Professores da USP em greve

Hoje pela manhã, cerca de 250 professores que participaram da assembléia da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), votaram pela greve por tempo indeterminado, em decisão praticamente unânime. Dentre os posicionamentos e reivindicações estão: – Contra os decretos do governador José Serra. – Retirada do projeto de lei que cria o SPPrev (Sistema de Previdência dos Servidores Públicos), em trâmite na Alesp. – Aumento de recursos para a Educação, tanto para as estaduais paulistas como para o Centro Paula Souza. – Política de permanência para estudantes (gratuidade ativa). – Não à desocupação violenta da reitoria. – Quanto à pauta salarial, exigem um reajuste salarial de 3,15% (referente à inflação acumulada entre abril de 2006 e abril de 2007), além de um aumento fixo de R$ 200. – Convocação de uma plenária universitária geral da comunidade USP, onde participam toda a comunidade: docentes, funcionários e estudantes. Apesar de estar previsto no Estatuto da USP, esse dispositivo nunca foi efetivado. Os docentes farão uma próxima assembléia no dia 25, sexta-feira, onde a pauta principal será a possibilidade de realização de uma estatuinte. Um comitê de mobilização foi formado para preparar as atividades de greve. Também foi aprovada uma nova moção de apoio aos estudantes, reiterando a defesa da autonomia universitária e afirmando que a negociação direta entre reitoria e estudantes é o melhor caminho para a desocupação pacífica. Os professores enfatizaram que a Polícia Militar não pode estabelecer a dinâmica das negociações entre reitoria e movimento estudantil. Durante a assembléia, professores elogiaram o movimento estudantil pela realização da ocupação, uma vez que a ação foi essencial para iniciar a luta contra os decretos do governo tucano e em defesa da universidade pública. Os estudantes pediram doações para a ocupação durante a assembléia e arrecadaram R$850 reais.

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