OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFAL Nota de Apoio e solidariedade Alexandre Fleming "a ocupação é uma ressignificação do território na qual a sede da autoridade universitária, da tradição acadêmica e da burocracia universitária passa a ser a sede de sua contestação, transgressão e questionamento. O espaço da imobilidade passa assim a ser o espaço do movimento" (Henrique Carneiro, Ruy Braga e Álvaro Bianch). A ocupação da reitoria da UFAL realizada hoje [24 de maio de 2007] pelos estudantes que compõem a FRENTE DE LUTA CONTRA A REFORMA UNIVERSITÁRIA E O MOVIMENTO TERRA, TRABALHO E LIBERDADE (MTL) simboliza um conjunto de manifestações que estão ocorrendo durante toda essa semana. Desde palestras contra a reforma universitária, a distribuição gratuita de sopão no restaurante universitário, fechamento e bloqueio de ruas e a ocupação da reitoria, diversas são as demonstrações de disposição desse movimento que em larga medida corresponde a outras tantas iniciativas em andamento em todo o país. Para citar uma dessas, a da reitoria da USP [desde o dia 03 de maio] que em seguida desencadeou a ocupação da UNICAMP e da UNESP contra os decretos do Governador José Serra [PSDB] e contra a reforma universitária do governo Lula [PT] materializada no PL 7200/06. As ocupações dessas reitorias trazem também em suas respectivas pautas questões específicas de cada um desses espaços universitários. Em Alagoas os estudantes sofrem com os decretos do prefeito Cícero Almeida que limita o uso do cartão eletrônico [meia-passagem] aos dias da semana, durante os horários de aulas e em uma determinada quantidade máxima especifica por dia. Além disso, o estado encontra-se numa crise sem precedentes tendo a frente o governador Teotônio Vilela também do PSDB, assim como em São Paulo. Depois de desrespeitar o aumento dos salários dos professores da rede estadual e enfrentar uma forte greve no estado o governador Teotônio Vilela é acusado de corrupção e desvio de verbas públicas num esquema chamado pela policia federal de operação navalha. Assim como na USP, a reitora da UFAL não aceitou conversar com os estudantes, utilizando a mesma postura autoritária e arrogante dos mandatários burocratas das universidades do Brasil. Assim como na USP, funcionários e professores em Alagoas devem responder no mesmo tom. De braços dados todos contra a intransigência da reitora Ana Dayse, os decretos do prefeito Cícero Almeida, os desmandos do governador corrupto Teotônio Vilela e da política neoliberal do governo Lula. Os estudantes e os trabalhadores de todo o Brasil começam a dar mostras de que não agüentam mais. Nas universidades de todo o país um levante universitário começa a ecoar tendo a USP, UNESP, UNICAMP e agora também a UFAL como porta vozes de um processo maior que, necessariamente, mais cedo ou mais tarde chegará em todo o país. É chegada a hora de ROMPER AS AMARRAS… A LUTA DA USP É A NOSSA LUTA… FAÇAMOS COM QUE A NOSSA LUTA SEJA A LUTA DA USP TAMBÉM!!!!! Saudações, Alexandre Fleming
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