Centro Universitário Maria Antônia e Teatro da USP promovem encontro de alunos, professores e funcionários, para relembrar a luta do movimento estudantil de 1968, durante a ditadura.
O conjunto dos edifícios da Rua Maria Antonia, 294 abrigou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, de 1949 a 1968. Nele lecionaram e estudaram muitas das principais personalidades brasileiras em vários campos da política, da cultura e da ciência. Invadido e parcialmente destruído em outubro de 1968, foi palco de uma das importantes batalhas pela democracia da história recente do país. Logo em seguida, a Faculdade foi transferida para o campus da Cidade Universitária e os prédios destinados a outro uso pelo Governo do Estado. Em 1985, o edifício principal foi tombado pelo Condephaat por sua importância histórica.
Devolvidos à USP, o edifício principal foi reaberto em 1993, como Centro Universitário Maria Antonia, com o intuito de criar um centro de discussão e de novas experiências no campo da cultura, da arte e dos direitos humanos. Dessa forma, a Universidade de São Paulo voltava a exercer um papel ativo no centro da cidade, do qual tinha sido expulsa nos anos mais negros da ditadura militar.
PROGRAMAÇÃO PARA O DIA 1 DE JUNHO DE 2007
17h: Visita monitorada às dependências do prédio.
17h30: Exibição do curta sobre Maria Antônia 1968, no Espaço Cênico do TUSP
18h: Apresentação do Espetáculo Abajur Lilás, de Plínio Marcos, na Sala Experimental.
Vagas:
30 vagas para estudantes
20 vagas para funcionários e professores
Inscrições para funcionários/ professores: com Celso Junior da Edusp
Inscrições de alunos: com o grupo responsável pela área de Cultura da Ocupação.
Sinopse
O texto foi escrito pouco após o AI-5 e foi uma das histórias mais patéticas de censura da ditadura militar. Trata-se de um pequeno muquifo que pertence a Giro que cafetina duas profissionais do amor que utilizam o espaço dele para fazer a vida. Desta relação marginal e comercial somos convidados a conhecer humanos que agem como animais e demonstram pouco ou nada a ter a ver com os conceitos de normalidade ou de razão que deveriam caracterizar o ser civilizado. O texto como será apresentado pelo grupo TUSP é uma estranha metáfora das relações políticas que se desenvolveram no Brasil pós-golpe militar de 64. Assim é que Giro pode ser lido como o poder econômico que contrata o poder militar para reprimir, torturar e liquidar com qualquer possibilidade de oposição e, portanto, de qualquer vestígio de democracia. Assim é que Dilma é lida como o velho revolucionário que conhece as artimanhas da história e propõe uma estratégia de resistência sem confronto que visa uma transformação em um futuro que a ultrapassa; Célia representa o núcleo radical que acha que só através da violência se liquida a violência; e Leninha representa a vertente da legalidade que acredita poder conjugar com a ditadura e disso tirar algum proveito pessoal.
Ficha Técnica
Texto- Plínios Marcos.
Direção – Marco Antonio Braz.
Preparação de Elenco – (1º Fase) – Juliana Galdino e (2º Fase) – Inês Aranha.
Cenário e Figurinos – Sylvia Moreira.
Assistente de Cenografia – Carolina Vaz Leães.
Assistente de Figurino – Laura di Marc.
Produção Executiva – Júlio César Avanci.
Personagens | Atores |
Giro | Otacílio Alacran |
Osvaldo | Rafael Lemos |
Dilma | Nathália Lorda |
Célia | Aline Borsari |
Leninha | Flávia Couto |
Duração: 80 minutos
Idade recomendada: 14 anos