O professor Gerárd Doménil da CNRS (França) vistará a ocupação!
Detalhe: Ele participou do movimento estudantil françês na década de 60.
Hoje, 07 de junho, às 15:30h!!
O professor Gerárd Doménil da CNRS (França) vistará a ocupação!
Detalhe: Ele participou do movimento estudantil françês na década de 60.
Hoje, 07 de junho, às 15:30h!!
Creio que os colegas da comunicação por vezes se exaltam em suas ideologias e cometem certas gafes como dividir o mundo dos a favor=esquerda e contra=direita=malvados=apoio aos decretos.
É um erro bem comum de qualquer pessoa que possui um ideal tornar o mundo preto e branco, mas devemos concordar que um pensamento racional e crítico sabe que não é bem assim.
Sabemos claro, por dedução, que a maioria da USP não apoia a ocupação, independente de atos, é algo que está no ar. E sabemos claro, que o apoio ou “reacionarismo” não é uma ligação direta entre direita e esquerda, burguesia e todas as expressões já conhecidas.
Afirmar que quem é contra a ocupação é a favor dos decretos, que um ato pequeno é sinônimo de falta de apoio é uma conclusão equivalente a dizer que “então Stevie Wonder é Deus”.
Também devemos admitir que apesar de ser uma disputa direta eles estão em seu total direito de também mostrarem seu posicionamento através de um ato legítimo, isso é democracia, é belo. O ato foi vazio? Foi, mas quantas assembléias vazias também não tivemos. Um número pequeno tem muito mais relação com organização do que com apoio em muitos casos.
O mundo tem muitas tonalidades e separações.
Apenas fiquem atentos a isso, pois empobrece o discurso.
Apenas uma crítica construtiva…
Andréa
Estudantes da ocupação:
É fácil criticar o pequeno movimento da direita. Apenas 200 pessoas (na contagem deles). Mas e a ocupação e as assembléias da ocupação? Reúnem 500 pessoas… uma das últimas de história tinha por volta de 10 (!!!) pessoas…
Acredito que aquela passeata da direita é um pequeno grupo da USP. E que a ocupação é outro pequeno grupo da USP! A maioria não concorda com a ocupação (ou acha que já deu o que tinha que dar)… Ou vocês vão dizer que estão lutando por nós, e que não temos reflexão crítica???????
Obrigado pela atenção.
Caralho gente, corrige o “Francês” e atenção aos erros de português, os tópicos estão cheios deles.
Daqui a pouco vem o Reinaldo Boçal Azevedo encher o nosso saco por uma coisa besta dessas.
O segredo é ampliar…o segredo é a ampliação do movimento, que já ocorre. Pois, por mais manipulado que estejam os noticiários, essa generalização não fica um pouco estranha? De repente um monte de estudantes de todo o país resolveram se rebelar e reivindicar seu direitos…é à toa? Começa a “pegar mal” para o governo…começa a complicar na hora de manipular, as desculpas soam falsas…panfletando ontem no centro de Bauru, pois faço Unesp e estamos em greve e com diversas atividades dentro do nosso movimento, percebemos que o povo tem opinião favorável a nós sim! Muitos nos escutaram e aproveitaram para desabafar seus medos, angústias, anseios etc….Esses atos externos são de extrema importância para nós…vamos seguindo, com a midia sempre contra nós! Não tem jeito, nós não temos meios de comuniação..afora este que estamos usando…
Quero discordar de Carlos Latuff quando ele afirma que a USP foi criada para os alunos. Ninguem está se apoderando de algo que é seu ,por direito, nesta ocupação.É um abssurdo pensar que a universidade foi “feita para eles”(alunos). A universidade foi feita para gerar retorno ao País.É patrimonio de todo o cidadão, estando ele gozando ou não de suas estruturas. Tomem cuidado com este tipo de afirmação.
Prezados colegas,
atentem para alguns dos commentários já colocados nessa parte. Mesmo que de maneira e pontos de vista extremamente diferentes, expressam preocupações imensamente válidas, e a desconsideração dos pontos elencados pode levar à derrocada (ou derrota) do movimento. Para a distinção entre os dois pontos vejam em especial o primeiro comentário, que enfatiza a importância de se pensar o movimento para além dos muros da universidade, mas não necessariamente no intuito de ligá-lo a todos os outros movimentos que se encontram em andamento pelo país, visto que cada um tem sua especificidade, mas sim no sentido de expor os objetivos do movimento de ocupação à população como um todo, que em grande parte realmente não sabe do que se trata e acredita plenamente nas reportagens e argumentos veiculados pela revista Veja.
