelo governo federal. Os problemas enfrentados são semelhantes e nos colocam em situação idêntica na defesa da autonomia universitária, pela democratização das administrações universitárias, pela contratação de mais professores e funcionários que atenda a demanda do ensino público, melhorias de infra-estrutura das universidades, assistência estudantil que garanta o pleno acesso ao ensino superior público e de qualidade. A ocupação da reitoria da USP é a defesa do ensino público, gratuito e de qualidade.

O CAFIL/UFPR também manifesta seu repúdio aos meios de comunicação que na defesa desavergonhada das políticas privatistas distorce fatos e oculta informações. Com total parcialidade tenta desqualificar toda ação deste movimento e suas reivindicações legítimas. Repudiamos o papel da reitoria e do governo estadual que ameaçam os estudantes e trabalhadores, bem como o uso da força e outras medidas repressivas como a reintegração de posse ou qualquer processo administrativo com o objetivo de punir os estudantes e trabalhadores envolvidos nesta luta.

 

            A luta dos estudantes, professores e técnicos-administrativos da USP é um exemplo a ser seguido!

 

Centro Acadêmico de Filosofia da UFPR, gestão "Verum Factum" 2007.

Posted in Moção de apoio | Comments Off on MOÇÃO DE APOIO DO CAFIL/UFPR À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP

NOTA DE ESCLARECIMENTO À FOLHA ONLINE

NOTA DE ESCLARECIMENTO À FOLHA ONLINE

   

            O Movimento Estudantil da Universidade de São Paulo vem a público esclarecer que avalia sistematicamente nos seus fóruns os rumos da ocupação da reitoria. Nesse sentido, a afirmação contida na nota pública divulgada à imprensa ontem, “O movimento estudantil da Universidade de São Paulo vai avaliar nos seus fóruns apropriados, qual o impacto da manutenção da ocupação da reitoria da USP para as negociações”, não faz mais do que reiterar a dinâmica NORMAL de funcionamento do movimento, na qual não se decide sobre os rumos da ocupação durante as reuniões de negociação, mas nos seus “fóruns apropriados”. Por isso, o movimento não entendeu a manchete publicada hoje, 30 de maio de 2007, pela Folha Online: “Estudantes já debatem se ocupação da reitoria prejudica as negociações”.

Posted in Comunicado | Comments Off on NOTA DE ESCLARECIMENTO À FOLHA ONLINE

NOTA PÚBLICA SOBRE A REUNIÃO COM O GOVERNO

Nota pública sobre a reunião de negociação com o governo do estado de São Paulo de 28 de maio de 2007

 

Nós, do movimento estudantil da Universidade de São Paulo, em processo de negociação com o governo do Estado de São Paulo, onde estavam presentes representantes da Adusp e do Sintusp, viemos a público manifestar nossa posição a respeito da  reunião de negociação realizada ontem, 28 de maio de 2007, com o Secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luis Antonio Marrey.

Em primeiro lugar, no nosso entendimento, ao contrário do que foi veiculado na mídia, não é verdade que a reunião de negociação terminou em impasse. O que houve foi que o movimento estudantil, conforme combinado na última reunião de negociação, levou sua interpretação dos decretos do governador Serra e, a partir dela, apresentou uma proposta clara ao governo do Estado, qual seja, a revogação dos decretos 51.460/07; 51.461/07;  51.471/07; 51. 636/07; 51.660/07 que, segundo o entendimento do movimento, ferem a autonomia universitária das Universidades Estaduais Paulistas, garantida por lei, além de estarem em claro conflito com a Constituição Federal e Estadual. Após a apresentação da nossa proposta, esperávamos ouvir a contraproposta do governo do Estado. O secretário disse, então,  que o governo não está disposto a revogar os decretos – que se o movimento quisesse, poderia entrar na justiça contra o Estado – mas que estava disposto a reescrever parte dos decretos. A pergunta do movimento foi, então, o que o governo do Estado de São Paulo está disposto a mudar nos decretos. O movimento estudantil espera ouvir, na próxima reunião de negociação, a contraproposta do governo à sua proposta, apresentada claramente ontem.

Também colocamos a necessidade de mais verbas para educação, discutindo os sucessivos vetos ao aumento do repasse do ICMS às três universidades estaduais e o aumento da vinculação de 30 para 31% da receita estadual para educação. O secretário então respondeu que não tinha “nada a declarar” sobre este assunto.

