SOBRE O DECRETO DO GOVERNADOR DO PARANÁ

 

Decreto do governador do Paraná

tembém ataca autonomia universitária.

Docentes,  funcionários e estudantes podem

aprovar GREVE

 

 
    O ataque a autonomia universitária não está restrito a São Paulo.  As Universidades Estaduais do Paraná foram surpreendidas, em 16 de maio de 2007, pelo decreto 848 do governador Roberto Requião que condiciona todas as despesas superiores a R$ 25.000,00 a aprovação direta do Estado.  A abertura de concursos públicos, reajustes salariais, contratação de serviços técnicos-profissionais, criação e transformação de cargos e funções, locação e aquisição de veículos, equipamentos de informática e reprografia passam a depender de autorização direta do Estado. Mas, o que mais amarra a autonomia do ensino e da pesquisa nas Universidades é o artigo 3 do decreto que proíbe aos servidores, viagens nacionais e internacionais, para estudo ou serviço, participação em cursos, seminários, congressos, estágios, entre outros, mesmo não onerando o Estado.

 
    Segundo Tiago Guapo, aluno da Faculdade de História da Universidade Estadual de Maringá e membro da CONLUTE – Coordenação Nacional de luta dos Estudantes, “o decreto do governador acaba com a autonomia que as Universidades devem ter em relação aos rumos de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Para que esse decreto seja revogado estudantes e servidores estão iniciando amplo debate e organizando atividades de mobilização. Tiago está presente na Ocupação da Reitoria e na greve de estudantes, professores e funcionários da USP, trazendo solidariedade e buscando a unificação da luta que se dá nas mesmas bases.

 

    A comunidade acadêmica do Paraná já começou a se mobilizar. Estão marcadas atividades para construírem as lutas no estado pela revogação do decreto:

 

1) Reunião de negociação com o governo dia 04/06;

2) Dia 13/06 assembléia em todas universidades com possibilidades de deflagrar greve;

3) Trabalhar abaixo assinado contra o decreto nas categorias: discentes, docentes e técnicos.

 

 

Alem da luta contra os decretos, as reivindicações dos servidores são revisão das distorções do PCCS e reposição salariais 54%.

 

 

 

                                  Maringá, 29 de maio de 2007

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