Quanto aos objetivos, é de suma relevância conseguir explicitar como a administração atual da instituição é que provoca o desperdício de recursos; como a luta não tem absolutamente nada a ver com a questão de publicização ou não da prestação de contas (ponto muito enfatizado pela Veja, e para o qual é fundamental buscar um direito de resposta na justiça, visto que a revista ela própria não oferecerá uma oportunidade séria ao movimento); e finalmente mostrar que os estudantes e funcionários que ocupam a reitoria estão lá para defender tanto ideais quanto elementos básicos para a manutenção (ou construção) de um ensino de qualidade, e não apenas para protestar “sem causa” ou provocar as forças repressivas. Isso pois, infelizmente, muitas pessoas concordam com o uso dessas forças, e precisam ser convencidas do contrário – afinal, a luta de nada vale se não contar com o apoio e a compreensão da população. O movimento não pode alienar-se da sociedade em que existem tanto os indivíduos que o compõem quanto a instituição que questionam ou procuram transformar.
Por favor, pensem nisso para não colocar em risco toda a mobilização mais ampla que foi alcançada até o momento, assim como possibilidades futuras de protesto.
Por quatro dias, estive no coração da reitoria ocupada da USP. Nas horas que passei junto de estudantes e servidores, pude observar um movimento que, apesar dos problemas naturais de uma ocupação, tem agido de modo organizado, criterioso e bastante resoluto. Ao contrário do que tem sido martelado pela imprensa, os estudantes NÃO passam a maior parte do tempo jogando bola e carteado no interior da reitoria. Na maioria das vezes eles estão, isso sim, envolvidos em atividades diretamente relacionadas a ocupação, como produzir cartazes, folhetos, preparar comida, vídeos, assembléias, reuniões, faixas. Diferente de Bóris Casoy, possa afirmar que os estudantes NÃO são invasores. Não são corpos estranhos se apoderando de um espaço que não lhes pertence. Pelo contrário, os ocupantes da reitoria da USP são alunos da própria USP. Portanto, ocupar aquela reitoria é se apropriar de algo que foi feito para eles. Afinal, a razão da existência de uma universidade são seus estudantes. Quem melhor do que alunos e funcionários da USP, que vivem o cotidiano daquela instituição e que portanto conhecem seus problemas por dentro, para afirmar tão enfaticamente que os decretos de Serra ferem a autonomia universitária? Quem tem maior autoridade para dizer o contrário? A mídia com seus âncoras e articulistas?
Com exceção da mídia alternativa, grande parte dos veículos de comunicação tem agido de forma cretina para com o Movimento. Referem-se aos manifestantes como “baderneiros” (termo que faz os reacionários revirar os olhinhos de prazer), “arruaceiros”, “bando”, “grupelho”. Manipulam imagens como no caso da VEJA SP do dia 30 de maio, cuja capa traz uma fogueira em primeiro plano e o prédio da reitoria ao fundo, com o título “Caos na USP”, como se os manifestantes estivessem incendiando o edifício. Parecem querer convencer a opinião pública de que o governo do estado precisa agir com rigor policial para deter os tais “baderneiros” antes que a reitoria seja destruída. E que ninguém se engane, são muitas as viúvas da ditadura em São Paulo, e na própria
USP, que sentem saudade dos blindados nas esquinas e que adoraríam um revival dos anos 70, com o coronel Erasmo Dias comandando a tropa de choque contra estudantes “esquerdistas”.
Não é a toa que os estudantes estejam barrando essa imprensa corrupta logo na entrada da reitoria. Uma atitude bastante salutar por parte do Movimento, eu diria. Vou mais além. Acho que não deveríam mais dar declarações ou entrevistas a qualquer veículo da mídia corporativa. Quem desejasse saber a respeito das decisões do Movimento, que acompanhasse seu órgão oficial, o blog
da ocupação. Eu que sempre fui um crítico do movimento estudantil, imobilizado nos últimos tempos por interesses partidários, ví com satisfação que a ocupação goza de certa independência. Os partidos, claro, estão também presentes alí, mas não são eles que estão no controle, certamente. A impressão que tive foi de uma auto-gestão nos moldes anarquistas, uma Zona Autônoma Temporária talvez. A verdade é que respirar aquela atmosfera de levante estudantil por alguns dias, lavando algumas louças para os estudantes, criando charges, colando cartazes, desenhando faixa, comendo a mesma comida, me fez um bem danado. Me fez sentir um pouco estudante, apesar de nunca ter frequentado bancos de universidade. Me fez sentir um pouco parte de um movimento estudantil que parece ressurgir mais livre, forte e combativo.
Deixo aqui expresso meu agradecimento à estudantes e funcionários da USP pela maneira como acolheram à mim e ao meu trabalho, aos que colaboraram comigo seja com idéias para charges, seja com uma carona, ou mesmo uma caneca de chocolate quente. Obrigado, muito obrigado pelo seu carinho. Contem com minha solidariedade, meu respeito e meu apoio. E digo à voces o que costumo dizer aos palestinos: minha arte é sua arte.