Outro aspecto controverso é quanto a suposta exigência de desocupação da reitoria da USP para o prosseguimento das negociações. O Secretário foi explícito ao afirmar que a continuidade das negociações não estava condicionada à desocupação da reitoria da USP, embora entendesse que o processo de negociação seria mais tranqüilo se a reitoria fosse desocupada. O movimento estudantil da Universidade de São Paulo vai avaliar, nos seus fóruns apropriados, qual o impacto da manutenção da ocupação da reitoria da USP para as negociações, mas entende que o Governo do Estado de São Paulo não condicionou a continuidade das negociações à desocupação e, por isso, estranhamos a declaração dada pelo secretário, após a reunião, de que a desocupação seria condição “sine qua no” para a continuidade das negociações. O movimento entende que saímos de lá com outra reunião agendada, independentemente da decisão sobre a manutenção da ocupação e reitera a necessidade de coerência de ambas as partes para que a negociação chegue a bom termo.   

Por fim, o movimento reitera publicamente o intuito de prosseguir negociando suas pautas específicas com a reitora da Universidade de São Paulo, Suely Vilela, e esclarece que não o fez ontem, na reunião de negociação com o Estado de São Paulo, por entender que configuraria ataque à autonomia universitária negociar os problemas específicos da USP na frente do governo do Estado, como se fosse ele um mediador apropriado. A Reitora, quando convidada pelos estudantes se voltaria à mesa de negociações, afirmou que aceitaria voltar a conversar. O movimento estudantil reitera que a reitoria da Universidade de São Paulo é a única interlocutora legítima para negociar assuntos internos à universidade.

Posted in Comunicado | Comments Off on NOTA PÚBLICA SOBRE A REUNIÃO COM O GOVERNO

lista de docentes apoiadores continua crescendo

Até o momento, a lista abaixo-assinado de docentes da USP já conta com 512 assinaturas. Aguardem por mais informações e atualizações – a lista não cabe inteira em uma única postagem do blog

Posted in Informes | 6 Comments

UNESP TEM 5 PRÉDIOS OCUPADOS!

UNESP TEM 5 PRÉDIOS OCUPADOS! 
 
 
Ilha Solteira 

Tem seu prédio principal ocupado desde a noite de terça-feira. A ação, segundo a universidade, foi pacífica. Os estudantes estão nas salas de aula do bloco C e no corredor do prédio central da universidade. A entrada e saída do campus estão sendo controladas pelos alunos.

 

 Assis
miltonsmello@yahoo.com.br

UEstão ocupados no saguão da diretoria da Unesp de Assis desdea segunda-feira (28), onde funciona a Faculdade de Ciências e Letras. A ocupação foi pacífica, sem nenhum dano ao patrimônio.

 

Franca

Na terça-feira, os alunos ocuparam a sala da vice-diretoria de Franca. Além da autonomia universitária, os estudantes pedem mudanças no projeto da construção do novo prédio já que o local não terá moradia estudantil e fica longe do centro da cidade.

 Rio Claro
http://www.ocupacaorioclaro.blogspot.com/
ocupacaorioclaro@gmail.com,
 
Ocupada desde a noite de quinta (24), em protesto contra o governo do estado. Eles estão em salas do Instituto de Geociências e Ciências Exatas. A administração não foi ocupada e não houve danos ao patrimônio.
 
Presidente Prudente 

Tem uma ocupação no setor administrativo da Unesp de Presidente Prudente que teve início na terça-feira (29), depois de uma assembléia entre os estudantes. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, não houve dano ao patrimônio.

 

Bauru

Está em GREVE, decretada na segunda 28/05/07. Reivindicações incluem queda dos decretos do serra, e melhores salarios e em apoio aos estudantes da USP.

 

 

 
 
Mais informações nos blogs e e-mails das ocupações ou neste blog, conforme elas forem surgindo. 
Moções de apoio são bem vindas nos respectivos e-mails. 
Posted in Informes | Comments Off on UNESP TEM 5 PRÉDIOS OCUPADOS!

A AMPLIAÇÃO DAS OCUPAÇOES

Veja aqui o quadro das ocupaçoes no país

 

LOCAIS OCUPADOS

 

USP                                                                                       REITORIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS                            REITORIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO                  

UNESP – RIO CLARO                                                            INSTITUTO DE GEOCIENCIAS

UNESP – ASSIS                                                                    PRÉDIO DE LETRAS              

UNESP – FRANCA                                                                VICE-DIRETORIA    

UNESP – ILHA SOLTEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO                  SALAS OCUPADAS

 

Posted in Informes | 1 Comment

Segundo Manifesto dos Diretores de Unidades Acadêmicas da Unicamp

30 de maio de 2007

 
Divulgamos manifesto lido no dia 29/05/07, durante a sessão do Conselho Universitário da Unicamp, assinado pelos (as) Diretores (as) das 23 unidades da Unicamp.
 
 
 
 
Segundo Manifesto dos Diretores de Unidades Acadêmicas da Unicamp
“Em Defesa da Autonomia das Universidades Públicas Paulistas”

 

Em vista dos decretos do Governo Serra no primeiro mês de gestão e das conseqüentes incursões sobre a autonomia universitária da USP, UNICAMP e UNESP, e considerando que:

1.      o artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 define perfeitamente o princípio da autonomia universitária: “As Universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”;

2.      o mesmo princípio é reafirmado nos artigos 53 e 54 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e também no artigo 254 da Constituição Estadual de São Paulo;

3.      o compromisso da função social da Universidade é intrínseco ao princípio de autonomia universitária e é exercido com responsabilidade pelas três universidades estaduais paulistas, USP, UNICAMP e UNESP, por meio do aprimoramento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, na busca constante do mérito e da excelência acadêmicos;

4.      a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão na Universidade, exercitada rigorosamente por essas instituições de excelência, recomenda que os órgãos afetos ao incremento e ao financiamento dessas atividades sejam constantes da mesma secretaria que lhe diz respeito;   

5.      ao longo dos anos de vigência da autonomia financeira, conquistada pelas universidades públicas do Estado de São Paulo, em 1989, estas apresentam concretamente um desempenho muito positivo. Só a Unicamp ampliou em 130% as matrículas no ensino de graduação e de pós-graduação, mesmo com redução de aproximadamente 20% de seus quadros docentes e de funcionários. Juntas, as três universidades são responsáveis por mais de 50% da produção científica brasileira;

6.      as três universidades realizam periodicamente rigorosos processos de avaliação institucional, por meio de comissões internas e externas, constituídas por pesquisadores nacionais e internacionais de alto nível, as quais geram relatórios abrangentes e minuciosos que são enviados ao Conselho Estadual de Educação, e postos à disposição da sociedade;

7.      as três universidades contribuem expressivamente com o desenvolvimento científico e tecnológico do país, e também com a busca de melhoria da educação básica pública, paulista e brasileira, de maneira articulada com secretarias municipais e estaduais de Educação e com o Ministério da Educação;

8.      todas essas ações são realizadas com completa transparência de gestão acadêmica, administrativa e financeira, graças ao respeito à institucionalidade das decisões tomadas nos órgãos colegiados internos, à participação no SIAFEM desde 1997, e ao envio mensal de relatórios da execução orçamentária aos órgãos internos das universidades, aos órgãos responsáveis do governo estadual e à sociedade em geral;

nós, Diretores das Unidades Acadêmicas da UNICAMP, vimos solicitar ao Exmo. Governador do Estado de São Paulo, Prof. José Serra:

a)      a extinção da Secretaria de Ensino Superior e conseqüente revogação ou alteração dos decretos correspondentes;

b)      o retorno de UNICAMP, USP e UNESP, e de outros órgãos a ela transferidos, para a Secretaria de Desenvolvimento (anteriormente denominada Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico);

c)      a alteração de redação dos Decretos 51.471 e 51.473, de modo que não se apliquem às autarquias de regime especial;

d)      a alteração de redação do decreto 51.636 nos itens incompatíveis com a autonomia universitária.

 

Está claro para nós que os decretos mencionados ferem dispositivos da constituição federal e do estado de São Paulo. Interferem na autonomia das três universidades públicas paulistas. Desconsideram que o exercício pleno dessa autonomia compete exclusivamente às universidades, aos seus respectivos Conselhos Universitários e ao Conselho de Reitores – Cruesp. Não otimizam a organização da Administração Direta do Estado de São Paulo, ao contrário: criam órgãos cujos campos funcionais se fragmentam, se dispersam e se superpõem. Geram, enfim, desperdícios dos recursos públicos.

Isto posto, reiterando manifesto anterior de 27 de março de 2007, reafirmamos nossa posição contrária às anomalias institucionais geradas em conseqüência de tais decretos.

Campinas, 25 de maio de 2007.