Na luta, sempre!
Com carinho,
Carlos Latuff
Cartunista
Rio de Janeiro, 6 de junho de 2007
Bom, vou na direção dos outros posts, também, ignorando este imbecil logo acima.
O negócio da mídia tá foda, mesmo. Eles tão manipulando e mentindo na cara dura. A manifestação patétia dos ultraconservadores da geriatria ontem saiu no Estado com toda pompa hoje. Disseram que havia mais de 200, sendo que mal tinham 100, disseram que deram uma braço na Torre do Relógio, sendo que não conseguiram, e ainda não deram um piu sobre o que rolou no lado da ocupação. No título da matéria constava “dois abraços” e na matéria não falaram nada sobre o abraço na reitoria. E ainda tiveram a pachorra de colocar como um dos subtítulos “maioria silenciosa”, referindo-se aos que são contra a ocupação.
E esse é só um exemplo. Pra quem viu, a palhaçada de ontem só serviu pra mostrar como os reaças conservadores da geriatria são, de fato, patéticos. A manifestação foi ridícula e desmoralizante. E, apesar disso, a mídia conseguiu reverter tudo.
Ela sozinha não fará muito alarde entre a sociedade civil. Mas, qualquer coisa desse tipo, sairá em 200 mil veículos de comunicação como “a maioria não concorda”.
O movimento está crescendo, mas a tática do serra de colocar-nos como vilões é perigosa e a tend~encia é isso se alastrar cada vez mais.
Impressionante como alunos de uma das melhores universidades do Brasil cometem erros de ortografia até em post com TRÊS linhas!!!
Que tal aproveitarem o recreio subsidiado aí na reitoria p/ aprender um pouco?
Também concordo com o primeiro comentário!
O maior problema é fazer com que a sociedade entenda e acredite nas causas das Universidades Públicas.
A festa junina realizada por vocês no começo da semana foi ridicularizada pela mídia, o que leva a um aumento da discrença popular.
Não estou dizendo o que é certo ou errado muito menos o que vocês devem ou não fazer! Não me levem a mal apenas quero demonstrar o que ocorre “aqui fora” da ocupação.
Nessa terça-feira passada(05/06/07), os alunos da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – Unesp – fizeram uma paralização contra tudo o que está acontecendo atualmente, mas principalmente para mostrarmos nossa força perante os docentes.
Considero a manifestação concluida com êxito, pois conseguimos a presença da Diretora e do vice-diretor em uma assembléia com os alunos. Mas melhor que isso, conseguimos a presença do vice-Reitor da Unesp em uma assembléia também com os alunos, no dia seguinte!
Infelizmente, essas duas assembléias só serviram para acalmar os ânimos, porque nas duas foi nos passado que está “tudo bem”!!!
Sem mais, apenas queria que nosso ato de paralização fosse registrado, demosntrando que não estamos quietos, mesmo sendo um campus de Engenharia!!!!
Vamos todos ficar atentos com os impactos de nossas atitudes perante a sociedade, pois precisaremos do apoio deles!!
abraaaços a todos!!qualquer coisa entem em contato!
VAMOS MANTER UNIDOS! ALEM DOS DECRETOS…
FORA LULA! ESTA ACABANDO COM AS FEDERAIS!
FORA SERRA ACABANDO COM A USP!
QUEREMOS SABER…
SILVINHO DA PAJEIRO (SECRETARIO DE PT)
DELUBIO SOARES (SECRETARIO DO PT)
MARCOS VALERIO (FIADOR DO PT)
ZE DIRCEU (CORRUPTOR)
ZE GENUINO (CORRUPTOR)
FHC FACISTA!
LULA, FALE SOBRE OS DECRETOS, SEU COVARDE!
Concordo com o autor da mensagem anterior.
A cada dia que passa, a ocupação queima mais um pouco a imagem da USP na opinião pública. Vocês podem não se importar muito com isso, e podem ridicularizar a mídia o quanto quiserem, mas isso tem efeito no futuro da Universidade. E se é esse futuro que vocês querem preservar, tomem cuidado com o que falam e com o que fazem.
Acho que seria muito mais proveitoso se vocês usassem esse espaço pra informar sobre os problemas que enfrentam na Universidade, e pra falar sobre suas reivindicações e sobre seu protesto. Mas não misturem as coisas falando de parada do orgulho GLS ou com manifestos histéricos intitulados “nota à imprensa”.
Sejam sérios, parem com o deboche, mantenham-se no tema, tenham claras as suas reivindicações.