(Original assinado pelos/as Diretores/as das 23 unidades de ensino da UNICAMP: FCM, FE, FEA, FEAGRI, FEC, FEEC, FEF, FEM, FEQ, FOP, IA, IB, IC, IE, IEL, IFCH, IFGW, IG, IMECC, IQ, CESET, COTIL, COTUCA)  

Posted in Comunicado | Comments Off on Segundo Manifesto dos Diretores de Unidades Acadêmicas da Unicamp

AMPLIAÇAO DA GREVE

Veja aqui os locais em greve nas universidades estaduais de Sao Paulo, USP, UNESP, UNICAMP e outras universidades 

 

 

 

LOCAIS EM GREVE                          

                                                           

USP (SÃO PAULO)                           

CAMPUS BUTANTà                         

CURSO                                               SITUAÇÃO

FAU                                                     GREVE

JORNALISMO                                      GREVE

ICB                                                      GREVE

FÍSICA                                                 DISCUSSÃO

BIBLIOTECONOMIA                             GREVE

ÁUDIO VISUAL                                   GREVE

MÚSICA                                               GREVE

ARTES PLÁSTICAS                            GREVE

ARTES CÊNICAS                                 GREVE

FONOAUDIOLOGIA (FOFITO)             GREVE

FISIOTERAPIA (FOFITO)                     GREVE

TERAPIA OCUPACIONAL (FOFITO)    GREVE

PEDAGOGIA                                       GREVE

GEOGRAFIA                                       GREVE

CIÊNCIAS SOCIAIS                              GREVE

LETRAS                                              GREVE

HISTÓRIA                                            GREVE

EAD                                                     GREVE

FILOSOFIA                                          GREVE

IAG                                                      INDICATIVO

GEOLOGIA                                          GREVE

PSICOLOGIA                                       GREVE

EDUCAÇÃO FÍSICA                             INDICATIVO

BIOLOGIA                                           GREVE

VETERINÁRIA                                     INDICATIVO

POLITÉCNICA                                      DISCUSSÃO

                                                           

                                                           

UNIDADES EXTERNAS USP            

CURSO                                               SITUAÇÃO

DIREITO                                               GREVE

NUTRIÇÃO                                          GREVE

MEDICINA                                             

ENFERMAGEM                                     

                                                           

EACH                                                 

CURSO                                               SITUAÇÃO

CIÊNCIAS DA NATUREZA                   GREVE

GESTÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS    GREVE

LAZER E TURISMO                             GREVE

MARKETING                                         

SISTEMAS DA INFORMAÇÃO             GREVE

TÊXTIL                                                 GREVE

CIÊNCIAS DA ATIVIDADE FÍSICA        GREVE

GERONTOLOGIA                                GREVE

OBSTETRÍCIA                                      GREVE

GESTÃO AMBIENTAL                         GREVE

 

USP (OUTRAS CIDADES)                 

CURSO                                               SITUAÇÃO

SÃO CARLOS                                     GREVE

RIBEIRÃO PRETO                                GREVE

PIRACICABA                                       INDICATIVO

PIRASSUNUNGA                                  

LORENA                                               

BAURU                                                 

 

UNICAMP                                          

CURSO                                               SITUAÇÃO

FILOSOFIA                                          GREVE

HISTÓRIA                                            GREVE

CIÊNCIAS SOCIAIS                              GREVE

EDUCAÇÃO                                        GREVE

GEOLOGIA                                          GREVE

GEOGRAFIA                                       GREVE

ARTES                                                GREVE

EDUCAÇÃO FÍSICA                             GREVE

BIOLOGIA                                           DISCUSSÃO

LETRAS                                              DISCUSSÃO

ENFERMAGEM                                    GREVE

UNESP                                               

CURSOS                                             SITUAÇÃO

ARARAQUARA                                  GREVE

ILHA SOLTEIRA                                  GREVE

MARÍLIA                                              GREVE

OURINHOS                                          GREVE

PRES. PRUDENTE                                GREVE

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO                  GREVE

OUTROS CAMPI                                  INDICATIVO

 

PROFESSORES                                  SITUAÇÃO

ADUSP                                                GREVE

ADUNICAMP                                        GREVE

ADUNESP                                            GREVE

                                            

FUNCIONÁRIOS                                

UNIVERSIDADE                                  SITUAÇÃO

SINTUSP                                              GREVE

STU (UNICAMP)                                  GREVE

SINTUNESP                                         GREVE

 

OUTROS ESTADOS

 

UFBA                                                 

UFMG                                                

FUNCIONÁRIOS                                  GREVE

 

Posted in Informes | 654 Comments

Servidor da UFPR em greve

 
Servidores da UFPR em greve 
 
Carta aberta à população!
 
Infelizmente, é greve de novo!
 
De tempos em tempos, tem sido comum os serviços de atendimento ao público (INSS, Educação, Receita Federal, Hospitais) entrarem em greve. Mas, por que será que isso acontece?
Já faz muito tempo que os serviços públicos não são prioridade para os governos. No caso do Hospital de Clínicas da UFPR isso não é diferente. Faltam vagas, as consultas demoram meses, as filas são enormes. Esta situação deixa usuários e trabalhadores insatisfeitos.
Porém, com o projeto do atual governo federal de “tirar” os Hospitais das Universidades e transforma-los em Fundações Estatais a atual situação vai piorar. Além de longas filas, vão ser permitidas cobranças de consultas e exames dentro do Hospital de Clínicas.
Diante disso, trabalhadores dos Hospitais Universitários de todo o Brasil estão em greve! Entendemos que só uma mobilização deste tipo pode barrar esta idéia de privatizar o HC. Infelizmente, sabemos que a greve prejudicará momentaneamente muitas pessoas que são atendidas nos hospitais. Mas entendemos também que a privatização do HC prejudicaria muito mais.
A proposta do governo não é nova! Veio em 1981 e 1982 e uma greve barrou! Em 1998, a idéia era deixar as universidades sem financiamento e uma greve barrou! Em 2001, veio novamente a idéia de privatizar 25% dos leitos do HC e uma greve barrou! Sabemos que nestes anos uma parte da população foi prejudicada mas entendemos que este prejuízo foi momentâneo, já que foi isso que garantiu um HC totalmente gratuito como temos hoje!
Chamamos o conjunto da população a se somar na luta em defesa dos Hospitais Universitários e se colocar contrário ao projeto de Fundação Estatal! Desta forma, nosso movimento será mais forte e, com essa proposta jogada fora, poderemos voltar ao trabalho o quanto antes!
Participe você também desta luta: leve esta carta ao seu bairro e sua cidade, compareça nas atividades de rua, venha nas atividades da greve!
 
Aonde nos achar? Estaremos concentrados todos os dias no HC e no Pátio da Reitoria da UFPR!
Telefone: 3362.7373
 
 
Servidor da UFPR: Agora é Greve!
 
Servidores das Universidades Federais do Brasil todo em greve nacional!
 
Entenda os motivos:
 

  • Pela retirada do PLP 01/2007:
 
O Projeto de Lei Parlamentar Nº 01 do ano de 2007, limita o aumento dos gastos com funcionalismo público em 1,5% ao ano, até 2016. Isso significa que nos próximo 10 anos, não haverá aumentos salariais nem concursos públicos. Isso porque 1,5% ao ano é o que a folha cresce naturalmente, todos os anos, devido aos planos de carreira, qüinqüênios etc. Este projeto tramita em regime de urgência e a hora é agora para conseguirmos barrá-lo!
 
Queremos uma política salarial séria, com data-base e negociação coletiva!
 

  • Em defesa dos HUs! Contra a desvinculação dos Hospitais Universitários:
 
A proposta do Grupo de Trabalho Interministerial transforma os HUs em Fundações Estatais, acabando com o caráter de ensino-pesquisa-extensão deles, permitindo a cobrança de consultas e contratando os trabalhadores via CLT. Ao invés de melhorar as condições de trabalho dos colegas da FUNPAR,  transformando-os em funcionários  da UFPR, o projeto faz ao contrário!
 

  • Em defesa do direito de greve:
 
Proposta do governo encaminhada pela Casa Civil prevê o fim do direito de greve, já que coloca condicionantes impossíveis de serem cumpridos como, por exemplo, exigir a presença de 2/3 da categoria numa assembléia. As assembléias da APP-Sindicato (professores estaduais), por exemplo, teriam que ser feitas no Couto Pereira para comportar mais de 30 mil pessoas. Queremos ter o direito de nos manifestar! Se o governo quer evitar greves, que dê condições de trabalho decentes aos servidores.
 

  • Pela resolução dos impasses do Plano de Carreira:
 
Na greve de 2004, conseguimos a implementação de um novo Plano de Carreira. Porém, queremos a resolução de uma série de problemas que com ele vieram como a questão dos aposentados, dos técnicos que possuem nível superior etc.
 

  • Pautas locais:
 
Na UFPR, são diversas as necessidades. Queremos o pagamento retroativo da nossa progressão por mérito (que começará a ser paga em julho de 2007. Já tínhamos direito a ela desde 2006); temos a questão das catracas do HC, que penalizam os trabalhadores que fazem horas-extras; queremos a volta do pagamento do adicional de insalubridade; defendemos mais democracia, com paridade nos Conselhos Superiores e eleição direta para Diretor do Hospital de Clínicas.

.
Posted in Informes | 1 Comment